*Fonte: Observatório ABC
Além de apresentar balanço do Programa ABC, Observatório ABC analisa comportamento das regiões brasileiras, considerando novas estratégias de implementação da agricultura com menos emissão de gases
O Observatório ABC acaba de lançar dois estudos que fazem um importante alerta à estratégia brasileira de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) e a região Nordeste Cerrado (MATOPIBA) é destaque. Segundo o estudo “Impactos Econômicos e Ambientais do Plano ABC”, ao considerar “áreas prioritárias” com foco nas regiões com maior degradação, a maior parte da recuperação aconteceria na região Nordeste Cerrado (MATOPIBA), alcançando 6,1 milhões de hectares (Mha). Já no estudo “Análise dos Recursos do Programa ABC”, a região Centro-Oeste também foi destaque. Na safra 2016-17, a região Centro-Oeste continua sendo a que mais captou recursos do Programa ABC, com 31,0% do total contratado. Neste caso ainda, o custo econômico para a sociedade brasileira seria equivalente a retirar R$ 3,71 de consumo de cada habitante para se atingirem as metas de recuperação de pastagens e iLPF.
Estes estudos apontam os caminhos para o Brasil alavancar suas ações para agricultura de baixo carbono e alcançar as metas de recuperação de 15 milhões de hectares (Mha) de pastagens degradadas e a expansão do sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) em 4Mha.
“Os estudos comprovaram que é possível atingir as metas do Plano ABC com desembolsos menores que o previsto, mas o Brasil precisa ajustar o modo como vem lidando com suas estratégias de atuação”, afirma Angelo Gurgel, coordenador do Observatório ABC.
O estudo “Impactos Econômicos e Ambientais do Plano ABC” ainda constatou que independentemente de a alocação dos recursos ser direcionada ou não para as áreas prioritárias, o Plano ABC tende a proporcionar maior especialização da região Centro-Oeste na direção da produção pecuária.