27 set 2019

Senar apresenta Projeto ABC Cerrado em fórum mundial de paisagens

Brasília/DF (27/09/19) – O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) vai apresentar os resultados do Projeto ABC Cerrado no Fórum Global de Paisagens (GLF 2019) neste sábado (28) na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque.

“Os resultados do ABC Cerrado vão responder o que é importante para se implementar práticas sustentáveis de produção no setor agropecuário”, explicou Mateus Tavares, coordenador do projeto no Senar.

A iniciativa é uma parceria com Ministério da Agricultura, Embrapa e Banco Mundial e já atendeu mais de sete mil produtores rurais nos estados de Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Tocantins, Bahia, Piauí, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.

Mateus Tavares, coordenador do ABC Cerrado no Senar.

Segundo Tavares, a capacitação aliada à assistência técnica foi o diferencial do ABC Cerrado. “O projeto mostrou que o impacto na adoção de tecnologias foi 34% maior nas propriedades que receberam assistência técnica e capacitação, em comparação com os produtores que não receberam nenhum atendimento. Esse dado mostra como a assistência técnica e gerencial é uma ferramenta importante na implementação das práticas sustentáveis.”

Além de Tavares, o pecuarista Otto Valadares também participará do evento apresentando os números da sua propriedade. Ele é um dos produtores rurais atendidos pelo ABC Cerrado que implementou recuperação de pastagens e integração lavoura-pecuária na fazenda Tamboril em Arinos (MG).

Otto Oliveira e Mateus Tavares

“Com o ABC Cerrado não tivemos mais perdas de animais porque passamos a executar as técnicas e melhoramos a pastagem. Perdíamos em torno de 80 matrizes/ano e depois que minha mãe encabeçou nossa participação no projeto, tivemos rendimentos altamente positivos com o aumento no volume de nascimentos”, destacou Valadares.

A mãe do produtor, dona Antônia Luíza de 77 anos, foi quem incentivou os filhos a participarem do projeto. Depois dos resultados, a propriedade da família virou modelo para os vizinhos. “O mérito desses resultados é todo da minha mãe”, concluiu Otto Valadares.

O Fórum Global é uma plataforma mundial voltada ao diálogo e ao compartilhamento de conhecimento sobre o uso sustentável da terra.

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11 jun 2019

Sistema CNA/Senar recebe reunião nacional do Plano ABC

Brasília (11/06/2019) – O Sistema CNA/Senar recebe até quinta (13) a reunião nacional do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para revisar diretrizes e debater as prioridades para a próxima fase.

O Plano ABC foi criado em 2010 como uma iniciativa setorial de mitigação e adaptação às mudanças climáticas para consolidação de uma economia de baixa emissão de carbono na agricultura.

“Estamos terminando uma fase e precisamos apresentar um relatório dos avanços e o quanto a agropecuária está contribuindo com essa missão. Vamos avaliar os principais resultados e os desafios que existem pela frente, além de fazer o planejamento para a próxima fase”, explicou Elvison Nunes, coordenador-geral de Mudanças Climáticas do Mapa.

Elvison Nunes, coordenador-geral de Mudanças Climáticas do Mapa

Elvison Nunes, coordenador-geral de Mudanças Climáticas do Mapa

No Plano ABC estão previstas diversas ações como capacitação de técnicos e produtores, transferência de tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, regularização fundiária e ambiental e linhas de crédito para fomento à produção sustentável.

De acordo com Nunes, a primeira fase do Plano, de 2010 a 2020, teve resultados muito positivos porque demonstrou o interesse do produtor em investir em tecnologias mais sustentáveis. Segundo dados do Ministério, já foram investidos mais de R$ 17 bilhões por meio do Programa ABC, linha de financiamento criada dentro do Plano.

“Isso tem um significado muito grande, estamos promovendo tecnologias que elevam a renda do produtor rural, porém, com sua implantação, ela torna a atividade do produtor mais sustentável, adaptada e consequentemente mais resiliente.”

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) é um dos parceiros do Ministério na execução do Plano ABC. Uma das iniciativas é o Projeto ABC Cerrado, que promove a capacitação do produtor em quatro tecnologias de baixa emissão de carbono e leva assistência técnica e gerencial a propriedades de oito estados do bioma, com foco na geração de renda e na redução das emissões dos gases de efeito estufa.

Mateus Tavares, coordenador do Projeto ABC Cerrado, acompanhou a reunião do Plano.

Mateus Tavares, coordenador do Projeto ABC Cerrado, acompanhou a reunião do Plano.

“Dentro das ações do Plano, o Senar leva informações para os produtores e incentiva a adoção de tecnologias sustentáveis de produção. Essas tecnologias incrementam a renda do produtor e trazem benefícios ambientais indiretos, como o sequestro de carbono na recuperação das pastagens, por exemplo,” afirmou Mateus Tavares, coordenador do Projeto ABC Cerrado.

Além do ABC Cerrado, o Senar irá desenvolver o Projeto Paisagens Rurais ao lado do Mapa, que é voltado para a recuperação produtiva e ambiental do Cerrado. De acordo com Tavares, essa parceria é importante para o Senar e deve se estender em projetos futuros, como levar as tecnologias ABC também ao Bioma Caatinga, que sofre com períodos prolongados de estiagem.

Nova fase

O coordenador-geral de Mudanças Climáticas do Mapa, Elvison Nunes, ressaltou que na nova fase do Plano ABC, o Ministério pretende focar no desafio brasileiro de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em 37%, até 2025 e 43% até 2030, em relação aos níveis de 2005. Estas metas foram definidas em Paris, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 21) em 2015. O Acordo de Paris começa a vigorar em 2020.

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18 abr 2018

Dia de campo ABC Cerrado em Brasília de Minas supera expectativas

O Sindicato dos Produtores Rurais de Brasília de Minas e o Senar Minas realizaram um Dia de Campo para apresentar e divulgar o resultado do trabalho desenvolvido dentro do Projeto ABC Cerrado no norte do estado. O evento foi realizado na Fazenda Buritizinho e contou com a participação de 125 produtores, sendo 24 deles assistidos pelo programa.

O coordenador do ABC Cerrado em Minas Gerais, Caio Sérgio Oliveira, apresentou aos produtores as diretrizes e tecnologias adotadas pelo programa e sua importância para uma produção sustentável.  Já o instrutor Eugênio José Silveira falou sobre os sistemas de produção adotados de Recuperação de Pastagens Degradadas e Integração Lavoura Pecuária.

O técnico de campo Wender Guedes Borges apresentou os resultados conquistados na fazenda Buritizinho, onde foram adotadas tecnologias de Integração Lavoura Pecuária (ILP), que além de produzir alimento para o rebanho no período da seca, também tiveram suas pastagens recuperadas. Foram apresentados também os dados gerenciais da fazenda, mostrando a evolução dos índices econômicos e zootécnicos após o início da ATeG.

Segundo ele, o plantio foi feito com a adoção de medidas de conservação de solo e água por meio de curvas em nível.  Com um custo médio por hectare de R$ 3.248,00 (desde o plantio até o silo pronto), com uma produção média por hectare de 42,85 toneladas e o custo por tonelada produzida de R$ 75,79. “Além de uma produção de alimento a baixo custo, a pastagem recuperada ficou como lucro”.

O proprietário da fazenda, Valdir Ferreira de Aquino, fez um comparativo do antes e depois do ABC Cerrado. “Antes eu achava que produzir era só plantar e colher. Hoje eu sei que tenho que fazer correção de solo, curva de nível, usar semente de qualidade, fazer planilha de custos de produção e ganhos. Na verdade, eu não conhecia minha propriedade e trabalhava sem tecnologia. Eu nem sabia que a pastagem era uma cultura, nem quanto gastava e nem quanto ganhava. Hoje sei que a propriedade é uma empresa e como tal tem que dar lucro”, disse.

De pé, o produtor Valdir, dono da fazenda (esquerda), e o técnico ABC Wender, falam aos presentes

Supervisores do Projeto ABC Cerrado, Rodrigo Vargas e Ricardo Tuller, disseram que o evento superou as expectativas. Eles consideram que os produtores presentes se interessaram pelo projeto ao conhecerem as vantagens de uma produção sustentável. Neste ano, serão constituídas cerca de 15 turmas, com 20 a 25 produtores, que serão capacitados em tecnologias de recuperação de pastagens degradadas. Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da agropecuária com tecnologias de baixa emissão de carbono.

Participaram do evento produtores rurais dos municípios de Brasília e Icaraí de Minas, Japonvar, Lontra e São João da Ponte, que ficaram impressionados com os resultados apresentados. Também estiveram presentes, os supervisores e técnicos de campo do programa. Os próximos Dias de Campo serão realizados em Itamarandiba (29/04); Caetanópolis (12/05); e Sete Lagoas (23/05).

Assessoria de Comunicação Senar Sistema Faemg


28 nov 2017

Workshop levanta resultados do ABC Cerrado em 2017

Brasília (27/11/17) – O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) promoveu nesta segunda (27) o workshop Lições Aprendidas do Projeto ABC Cerrado, com a presença de representantes das Administrações Regionais de Goiás, Maranhão e Minas Gerais, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Embrapa, Banco Mundial e produtores rurais de Goiás e Maranhão.

O projeto é uma iniciativa conjunta do SENAR, MAPA e Embrapa com recursos do Banco Mundial, para incentivar o produtor a adotar tecnologias de baixa emissão de carbono com foco na produção sustentável.

No workshop, os participantes apontaram a Assistência Técnica e Gerencial do SENAR como um dos diferenciais do projeto.

“Aprendemos muito sobre recuperação de pastagens, análise de solo e há um ano estamos recebendo assistência técnica voltada à iLPF. Os resultados até agora são excelentes pois já conseguimos agregar valor ao rebanho, mais arroba por hectare e, com a renovação da pastagem e o sombreamento das árvores, temos também maior conforto para nosso animais”, disse Walter Gomes Lima Jr., produtor de gado de leite e de corte em Bacabal no Maranhão.

Para Luiz Oswaldino Curado, pecuarista, a assistência técnica é necessária em uma atividade dinâmica como a pecuária. Ele faz recuperação de pastagens na propriedade em Nazário, Goiás.

”O Projeto ABC Cerrado veio em boa hora para nos conscientizarmos do que precisamos mudar na propriedade. Com a assistência técnica, já estou conseguindo conhecer melhor meu próprio negócio e a lidar com os dados que levantei com auxílio do técnico de campo do SENAR.”

No Maranhão, os resultados do projeto estão servindo de vitrine para produtores que ainda não participam da iniciativa. “O produtor está mais aberto porque está vendo ao lado dele alguém que está fazendo algo e, com isso, percebe que adotar tecnologias de baixa emissão de carbono é uma realidade para ele também”, afirmou Aline Albuquerque, gestora do ABC Cerrado no estado.

A gestora frisou que o projeto tem dado tão certo no estado que existe uma rede de contatos entre produtores, que se visitam e se organizam para comprar insumos a fim de baratear os custos.

“O que motiva o produtor é ver resultado. E temos muitos resultados positivos para servir de vitrine para outros produtores adotarem as tecnologias ABC”, afirmou Mateus Tavares, coordenador do ABC Cerrado no SENAR.

O representante do Ministério da Agricultura, Sidney Medeiros, destacou que um workshop como esse serve para verificar o que está sendo feito corretamente e o que é preciso melhorar.

“O SENAR executa uma política pública e nosso objetivo é fazer dessa política a melhor possível. E, ao ouvir dos principais atores que participam do projeto onde poderemos melhorar, essa melhoria pode ser incorporada no MAPA, Embrapa e no SENAR, para que o ABC Cerrado e também projetos futuros possam ser executados de uma maneira mais eficaz”.

O pesquisador da Embrapa Cerrados, Paulo Fernandes, frisou a importância de se reunir as pessoas envolvidas para que o projeto evolua com a participação de quem recebe o conhecimento na ponta. “Trazer os produtores e os parceiros é fundamental e ponto passivo no sentido de crescimento institucional e de parcerias.”

Assessoria de Comunicação Sistema CNA/SENAR
Fotos: Tony Oliveira


22 nov 2017

Capacitação e Assistência Técnica são caminho para aumentar rentabilidade do produtor

*Por Sistema CNA/SENAR

 

Campo Grande, MS (22/11/17) – A capacitação associada à inovação tecnológica e à Assistência Técnica é o caminho para melhorar os resultados da propriedade, tornando o negócio mais rentável e, consequentemente, mais sustentável também.

Essa é a conclusão dos participantes da Missão do Banco Mundial que visitou, esta semana em Mato Grosso do Sul, duas propriedades rurais atendidas pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) dentro do Projeto ABC Cerrado do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) na tecnologia de recuperação de pastagens degradadas.

O projeto é desenvolvido pelo SENAR em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Embrapa e com recursos do Banco Mundial.

“As experiências das propriedades que visitamos são muito interessantes e mostram que somente com a assistência técnica do SENAR os produtores investiram recursos do próprio bolso para melhorar as pastagens e todo o sistema produtivo, com possibilidades, inclusive, de expandir para áreas vizinhas. São resultados excepcionais e eu, pessoalmente, gostaria de poder fazer mais para ampliarmos o projeto e aumentarmos os resultados”, destacou o gerente do ABC Cerrado no Banco Mundial, Maurizio Guadagni.

Para Sidney Medeiros, do MAPA, o ABC Cerrado é uma experiência bem-sucedida que possibilita ao produtor ter retorno econômico associado à mitigação dos gases de efeito estufa, além de maior resiliência e melhor adaptação aos eventos climáticos extremos.

“Com esses resultados iniciais do projeto o ministério ratifica o posicionamento anterior de que o fornecimento de assistência técnica de qualidade é um grande motivador e uma grande ferramenta para sensibilizar o produtor a adotar as tecnologias de baixa emissão de carbono.”

O pesquisador da Embrapa, Tallyrand Moreira, reforçou a importância do projeto para o desenvolvimento da agropecuária. “Foi muito bom de ver as soluções tecnológicas, resultado das pesquisas da Embrapa, sendo aplicadas nas propriedades e trazendo resultados para o produtor.”

A propriedade visitada nesta terça-feira (21) pertence ao veterinário e pecuarista Renê Miranda, do município de São Gabriel do Oeste. Ele produz e comercializa touros com melhoramento genético para reprodução.

Depois do projeto ABC Cerrado e da Assistência Técnica, Miranda recuperou a pastagem e também investiu no Sistema Plantio Direto para produção de milho para alimentação de inverno do gado. Antes, o grão era comprado.

“Sempre procurei por inovação, nunca me acomodei e foi nessa busca por capacitação que descobrimos o ABC Cerrado. Acredito que é um projeto que vem ao encontro das necessidades da pecuária sul-mato-grossense. Ele encaixa como uma luva e cabe a cada um adaptar às suas necessidades. Para nós, o principal foi a capacitação e o monitoramento técnico mensal. Isso fez toda a diferença.”

A propriedade tem 270 hectares e aproximadamente 900 animais. Além da pecuária, o produtor investe na recuperação de nascentes e planeja criar uma fossa séptica e um sistema de energia solar.

A Missão terminou com uma visita à Sede do Sistema FAMASUL/SENAR-MS, em Campo Grande.

“Essa parceria do SENAR com Ministério da Agricultura, Embrapa e Banco Mundial foi fundamental para que o SENAR Mato Grosso do Sul conseguisse vencer o desafio de levar o conhecimento produzido pela comunidade científica aos produtores e garantir efetividade nas nossas ações de melhorar a qualidade de vida dos produtores rurais”, afirmou o superintendente do SENAR/MS, Lucas Galvan.

Na avaliação do coordenador do ABC Cerrado no SENAR Nacional, Mateus Tavares, os resultados observados estão acima do esperado, tanto para a entidade quanto para os parceiros.

“Vimos a incorporação real das tecnologias ABC nas propriedades e conseguimos compará-la à situação anterior às intervenções. Com isso, a expectativa é abrir portas para novos projetos e ter a assistência técnica como carro-chefe para levar mais tecnologia para dentro da porteira e, consequentemente, melhores resultados para a produção agropecuária brasileira.”

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