04 out 2017

Plantio direto pode aumentar a produtividade em até 30%

*Por SENAR/MT

 

Com as chuvas da semana passada, boa parte dos municípios mato-grossenses já iniciaram o plantio da safra 2017/2018. A expectativa é que se as chuvas previstas forem confirmadas para esta semana, as máquinas vão trabalhar a todo vapor e a semeadura deve avançar consideravelmente em todo o estado.

De acordo com a estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Mato Grosso deve plantar 9,4 milhões de hectares na safra 2017/18. A produtividade deve ser de 54,12 sacas por hectare, um pouco abaixo da safra anterior, que foi de 55,3 sacas por hectare.

Estudos realizados pela Embrapa Soja comprovam que o plantio direto aumenta a produtividade nas lavouras em 30%, quando comparado ao sistema convencional. Em anos de seca, lavouras com o plantio direto produzem até o dobro do sistema convencional. Um dos pilares do plantio direto é a diversificação de culturas. Existem basicamente quatro modalidades que o produtor pode usar para diversificar o seu sistema de produção.

A primeira é a sucessão das culturas dentro de um mesmo ano agrícola.  Já a segunda é a rotação, considerada a mais benéfica para o produtor. O pesquisador da Embrapa Henrique Debiasi, explica que na rotação, o princípio básico é alternar espécies diferentes na mesma estação do ano. “Um exemplo seria a alternância entre soja e milho”.

As outras duas opções são a consorciação, que consiste na maximização de espaço mediante o cultivo simultâneo, num mesmo local, de duas ou mais espécies com diferentes características. E por último e, não menos importante, é o sistema chamado de janelas de cultivo que tem como um exemplo característico o período entre a colheita da soja e o plantio de outro tipo de cultura. “Com a chegada cultivares precoces de soja no mercado esse método passou a ser ainda mais utilizado”, explica o pesquisador.

Entretanto a Embrapa ressalta que antes de decidir por alguma modalidade de cultivo o produtor precisa entender quais espécies se adaptam melhor a sua região. Muitas das culturas usadas no sistema plantio direto são espécies forrageiras que, além de fornecer palha e raízes, podem ser usadas para a produção de carne e leite, agregando valor à produção agrícola da propriedade com o sistema integração lavoura pecuária, que, segundo os especialistas, é uma excelente alternativa no processo de diversificação de culturas.

VANTAGENS DO PLANTIO DIRETO

– Controle da erosão – como a palha fica em cobertura no solo, há uma maior infiltração da água da chuva e um menor carregamento de terra e perda de nutrientes.
– Umidade – devido à cobertura vegetal rente ao solo, há maior umidade e aumento da água armazenada no solo;
– Redução da temperatura do solo
– Aumento da atividade microbiana do solo
– Melhoria da estrutura do solo
– Aumento da fertilidade do solo
– Economia de combustível, de fertilizantes e de mão de obra
– Diminuição no uso de combustíveis e redução da perda de solo

DESVANTAGENS DO PLANTIO DIRETO

– Aumento da incidência de pragas
– Menor adaptação de máquinas e equipamentos
– Maior uso de agrotóxicos
– Menor germinação das sementes nos períodos úmidos

DICAS

– Para fazer plantio direto são necessárias algumas condições como
– Treinamento, capacitação, qualificação
– Utilização de equipamentos adequados – escolha correta das máquinas e equipamentos
– Correção do solo e fertilização – fazer análise do solo
– Produzir e manejar adequadamente a palhada
– Manejo das plantas invasoras
– Descompactação do solo
– Definir as culturas para rotação e cobertura do solo.


03 out 2017

Técnicos do ABC Cerrado do Maranhão recebem capacitação sobre SisATeG

*Por SENAR/MA

Técnicos de campo que atuam no Projeto ABC Cerrado, no Maranhão, acabam de receber treinamento para utilizar o SISATeG, software que permite o registro e acompanhamento das ações da Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR).

A ferramenta vai permitir que os técnicos registrem os dados produtivos e econômicos do produtor e das propriedades assistidas, além de torná-las mais eficientes para a obtenção de índices individuais e coletivos dos produtores assistidos.

As instruções feitas à equipe participante foram passadas pelos supervisores do Projeto ABC Cerrado e da Metodologia de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), treinados recentemente por profissionais do SENAR Brasil.
“Com a nova ferramenta, esperamos melhorar ainda a ATeG ofertada aos produtores atendidos”, disse Aline Saldanha coordenadora do Projeto ABC Cerrado no Maranhão.

Dia de Campo
A fase II do programa ABC Cerrado, teve seu início em setembro de 2017, com previsão de finalizar em 18 meses. Os técnicos já fizeram suas visitas às propriedades dos municípios de Timbiras, Santa Luzia, Esperantinópolis, Lago dos Rodrigues, Grajaú, Sítio Novo, Itapecuru-Mirim, Lago dos Rodrigues, Tuntum, São João dos Patos, Pastos Bons, Coroatá, Pirapemas, São Domingos do Maranhão e Vargem Grande.

A primeira atividade dos novos grupos de produtores assistidos pelo ABC Cerrado foi o Dia de Campo ocorrido em agosto, na Fazenda Alferes, no município de Presidente Dutra, onde viram in loco experiências positivas das tecnologias aplicadas pelos técnicos do Senar. Após essa ação muitos deles deram início à implantação dessas ferramentas em suas propriedades.


12 set 2017

SENAR contribui para preservação do Bioma Cerrado por meio do Projeto ABC Cerrado

Mapa mostra distribuição dos produtores atendidos pelo projeto nos oito estados que fazem parte da iniciativa.

O SENAR contribui para o desenvolvimento da agropecuária e do Cerrado brasileiros por meio da capacitação de produtores rurais nas tecnologias de baixa emissão de carbono com foco na produção sustentável. Esse é o Projeto ABC Cerrado, que iniciou em agosto de 2017 a segunda fase da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) para mais 400 propriedades rurais nos estados de Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Tocantins.

Este ano, o SENAR já capacitou 1.370 produtores em 110 turmas nos oito estados que fazem parte da iniciativa: Distrito Federal e nos estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Piauí e Tocantins. A tecnologia mais procurada é a Recuperação de Pastagens Degradadas, seguida da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF). “A procura pela Recuperação de Pastagens confirma a tendência com a tomada de recursos da linha de crédito do ABC, onde a maioria do recurso é destinada a essa tecnologia”, explica o coordenador do ABC Cerrado, Mateus Tavares.

Segundo ele, a degradação das pastagens acontece principalmente pelo manejo inadequado da pastagem como, por exemplo, as altas taxas de lotação do pasto aliada a uma baixa prática de reposição de nutrientes nos solos. “A capacitação do SENAR vem ensinar ao produtor exatamente isso, a fazer o manejo adequado da produção de forrageira e a nutrir o solo para mantê-lo saudável e garantir a alimentação do rebanho.”

Tavares reforça que o SENAR vai realizar ainda 80 turmas para cumprir a meta deste ano na segunda fase do projeto. “A execução do projeto está dentro da meta para a fase. Agora estamos coletando os questionários de linha de base que vão subsidiar a pesquisa que indicará a efetividade da capacitação e da ATeG na implantação das tecnologias ABC nas propriedades rurais”, conta. Os questionários serão aplicados em Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Tocantins e Maranhão. “Também estamos promovendo dias de campo para apresentação de resultados com produtores atendidos pela Assistência Técnica e Gerencial na fase 1”, completa.

O Projeto ABC Cerrado é uma parceria do SENAR com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Embrapa, com recursos do Programa de Investimentos em Florestas do Banco Mundial. A iniciativa visa sensibilizar o produtor rural para a utilização de práticas agrícolas de baixa emissão de carbono. As tecnologias são Recuperação de Pastagens Degradadas, Integração Lavoura-Pecuária Floresta, Sistema Plantio Direto e Florestas Plantadas. Do início do projeto até agora, o SENAR já capacitou mais de três mil produtores e 1.570 propriedades receberam Assistência Técnica e Gerencial.


23 ago 2017

Integração lavoura-pecuária traz maior rentabilidade a produtores

*Por Sistema FAEG/SENAR-GO

Intensificar a produção, manejar os fatores produtivos de uma propriedade, de maneira individual e de forma tecnológica, proporcionando ao produtor tecnologias para que ele obtenha uma produção elevada e custos mais baixos. Estes são os principais objetivos da palestra do consultor da MS Integração, Dirceu Broch, que ocorrerá na sexta-feira, às 10h30, no dia 1º de setembro, durante o ‘2º Seminário de Irrigação de Goiás’. Ele abordará o tema ‘Alta Produtividade na Integração Lavoura-Pecuária com Sistemas Irrigados’. O evento será realizado nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, em Goiânia (GO).

De acordo com ele, atualmente a irrigação é um sistema seguro, já que quando o produtor adota esta técnica obtém até duas safras por ano, sem perda de água, tanto por excesso ou por tempestade. Isso porque num ano o produtor consegue fazer duas safras e no outro é possível fazer três. Para ele, quando a prática é adotada na pecuária alcança ainda mais rentabilidade. “A irrigação é a cereja do bolo, a complementação final, uma das últimas etapas do processo para ter alta produtividade”, pontua.

Seminário de irrigação

Com o tema ‘Irrigação: eficiência e sustentabilidade na agropecuária’, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Goiás (Sebrae Goiás), realizará nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, em Goiânia (GO), o 2º Seminário de Irrigação de Goiás. O objetivo do evento é envolver os produtores rurais, técnicos e sociedade no debate sobre a utilização sustentável da água. O evento ocorrerá no auditório da Federação e pretende reunir irrigantes de todo o estado.

Ficha Técnica

2º Seminário de Irrigação de Goiás

Data: 31 de agosto e 1º de setembro de 2017 (quinta e sexta-feira)

Local: Sede da Faeg – rua 87, nº 662, setor Sul – Goiânia (GO)

Mais informações: http://gatheros.com/evento/2o-seminario-de-irrigacao-de-goias-2017/


08 jun 2017

Grupo gestor do Plano ABC conhece experiência de floresta plantada na Paraíba

*Por SENAR/PB

O Grupo Gestor do Plano de Agricultura de Baixo Carbono da Paraíba fez uma visita técnica na terça-feira (6/6) às propriedades Fazenda Santa Inês e Bela Vista, nos municípios de Mamanguape e Itapororoca, na Mata Norte do estado. Ao longo das visitas a equipe pode conhecer a prática de floresta plantada desenvolvida pelo produtor rural José Inácio de Moraes Andrade.

José Inácio tem 100 hectares de área de reflorestamento distribuídos entre cinco fazendas nos municípios de Pilões, Curral de Cima e Cuité de Mamanguape, além das duas que receberam a visita do grupo. São cultivados eucalipto, comercializado principalmente para as indústrias de cerâmica, e também o sabiá, para produção de estacas.

Área plantada com sabiá

“Minha atividade principal é a cana-de-açúcar, mas vi a chance de fazer floresta plantada buscando também diversificar minha produção visando também novas fontes de receita. Acredito que a agricultura tem que ser autossustentável, ambientalmente correta, socialmente justa, mas que venha também a gerar renda para o produtor, para que ele possa se sustentar no campo”, defende José Inácio.

Engenheiro agrônomo por formação e filho de produtores rurais, ele já está na atividade agrícola há cerca de 40 anos e tem investido em outras boas práticas de cultivo, como a rotação de culturas e proteção de matas ciliares.

José Inácio, produtor rural

O SENAR Paraíba e a Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba compõem o grupo gestor. Ele é coordenador pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (SEDAP), e conta ainda com representantes do Ministério da Agricultura, Embrapa, Asplan, Banco do Brasil, Emater e Emepa, entre outros. A assessora de programas especiais do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural da Paraíba(SENAR/PB), Vera Figueiredo, explicou que ações como a visita técnica compõem as ações iniciais do grupo na formalização de políticas locais de ABC.

“Foi uma experiência maravilhosa dentro do que a gente está tentando implantar no Estado. Estamos mapeando e identificando essas ações para a partir desse conhecimento poder contribuir com o produtor por meio da capacitação. Nós temos o desafio de conscientizá-lo sobre a importância desse tipo de agricultura, mas por outro lado ela precisa ter viabilidade econômica”, resume Vera.

Floresta plantada com eucalipto, ao lado área com cultivo rotacionado de cana. Terreno havia sido ocupado anteriormente com mamão

Além da floresta plantada, também são previstas pelo plano ABC a prática de fixação biológica de nitrogênio, plantio direto, integração lavoura pecuária floresta, recuperação de pastagens degradadas e tratamento de dejetos animais. Esta última, inclusive, já será objetivo da próxima visita técnica do grupo gestor, no mês de julho.

“Estamos numa fase inicial do plano, tendo em vista que ele foi ativado no Estado no final de 2015. O período seguinte foi de estruturação do plano a partir das premissas nacionais e agora saímos da sequência de reuniões para conhecer na in loco essas práticas. Isso traz para o grupo a possibilidade de passar isso à frente”, explicou o coordenador do Grupo Gestor do Plano ABC PB, Demilson Lemos de Araújo.

Hermes Ferreira e Vera Fernandes

Nesse período foram firmados quatro convênios com o Ministério da Agricultura para implantação de unidades demonstrativas e realização de dias de campo e seminários que auxiliem na divulgação e implantação dessas tecnologias. Segundo o chefe da divisão de política agrícola do ministério na Paraíba, Hermes Ferreira, já foram investidos R$ 750 mil reais nessas ações e a meta é expandir ao longo dos próximos anos.

“O projeto já está em andamento com pesquisas no agreste do Estado. No próximo semestre devemos entrar no sertão, já estão sendo escolhidas áreas para implantação de ILPF e plantio direto. Nos próximos dois anos ingressaremos no curimataú e cariri. O objetivo é fazer com que isso chegue ao produtor, seja ele pequeno, médio ou grande”, afirma Hermes Ferreira.