02 ago 2016

Dia de Campo realizado em Miranda leva informações sobre fertilidade e manejo de solo

Por SENAR-MS*

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Com objetivo de atender a demanda dos produtores rurais interessados em aperfeiçoar a atividade agrícola no município de Miranda, o Sindicato Rural de Miranda realizou na última semana um dia de campo promovido onde foram apresentadas informações sobre as características do solo e quais as melhores alternativas para aumentar a performance produtiva.

Com apoio do programa Mais Inovação, do SENAR/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural e da Fundação MS, 30 empresários rurais tiveram acesso a palestras e visitação na propriedade Sanguessuga, do produtor Massao Ohata, que há dois anos recebe ATeG – Assistência Técnica e Gerencial e já apresenta resultados expressivos na produtividade das lavouras de soja e milho.

“O evento foi muito produtivo, pois, trouxe informações fundamentais para os produtores que não estão familiarizados com a atividade agrícola. Na minha propriedade iniciamos o cultivo de soja e milho, por meio da adoção do sistema de Plantio Direto e estou satisfeito com os resultados”, detalha Ohata que atualmente é presidente do sindicato rural.

Tecnologia e rentabilidade – Segundo relato do técnico de campo responsável pela turma de Miranda, Daniel Dantas, o objetivo principal do dia de campo foi atender a demanda dos produtores interessados em adquirirem mais conhecimentos sobre sistemas produtivos como o ILP – Integração Lavoura Pecuária e esclarecer dúvidas sobre a fertilidade do solo na região. “No primeiro momento, nosso colega Douglas Gitti da Fundação MS ministrou uma palestra com foco nos nutrientes do solo e suas particularidades, apresentando resultados obtidos a partir de análises de áreas vizinhas. Depois levamos os convidados para conhecer um exemplo de sucesso, na propriedade do srº Ohata, reforçando os benefícios que o manejo correto oferece em tempos de seca”, argumenta.

Dantas acrescenta que o feedback dos produtores foi positivo e houve sugestões para que seja realizado mensalmente com temas diferentes. “Ficamos satisfeitos enquanto profissionais, pois, as perguntas feitas demonstram o elevado grau conhecimento dos participantes. A iniciativa do presidente do sindicato rural também contribuiu muito e outros vizinhos ofereceram para abrir as portas de suas fazendas, a fim de realizarmos outros eventos como o realizado na Sanguessuga”, complementa o zootecnista.

O responsável pela palestra “Manejo da fertilidade do solo com foco na cultura de soja na região de Miranda” é o técnico da Fundação MS, Douglas de Castilho Gitti. Ele revelou que as características do clima e solo na região, considerada entrada do bioma pantaneiro, podem ser rentáveis desde que se observem manejos específicos. “Em razão da baixa altitude local (137 metros acima do nível do mar aproximadamente), a temperatura do solo no período noturno é mais alta, prejudicando o desenvolvimento de culturas como a soja. Então é fundamental investir na utilização de cultivares da oleaginosa que já comprovaram produtividade diferenciada”, recomenda.

Na avaliação do produtor Fernando Belo, que se dedica à pecuária de cria, recria e engorda, o evento atendeu às expectativas dos convidados e esclareceu dúvidas sobre quais as melhores ações a serem desenvolvidas no manejo agrícola. “Minha propriedade faz parte de um condomínio familiar, no qual tenho meu irmão e mãe como vizinhos e sempre atuamos com pecuária. Apesar de trabalhar há mais de dez anos com cultivo de milheto, sorgo e milho, acredito que as informações repassadas foram importantes, já que contemplaram as particularidades do clima e solo aqui da região”, argumenta.


21 mar 2016

Sistema Famasul destaca sustentabilidade rural em Dia de Campo em Selvíria

*Com informações do Sindicato Rural de Três Lagoas

8567-abertura-do-eventoA consolidação do perfil sustentável do produtor rural sul-mato-grossense é resultado da adesão às novas tecnologias e ao acesso à informação de qualidade. Para fortalecer este patamar rural e trazer dados sobre o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta foi realizado, na última sexta-feira (18), o Dia de Campo da Fazenda São Mateus, em Selvíria.

O vice-presidente do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Nilton Pickler e a diretora-secretária da instituição, Terezinha Candido, prestigiaram o evento, que contou coma participação de mais de 350 pessoas.

Para Nilton Pickler, o sucesso do evento comprova que as pessoas já começam a olhar o setor no Estado de um modo diferente. “O SENAR/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural já vem trabalhando mais nesta região nos últimos anos. Que a ciência e a tecnologia, para quem quer usar, possam ser aquilo que vai trazer o resultado para a agropecuária brasileira”, finaliza.

O ‘Tira Teima a Campo’ contou com a parceria do Sistema Famasul, do Sindicato Rural de Três Lagoas, da Embrapa Agropecuária Oeste e do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. O objetivo foi mostrar as estratégias de manejo para a recuperação de pastagens degradadas e cultivo de soja, por meio do uso do sistema de produção diversificado, baseado na integração lavoura-pecuária.

Na abertura do evento, que está em sua 8ª edição, Mateus Arantes, proprietário da Fazenda São Mateus, reforçou o desafio para a propriedade tornar-se cada vez mais sustentável nessa região. “A fazenda irá fazer 80 anos. Esse oitavo dia de campo, além de especial, será diferente. Tenho que agradecer todos que contribuíram para que ele acontecesse. Especializamos em lavoura e pecuária e iniciamos outro ciclo de pesquisa”, reforça.

A São Mateus se tornou um ponto de pesquisa após o trabalho desenvolvido na propriedade, durante sete anos, com dados sobre o Sistema ILPF. A região tem solos arenosos e distribuição irregular das chuvas. O trabalho desenvolvido em conjunto e o resultado exitoso comprovam como a ciência, associada à tecnologia rural, podem modificar o cenário de uma propriedade.

Arantes diz também que pensando em inovação, em 2012, um novo cenário surge na fazenda. “Começamos desenvolvendo um gado diferenciado. Aqui trabalhamos exclusivamente com gado a pasto. Não fazemos nada de concentrado, suplementação e confinamento. Isso proporciona uma carne muito diferenciada e com mais sabor. Tenho só que agradecer toda minha família que acreditou e também aos presentes. A nossa vontade é que mais pessoas desenvolvam a região e acreditem. Inserir tecnologia é fundamental”, finaliza.

Marco Garcia, presidente do sindicato Rural de Três Lagoas, disse que o maior desafio é pensar em uma agricultura para o município e região. “O sindicato rural tem muito orgulho de ser parceiro desse evento. Quando digo que o maior desafio é pensar na agricultura, estou falando em investir em tecnologia. Isso foi provado aqui na fazenda São Mateus, onde os resultados dão certo. A Embrapa foi parceira por acreditar nessa região. Qualquer sindicato deve apostar no pioneirismo e desenvolvimento (…)”, reforça Garcia.

No Dia de Campo foram realizadas duas palestras. A primeira foi com o diretor de planejamento estratégico da John Deere, João Pontes, que abordou sobre a rede de fomento que está entrando na região. “Nós acreditamos na tecnologia e criamos a rede para ela chegar cada vez mais aos produtores. Fazer a integração com a propriedade é mais que fazer agricultura. Em forma conjunta, existe uma necessidade de ver isso como um sistema e é uma grande oportunidade”.

Outra palestra foi com o representante da Sepaf – Secretaria de Estado de Produção e Agricultura Familiar, Jerônimo Alves, que apresentou o programa Terra Boa como fomentador do desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. No início do mês, o Sistema Famasul, juntamente com outras instituições, assinou o termo de cooperação do Programa Estadual de Recuperação de pastagens degradadas. A intenção é recuperar potencial produtivo de dois dos oito milhões de hectares de pastagens que apresentam algum grau de degradação e será gerido pela Sepaf. Conforme apresentação, o incentivo oferecido pelo Estado viabilizará o custo do investimento que será realizado pelo produtor para recuperar a área degradada.


15 mar 2016

Dia de campo em Miranda (MS) reúne 160 participantes

*Da Ascom SENAR/MS

Dia de Campo

O dia de campo realizado pelo programa Mais Inovação do SENAR/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural reuniu na manhã de sábado (12), 160 pessoas na propriedade Sanguessuga, no município de Miranda. A iniciativa promovida por intermédio da parceria com o Sindicato Rural levou produtores, acadêmicos e pesquisadores para acompanhar e visitar os experimentos realizados pelo segundo ano, no sistema de integração lavoura-pecuária.

O trabalho realizado na propriedade com atividade em pecuária de corte foi iniciado em 2014 com plantio de 10 cultivares diferentes de soja em uma área que atualmente soma 150 hectares. Com apoio da pesquisa fornecida pelo curso de agronomia da UEMS – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e a Fundação MS, o produtor contabilizou uma produtividade de até 58 sacas por hectare no último ciclo da oleaginosa.

Na avaliação do anfitrião, Massao Ohata, que recebe assistência técnica e gerencial do SENAR/MS há dois anos, o dia de campo é uma oportunidade para que os produtores da região conheçam os experimentos de agricultura e possam diversificar a produção. “Resolvi oferecer o espaço para que as equipes de pesquisa da UEMS e da Fundação MS realizassem experimentos com a soja, pois, Miranda está carente de informações sobre agricultura. Apesar da chegada de várias tecnologias, precisamos identificar quais serão mais eficientes para nossa região”, explica o empresário rural.

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O presidente do Sindicato Rural de Miranda, Adauto Rodrigues de Oliveira, avalia que a iniciativa de Ohata comprova a eficácia da parceria realizada entre as instituições de pesquisas e do programa de metodologia de ATeG – Assistência Técnica e Gerencial oferecido pelo SENAR/MS. “A união da pesquisa científica e da assistência técnica do Mais Inovação faz com que os produtores sintam-se mais seguros em ampliar as atividades na propriedade. Tanto que já temos 12 empresários rurais participando do programa e mais pessoas demonstrando interesse em participar”, afirma.

Diversificação da atividade rural – Um dos produtores que recentemente aderiu ao programa Mais Inovação é proprietário da fazenda Iguaçu em Aquidauana, Zelito Alves Ribeiro. Ele ressalta que já iniciou uma plantação de 15 hectares de soja, mas já possui experiência de 11 anos no cultivo de milho para alimentação dos bovinos. “Nossa região é formada por municípios antigos que sempre tiveram na pecuária sua atividade principal e acredito ser fundamental modificar nossa cultura de produção. Como observamos aqui na fazenda Sanguessuga, a implementação da integração lavoura-pecuária adequada ao clima e solo da região pode ser uma alternativa rentável e produtiva se for feita com assistência adequada”, argumenta.

O assessor técnico do SENAR Nacional, Mateus Tavares, participou da visita e considera que o experimento realizado em Miranda será uma vitrine para outras propriedades interessadas em investir nos sistemas integrados de produção. “O dia de campo demonstrou que as tecnologias de integração são ferramentas eficazes para o produtor, tanto no fator produtivo quanto econômico. As ações apresentadas aqui foram positivas e o proprietário reforçou a importância de buscar o conhecimento e assistência técnica especializada, preconizados em outros programas como o ABC Cerrado que começou esse ano em Mato Grosso do Sul”, acrescenta.

Segundo o superintendente do SENAR/MS, Rogério Beretta, o dia de campo realizado em Miranda valida o comprometimento dos envolvidos em promover a difusão tecnológica no estado. “É gratificante verificar a atuação de cada um dos parceiros e a credibilidade no trabalho realizado aqui. Reunir 160 pessoas interessadas em aprender mais sobre sistemas produtivos comprova que o SENAR/MS está cumprindo sua finalidade de tornar-se um modelo de gestão sistêmica capaz de contribuir para o desenvolvimento agropecuário do Estado”, aponta.

Pesquisadores dedicados – O diretor executivo da Fundação MS, Alex Melotto, explicou aos presentes que o experimento da fazenda Sanguessuga evidencia como é possível aliar a diversificação e rentabilidade, sem mudar o ramo de atividade. “Os resultados que vocês estão observando nessa propriedade se devem em grande parte, a confiança do produtor que resolveu acreditar na efetividade do trabalho científico. Ele ampliou o plantio de 30 para 150 hectares, está produzindo pastagem de qualidade para sua criação e apresentando aos vizinhos que diversificar não é mudar de atividade e sim, agregar opções produtivas”, observa.

O engenheiro agrônomo e professor doutor da UEMS em Aquidauana, Francisco Eduardo Torres destacou que a visita ao experimento é um exemplo prático para os alunos sobre o que é ensino, pesquisa e extensão. “Convidamos nossos alunos que hoje somam 90 participantes para compreender a importância da pesquisa científica aliada a experimentação prática. No caso da integração lavoura-pecuária, tivemos que identificar qual o cultivar de soja que se adequava as condições de altitude, solo e regime de chuvas e o resultados podem ser utilizados não apenas aqui, mas para toda região, considerada de transição entre os biomas Cerrado e Pantanal”, esclarece.

Um dos acadêmicos da UEMS, Marcos Vinicius de Barros Pinto, acompanha a evolução do plantio desde o início do ciclo, em 2015. Ele cursa o 9º semestre de Agronomia e revela que participar do projeto de extensão na fazenda Sanguessuga foi enriquecedor. “Acompanhei todas as etapas do plantio e meu foco é o acompanhar e controlar as ervas daninhas que surgirem na lavoura. Estou satisfeito com a oportunidade de utilizar os conhecimentos teóricos obtidos na sala de aula e percebo que esse contato prático amplia meu olhar sobre quais áreas posso trabalhar depois de formado”, conclui.