29 jun 2016

Visita técnica proporciona contato com tecnologias ABC e troca de experiências

*Do SENAR Brasil

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Os instrutores do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) que atuam no Projeto ABC Cerrado conheceram de perto, nesta quarta-feira (29), as tecnologias de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) e Sistema Plantio Direto na unidade da Embrapa Cerrados, em Brasília. A visita técnica faz parte da capacitação que acontece durante toda esta semana na Sede do Sistema CNA/SENAR.

Além de ver de perto como funcionam as tecnologias, os instrutores participaram de palestras dos pesquisadores da Embrapa sobre os experimentos realizados e os resultados alcançados. “Recebemos muitas informações novas, de tecnologias que eu particularmente ainda não conhecia. Está sendo muito bom e poderei levar essas novidades para minha região e incentivar os produtores a adotarem essas tecnologias, porque atualmente ainda estamos atuando apenas com recuperação de pastagens”, conta o instrutor Danilo Alves Pereira, do SENAR Bahia.

Sebastião Pedro da Silva

O chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro da Silva, destacou a importância dos instrutores terem esse contato com as tecnologias de baixa emissão de carbono e ressaltou qual delas é, para ele, a que está em evidência. “A integração Lavoura-Pecuária-Floresta é a tecnologia que está mudando e vai continuar mudando o patamar da produtividade brasileira pelas suas características produtivas”, disse.

Os instrutores saíram da visita animados com o conteúdo ministrado, que tratou também de forragicultura para recuperação de pastagens e plantas de cobertura para Sistema Plantio Direto.

Paulo Eugênio Cordeiro

Para o instrutor do SENAR Minas Gerais Paulo Eugênio Cordeiro, as tecnologias ABC vão ajudar o produtor a fazer melhor uso da terra, e a instrutora Alaise Lopes Martins acredita que no seu estado, o Piauí, a Recuperação de Pastagens vai se destacar entre tecnologias. “Isso vai acontecer devido à realidade do estado, não que as outras três tecnologias também não sejam importantes. De todo modo, o conhecimento adquirido nessa capacitação está nos dando embasamento para tentarmos provar para o produtor os ganhos que ele terá na produção adotando as tecnologias ABC e protegendo o meio ambiente, que é o que todos nós queremos.”

Ronaldo Trecenti

Na visão de Ronaldo Trecenti, consultor do SENAR em iLPF, que ministra o treinamento junto com outros dois profissionais,  a visita técnica na Embrapa fecha com chave de ouro o treinamento. “O que está sendo visto aqui é pesquisa em andamento, não publicada, essa experiência não está catalogada. O aluno não vai ver isso na faculdade nem em apostilas, só vindo aqui para presenciar, conversar e trocar experiências. Estar aqui é fundamental para eles que vão atuar levando capacitação para o produtor rural. Eu considero que a visita técnica é fechar o treinamento com chave de ouro.”

A capacitação dos instrutores ainda segue até sexta-feira, 1º de julho. Eles ainda terão aula sobre iLPF e Sistema Plantio Direto. “Após o treinamento os instrutores estarão prontos para ir a campo. Este é o segundo treinamento de instrutores e objetiva a atualização e formação de novos colaboradores para o projeto”, completa Mateus Tavares, coordenador do Projeto ABC Cerrado no SENAR.


09 jun 2016

Cultivo de Florestas Plantadas alia produtividade e sustentabilidade na agricultura

Por SENAR-MS*

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Uma atividade que há pouco mais de duas décadas demonstrava resultados cautelosos colocou Mato Grosso do Sul em posição de destaque nacional, ocupando o segundo lugar nacional em área plantada com espécies florestais comerciais. A informação divulgada em 2014 pelo levantamento da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa aponta ainda que a produção local ultrapassa oito milhões de metros cúbicos e ocupa mais de 880 mil hectares.

O investimento na cultura de Florestas Plantadas é uma das estratégias de trabalho do projeto ABC Cerrado, idealizado pela parceria do SENAR– Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Ministério da Agricultura, Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e o Banco Mundial. Com foco na redução da emissão dos gases de efeito estufa, a iniciativa oferece capacitação e assistência técnica aos produtores rurais participantes que demonstrem interesse em implantar mais três tecnologias produtivas: Sistema de Plantio Direto, ILPF – Integração Lavoura, Pecuária e Floresta e Recuperação de Pastagens.

Na avaliação do profissional responsável pela capacitação da equipe técnica do SENAR/MS, o engenheiro agrônomo, Moacir Sales Medrado, o setor florestal consolida a aptidão agropecuária do Estado, porém é importante observar fatores que serão fundamentais para começar o negócio. “Montar uma empresa exige do empreendedor a certeza de que o futuro é o presente lá na frente. É hoje, na hora de pensar a empresa florestal, que se desenha o futuro dela. Por isso o planejamento deve vir antes das funções de organização, direção e controle”, aconselha.

Um levantamento divulgado pelo Projeto Campo Futuro em 2014 estima que o custo operacional para iniciar o plantio é de R$ 8 mil, sendo que deste total 47% representam os gastos do primeiro ano com implantação da floresta, preparo da terra, plantio e aplicação de insumos. “No entanto, é importante observar que os valores podem variar de acordo com as condições do solo, clima e manejo. Definir a área para instalar uma empresa florestal não é uma tarefa simples, pois se devem considerar os fatores locais, a logística, as dificuldades de exploração e o valor da madeira”, argumenta Medrado.

Sustentabilidade X Rentabilidade – Assim como as demais tecnologias preconizadas no ABC Cerrado, a Floresta Plantada comprova sua viabilidade comercial e possibilitará que o país se destaque por desenvolver uma agricultura imbatível do ponto de vista econômico, ambiental e social, visto que ampliará a geração de empregos, divisas e impostos tão importantes para o fortalecimento da economia nacional.

O agrônomo revela qual abordagem apresentará aos técnicos de campo do SENAR/MS, que ficarão responsáveis por prestar serviço de assistência técnica para 400 produtores rurais durante 18 meses. “Os principais pontos que irei tratar na capacitação dizem respeito a importância da análise de mercado no empreendimento florestal, manejo adequado às condições edafoclimáticas do Cerrado, além de demonstrar as possibilidades de cultivo”, argumenta.

Medrado enfatiza ainda que o modelo adotado pelo ABC Cerrado é revolucionário, já que não dissocia a gestão das tecnológicas agropecuárias e florestais, pelo contrário tem objetivo de integrá-las. “Sou um agrônomo que começou a vida profissional no serviço de assistência técnica e migrou para a pesquisa agropecuária, trabalhando por 33 anos na Embrapa. Sou, portanto, uma pessoa ligada ao mundo da tecnologia. Gosto de reforçar que a gestão das atividades rurais é fundamental e cresce em importância quando o empreendedor se propõe a trabalhar com sistemas de integração como os preconizados pela estratégia de integração lavoura, pecuária e floresta denominada de Estratégia ILPF”, conclui.


03 jun 2016

Sistema de ILPF é considerado uma das opções mais sustentáveis da atividade agropecuária

Por SENAR-MS*

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Um dos sistemas integrados que registra maior crescimento e adesão entre os produtores rurais na última década é o ILPF – Integração Lavoura, Pecuária e Floresta. Um levantamento publicado no portal da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária revela que em todo território nacional cerca de dois milhões de hectares já utilizam a técnica e a perspectiva para os próximos 20 anos é de que este número aumente para 20 milhões de hectares.

Os produtores rurais que aderirem ao projeto ABC Cerrado, idealizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), Embrapa, Ministério da Agricultura – Mapa e Banco Mundial terão acesso a capacitação deste formato produtivo que foi proposto como uma das tecnologias que contribuem para mitigação da produção de gases de efeito estufa, junto com o Sistema de Plantio Direto, Recuperação de Pastagens Degradadas e Florestas Plantadas.

Sob a responsabilidade do agrônomo e mestre em sistemas de Plantio Direto e ILPF, Ronaldo Trecenti será promovida uma capacitação que contemplará a equipe técnica responsável posteriormente, pelo atendimento de assistência técnica aos participantes do projeto em Mato Grosso do Sul. “Nosso objetivo é esclarecer os participantes que a adoção dessas tecnologias colaboram para a sustentabilidade e competitividade do empreendimento rural, demonstrando também a viabilidade econômica para o produtor”, explica.

Questionado sobre as vantagens de se implantar o sistema agrossilvipastoril, Trecenti detalha: “A diversificação das atividades nas propriedades rurais vão da recuperação de solos degradados, rotação de culturas, bem estar animal até arborização das pastagens. É preciso ficar claro para os produtores que o ILPF é um investimento que requer mais tempo, porém, que resulta na melhoria progressiva da renda, além de contribuir expressivamente com a redução das emissões de gases de efeito estufa”, argumenta.

Investimento garantido – O interessado em implantar uma das tecnologias apresentadas pelo ABC Cerrado precisa se inscrever no projeto e participar de umas das capacitações oferecidas, com 56 horas/aula de duração. A meta do SENAR/MS é prestar assistência técnica para 400 produtores rurais que se dedicam a atividade agropecuária no período de 18 meses.

O especialista revela que o investimento necessário para iniciar o sistema integrado deve variar de acordo com a tecnologia, região, infraestrutura disponível na propriedade, foco produtivo, entre outros fatores. “Estima-se um investimento que varia de R$5 mil a R$ 10 mil reais por hectare, sem considerar a aquisição de animais para terminação ou engorda. No entanto, é possível começar o sistema de Integração Lavoura Pecuária adicionando o componente agrícola na reforma de pastagens com um custo mais baixo e retorno rápido do investimento”, e acrescenta: “No ILPF, normalmente as receitas das lavouras (grãos e silagem) e da pecuária (carne e leite) cobrem os custos de implantação dos sistemas. Dessa forma, a receita com a colheita florestal que começa a partir do 12º ano será a receita líquida”, aponta Trecenti.

Outra consideração importante feita pelo profissional que irá preparar a equipe técnica do SENAR/MS, no atendimento do projeto ABC Cerrado diz respeito ao período da colheita florestal. No caso do plantio com espaçamento menor e com uma população inicial de 400 a 600 árvores, o manejo bem feito possibilita que o primeiro desbaste seja antecipado para o 4º ou 5º ano, nos casos de utilização de madeira para tratamento de estacas e mourões. No segundo momento, a retirada poderá ser realizada no 7º ano para indústria de energia e quando completar o 12º ano, o eucalipto poderá ser encaminhado para serraria. Isso significa mais valor agregado à produção de madeira e consequentemente, incremento na receita líquida da propriedade.

Informações adicionais – Mato Grosso do Sul foi um dos oito Estados brasileiros escolhidos para participar da primeira fase do projeto que tem a finalidade de contribuir com a redução da emissão dos gases de efeito estufa.  No último dia 30 de maio teve início a primeira etapa de capacitação dos produtores rurais que aderiram ao ABC Cerrado, totalizando oito turmas atendidas nos municípios de Campo Grande, Dourados, Inocência, Nioaque e Paranaíba.


19 mai 2016

SENAR Brasil será parceiro da FAO e do Mapa em projeto no bioma Amazônia

*Do SENAR Brasil

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O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) será parceiro de mais uma entidade internacional em uma iniciativa de agricultura sustentável. Dessa vez será a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, sigla em inglês) no Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas da Amazônia (Pradam), realizado em conjunto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) também. A novidade foi apresentada durante uma videoconferência nesta quarta-feira (18/5).

O Pradam vai disseminar princípios e tecnologias de produção sustentável, bem como a capacitar técnicos multiplicadores, extensionistas e  produtores em seis estados: Amazônia, Acre, Rondônia, Maranhão, Pará e Mato Grosso. Para isso, serão organizados 10 eventos de sensibilização, oito seminários e dois dias de campo, além de um curso de capacitação para profissionais de assistência técnica e de extensão rural pública e privada que atuem no bioma amazônico.

Os seminários e dias de campo ocorrerão em municípios pré-definidos nos seis estados. O treinamento acontecerá na Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT) e será dividido em dois módulos: um tecnológico, que será coordenado pela Embrapa, e outro metodológico e gerencial, baseado na metodologia do SENAR. A carga horária é de 160 horas/aula.

As metas são sensibilizar 1.000 pessoas – entre técnicos, produtores rurais, membros da administração pública e sociedade civil – e capacitar 60 técnicos do bioma amazônico. Quatro tecnologias serão contempladas: sistema plantio direto; florestas plantadas e sistemas agroflorestais; integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e recuperação de pastagens. O encerramento do projeto está previsto para o dia 31 de agosto.

Matheus

“Para nós essa parceria é extremamente estratégica pois é a primeira carta de acordo que assinamos com a FAO. É muito importante a mobilização de todos os envolvidos e o cumprimento dos prazos para que possamos abrir portas e fechar novos convênios futuramente”, ressalta o coordenador nacional de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do SENAR, Matheus Ferreira.

O Mapa vai financiar o projeto e também será responsável pela intermediação com a Embrapa e pelo apoio através dos Comitês Gestores ABC. Para o representante da pasta no Pradam, Jefé Leão Ribeiro, a importância da iniciativa está em conscientizar o produtor de que é possível alcançar uma boa produtividade recuperando áreas degradadas.

“Utilizando as práticas adequadas, ele poderá avaliar que é mais negócio recuperar do que abrir novas áreas. Vamos levar essas tecnologias para que o produtor conhecendo, preserve a floresta em pé”, declara Ribeiro.

Jefé

As datas dos eventos ainda serão definidas em videoconferência, mas as localidades seguirão a lista abaixo:

Rio Branco (AC) – Seminário

Manaus (AM) – Dia de Campo

Gaúcha do Norte (MT) – Seminário

São Felix do Araguaia (MT) – Seminário

Confresa (MT) – Seminário

Porto dos Gaúchos (MT) – Seminário

Santa Inês (MA) – Seminário

Marabá (PA) – Seminário

Vilhena (RO) – Seminário

Porto Velho (RO) – Dia de Campo


15 mar 2016

Dia de campo em Miranda (MS) reúne 160 participantes

*Da Ascom SENAR/MS

Dia de Campo

O dia de campo realizado pelo programa Mais Inovação do SENAR/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural reuniu na manhã de sábado (12), 160 pessoas na propriedade Sanguessuga, no município de Miranda. A iniciativa promovida por intermédio da parceria com o Sindicato Rural levou produtores, acadêmicos e pesquisadores para acompanhar e visitar os experimentos realizados pelo segundo ano, no sistema de integração lavoura-pecuária.

O trabalho realizado na propriedade com atividade em pecuária de corte foi iniciado em 2014 com plantio de 10 cultivares diferentes de soja em uma área que atualmente soma 150 hectares. Com apoio da pesquisa fornecida pelo curso de agronomia da UEMS – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e a Fundação MS, o produtor contabilizou uma produtividade de até 58 sacas por hectare no último ciclo da oleaginosa.

Na avaliação do anfitrião, Massao Ohata, que recebe assistência técnica e gerencial do SENAR/MS há dois anos, o dia de campo é uma oportunidade para que os produtores da região conheçam os experimentos de agricultura e possam diversificar a produção. “Resolvi oferecer o espaço para que as equipes de pesquisa da UEMS e da Fundação MS realizassem experimentos com a soja, pois, Miranda está carente de informações sobre agricultura. Apesar da chegada de várias tecnologias, precisamos identificar quais serão mais eficientes para nossa região”, explica o empresário rural.

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O presidente do Sindicato Rural de Miranda, Adauto Rodrigues de Oliveira, avalia que a iniciativa de Ohata comprova a eficácia da parceria realizada entre as instituições de pesquisas e do programa de metodologia de ATeG – Assistência Técnica e Gerencial oferecido pelo SENAR/MS. “A união da pesquisa científica e da assistência técnica do Mais Inovação faz com que os produtores sintam-se mais seguros em ampliar as atividades na propriedade. Tanto que já temos 12 empresários rurais participando do programa e mais pessoas demonstrando interesse em participar”, afirma.

Diversificação da atividade rural – Um dos produtores que recentemente aderiu ao programa Mais Inovação é proprietário da fazenda Iguaçu em Aquidauana, Zelito Alves Ribeiro. Ele ressalta que já iniciou uma plantação de 15 hectares de soja, mas já possui experiência de 11 anos no cultivo de milho para alimentação dos bovinos. “Nossa região é formada por municípios antigos que sempre tiveram na pecuária sua atividade principal e acredito ser fundamental modificar nossa cultura de produção. Como observamos aqui na fazenda Sanguessuga, a implementação da integração lavoura-pecuária adequada ao clima e solo da região pode ser uma alternativa rentável e produtiva se for feita com assistência adequada”, argumenta.

O assessor técnico do SENAR Nacional, Mateus Tavares, participou da visita e considera que o experimento realizado em Miranda será uma vitrine para outras propriedades interessadas em investir nos sistemas integrados de produção. “O dia de campo demonstrou que as tecnologias de integração são ferramentas eficazes para o produtor, tanto no fator produtivo quanto econômico. As ações apresentadas aqui foram positivas e o proprietário reforçou a importância de buscar o conhecimento e assistência técnica especializada, preconizados em outros programas como o ABC Cerrado que começou esse ano em Mato Grosso do Sul”, acrescenta.

Segundo o superintendente do SENAR/MS, Rogério Beretta, o dia de campo realizado em Miranda valida o comprometimento dos envolvidos em promover a difusão tecnológica no estado. “É gratificante verificar a atuação de cada um dos parceiros e a credibilidade no trabalho realizado aqui. Reunir 160 pessoas interessadas em aprender mais sobre sistemas produtivos comprova que o SENAR/MS está cumprindo sua finalidade de tornar-se um modelo de gestão sistêmica capaz de contribuir para o desenvolvimento agropecuário do Estado”, aponta.

Pesquisadores dedicados – O diretor executivo da Fundação MS, Alex Melotto, explicou aos presentes que o experimento da fazenda Sanguessuga evidencia como é possível aliar a diversificação e rentabilidade, sem mudar o ramo de atividade. “Os resultados que vocês estão observando nessa propriedade se devem em grande parte, a confiança do produtor que resolveu acreditar na efetividade do trabalho científico. Ele ampliou o plantio de 30 para 150 hectares, está produzindo pastagem de qualidade para sua criação e apresentando aos vizinhos que diversificar não é mudar de atividade e sim, agregar opções produtivas”, observa.

O engenheiro agrônomo e professor doutor da UEMS em Aquidauana, Francisco Eduardo Torres destacou que a visita ao experimento é um exemplo prático para os alunos sobre o que é ensino, pesquisa e extensão. “Convidamos nossos alunos que hoje somam 90 participantes para compreender a importância da pesquisa científica aliada a experimentação prática. No caso da integração lavoura-pecuária, tivemos que identificar qual o cultivar de soja que se adequava as condições de altitude, solo e regime de chuvas e o resultados podem ser utilizados não apenas aqui, mas para toda região, considerada de transição entre os biomas Cerrado e Pantanal”, esclarece.

Um dos acadêmicos da UEMS, Marcos Vinicius de Barros Pinto, acompanha a evolução do plantio desde o início do ciclo, em 2015. Ele cursa o 9º semestre de Agronomia e revela que participar do projeto de extensão na fazenda Sanguessuga foi enriquecedor. “Acompanhei todas as etapas do plantio e meu foco é o acompanhar e controlar as ervas daninhas que surgirem na lavoura. Estou satisfeito com a oportunidade de utilizar os conhecimentos teóricos obtidos na sala de aula e percebo que esse contato prático amplia meu olhar sobre quais áreas posso trabalhar depois de formado”, conclui.