16 nov 2015

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta já é realidade em Roraima e reanima produtores

 * Da Revista Produz

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“Eu quero é ter três safras na minha propriedade sem agredir a natureza”, com esta afirmação o produtor Josefar Silva, de Porto Velho (RO), quer iniciar a integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) em sua área, com vacas de leite, produção agrícola e utilizar a floresta sem agredi-la, como ele mesmo diz. E isso é possível. Com a adoção da ILPF o produtor poderá aumentar a eficiência da sua propriedade através da diversificação, aumento da produtividade, otimização dos recursos e consequentemente aumento da sua renda. “A Integração Lavoura- Pecuária-Floresta é a agricultura do Futuro”, destacou o chefe-geral da Embrapa Rondônia, César Teixeira.

Este sistema proporciona uma série de benefícios, como a diversificação na produção da propriedade; redução no custo de formação das pastagens pela melhoria das condições do solo e renda com as culturas anuais; diminuição do risco de perda de renda do produtor, pois sua produtividade aumenta e não fica dependente de apenas um produto; maior conservação do solo e, consequentemente, redução de perdas com erosão e menor impacto ambiental; melhor aproveitamento da propriedade rural, e o mais importante, reduz a pressão sobre a floresta Amazônica.

Estas e outras informações importantes sobre este sistema foram apresentadas ao senhor Josefar e aos quase 100 produtores, técnicos, empresários do agronegócio, autoridades e estudantes durante o Dia de Campo de ILPF, que aconteceu dia 12 de novembro em Porto Velho. Os participantes puderam ver de perto um modelo de ILPF implantado, tirar dúvidas com os pesquisadores e conhecer mais sobre a importância do conforto animal, da recuperação e manejo de pastagem, da inserção do componente florestal no sistema, do Sistema de Plantio Direto e das linhas de crédito rural disponíveis.

O secretário de Agricultura de Rondônia, Evandro Padovani, participou do dia de campo e foi enfático em dizer que não é preciso mais desmatar no estado para produzir mais. “Nós temos tecnologias de ponta com as pesquisas da Embrapa e suporte no campo com a assistência da Emater e outros órgãos particulares que levam estas tecnologias ao produtor rural. Existem também linhas de crédito para facilitar o acesso e a adoção pelos produtores, assim como maior facilidade agora ao calcário, fundamental para agricultura. O governo trabalha no sentido de incentivar o produtor rural a produzir mais sem desmatar”, afirma o secretário.

A ILPF e a recuperação de áreas de gradadas em RO
Estima-se que 70% das áreas de pastagem do estado de Rondônia estão com algum grau de degradação e uma das alternativas para a reforma, recuperação ou renovação de pastagens é por meio do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), ou suas variantes, como a que vem sendo adotada em Rondônia em diversas regiões, a integração lavoura-pecuária. “A ILPF é uma tecnologia que poderá contribuir significativamente para uma agropecuária forte e sustentável, tornando o estado referência na região Amazônica”, ressalta o Chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Rondônia, Frederico Botelho.


09 nov 2015

Sistema de integração faz aumentar a produtividade de fazendas do cerrado

* Por José Hamilton Ribeiro / Do Globo Rural

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No fim de novembro, começa em Paris, na França, a COP 21 – Conferência Mundial do Clima. A diminuição do aquecimento global e do efeito estufa são dois dos principais assuntos da reunião.
Dentro da proposta brasileira, existe uma medida considerada revolucionária para a produção agropecuária sustentável: a recuperação de pastos degradados com a tecnologia da integração lavoura-pecuária-floresta. Há 30 anos, o Globo Rural acompanhou os primeiros passos da técnica. Agora, a equipe de reportagem voltou ao cerrado para conferir resultados.

A fazenda em Ipameri, no sudeste de Goiás, é referência da Embrapa no sistema de integração lavoura-pecuária-floresta. Trabalhando num esquema que favorece o meio-ambiente, a propriedade produz soja, milho, boi e eucalipto com uma situação de custos bastante favorável.

Há nove atrás, porém, no local só tinha áreas degradadas e trabalhava no vermelho. Hoje, a área é o cenário ideal para buscar a palavra de ordem do agrônomo João K, que quer as fazendas brasileiras fazendo quatro safras por ano.

“Nós fazemos a safra de verão, que é com soja. Colhemos a soja e fazemos uma safrinha de milho consorciada com capim. Colhemos o milho e colocamos uma safrinha de boi. Tiramos o boi e fazemos uma safra de palhada para o plantio direto e gerar matéria orgânica no solo. Então, são quatro safras dependentes apenas de chuva, sem irrigação”, diz o agrônomo.
O eucalipto também começou a entrar no sistema nos últimos anos e pode render outras safras de madeira.
O agrônomo paranaense, de origem ucraniana, é conhecido pela expressão João K, sobrenome Kluthcouski. Como a palavra é difícil de pronunciar, os colegas de serviço simplificaram só com as iniciais. Mas, para não usar JK, que é nome de presidente, ficou João K. Assim ele é conhecido tanto na Embrapa Arroz e Feijão, onde trabalha, quanto nas fazendas que visita.

O Globo Rural acompanha o trabalho de João K e sua equipe há mais de 30 anos. Em sucessivas reportagens, o programa mostra os trabalhos do agrônomo. Começou no consórcio de arroz com capim. Seguiu para o milho, sorgo, guandu, girassol, soja e outras plantas. A base é sempre semear junto a lavoura e o capim, fazendo rotação de culturas e plantio direto, mexendo na terra o mínimo possível. A tecnologia que está se mostrando revolucionária para climas tropicais.

Na Fazenda Eco Nelore, no município de Teresópolis de Goiás, a 20 quilômetros de Goiânia, o agricultor Robert Berger implantou a integração e traz as contas na ponta do lápis.

“Quando eu assumi a fazenda, há cinco anos, ela estava toda degradada e com uma capacidade animal muito pequena. Eu teria que reformar todos os pastos. Fiz as contas e assustei porque é muito caro. Fui pesquisar e acabei encontrando a integração lavoura pecuária que me falavam que eu reformava o pasto sem custo. Eu falei: ‘uá, como é que eu vou fazer isto?’ Fui visitar uma fazenda, vi os números e resolvi aplicar”, diz Berger.

O agricultor foi abrindo a fazenda por partes. Hoje, Berger ainda tem áreas degradadas, que espera renovar no tempo certo. “É sem custo porque a gente planta o milho, que já tem que adubar. Junto, planta o capim, que eu só pago a semente. Colho o milho, que paga todas as contas e ainda deixa um lucro. A semente eu recupero com a palhada do milho que fica com mais proteína para os animais”, explica.

Na mesma região da fazenda de Robert Berger ainda existe muitas pastagens desfiguradas. Há capim rasterinho no chão e cupim. O mato de folha larga que existia o gado comeu. Só restou um ou outro pé de assa-peixe. Essa é a situação de um pasto degradado.

“Em uma situação dessa o pasto fica tão frágil que sai fácil. Ela não tem fixação da raiz no solo. O próprio ato de pastejo do touro ou do gado arranca com facilidade”, esclarece o técnico agrícola Hélvio dos Santos Abadia.

O avanço do sistema de integração se deve, entre outros fatores, à existência do capim braquiária brisanta. Desde que tenha condição de agir, a braquiária como que afofa o solo para o plantio da lavoura crescer.

Marize Porto Costa, da Fazenda Santa Brígida, em Ipameri, assumiu há nove anos a propriedade com pastagens degradadas. O local lidava só com gado, tinha três funcionários, dois tratores pequenos e uma carretinha. “No início, a gente estava trabalhando até num campo negativo. Pela falta de pasto, uma unidade animal precisava de dois hectares para poder sobreviver. Hoje, nós colocamos quatro”, diz.

O agrônomo Roberto Freitas, que presta consultoria agronômica para diversas fazendas da região, chama atenção para um detalhe do sistema de integração e também mostra-se impressionado com o papel da braquiária e dos restos de cultura na produção de matéria orgânica. “Fazenda funciona 360 dias por ano contemplando a atividade pecuária e a atividade agrícola. Como a gente tem a palhada mais grossa, que o gado não come, essa parte mais fibrosa é que vai dar uma matéria orgânica estável que vai persistir no solo por cerca de 80 a 100 anos”, diz.

Ao longo dos últimos 25 anos, o dia-a-dia da aplicação do sistema lavoura-pecuária foi revelando problemas que precisaram ser contornados. “Na hora de colher o milho, se o milho fosse de espiga baixa, dava embuchamento na colhedeira. Depois, nós criamos técnicas de deixar o capim pequeninho até a colheita do milho, através de pequenas doses de herbicidas. Mas, isso já está evoluído e a grande maioria dos produtores que fazem o sistema já usa essa dose segurando o capim”, diz João K.

2º Bloco da Reportagem de José Hamilton Ribeiro / Do Globo Rural

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10 set 2015

Pesquisas em ILP completam duas décadas na Embrapa Agropecuária Oeste

* Da Embrapa Agropecuária Oeste

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Técnico da Embrapa trabalhando em experimento de ILP – Foto: Nilton Pires/Embrapa

Neste ano de 2015, a Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS) comemora duas décadas de experimentos em Integração Lavoura-Pecuária (ILP). Desde 1995, pesquisas são colocadas em prática em diferentes localidades de Mato Grosso do Sul que representam a realidade das regiões do Estado.

Para compartilhar o sucesso dos resultados de pesquisa, que há alguns anos já possui o componente “floresta” aos experimentos, a Embrapa Agropecuária Oeste realiza o evento “Timeline Integração Lavoura-Pecuária”, de 15 a 17 de setembro, com participação gratuita (inscrições a partir de 10 de setembro, à tarde, pelo site www.cpao.embrapa.br/timeline, e nos dias do evento).

“A condução desses experimentos, além dos resultados apresentados, também contribuem para a ampliação de estudos multidisciplinar e na agregação de outros estudos e projetos envolvendo a Integração Lavoura-Pecuária e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta”, diz o pesquisador Guilherme Asmus, chefe geral da Embrapa Agropecuária Oeste.

O primeiro dia, das 7h30 às 12 horas, será dedicado à comemoração pelos 20 anos de pesquisa em ILP na Embrapa Agropecuária Oeste, inclusive com o lançamento da publicação “20 anos de experimentação em integração lavoura-pecuária na Embrapa Agropecuária Oeste”. A publicação, em formato de relatório, estará disponível gratuitamente no Portal da Embrapa Agropecuária Oeste (menu Publicações) e também na versão impressa (informações pelo (67) 3416-9701) a partir de 15 de setembro de 2015.

No dia 16, haverá dois workshops: um deles será das 8 às 17 horas, quando serão discutidos aspectos prioritários para a Rede de Fomento em ILPF no Brasil. Outro Workshop será o de Sistemas Integrados de Produção, das 14 horas às 16h30, com formalização de ata ao fim da reunião.

No último dia, 17, os participantes farão uma visita técnica às Unidades de Referência Tecnológica (URT) do Campo experimental da Embrapa Agropecuária Oeste em Ponta Porã, Dourados e Naviraí, com saída às 8 horas e retorno às 17 horas.

Programação

15 de setembro, terça-feira – O pesquisador Júlio Cesar Salton, fará uma retrospectiva dos experimentos efetuados em parceria com outros pesquisadores da Embrapa, fundações, outras instituições de pesquisa e produtores rurais.

Em seguida, haverá homenagem aos colaboradores que ajudaram a formular o projeto inicial da ILP. Para debater a maneira mais adequada para o produtor rural adotar o conhecimento científico no campo, o professor da UFRGS, Paulo César de Faccio Carvalho, abrirá um Painel sobre o tema a partir das 9h30. Ele, que é coordenador do Programa de Produção Integrada de Sistemas Agropecuários (programa do Ministério da Agricultura) do Rio Grande do Sul (Pisa/RS), falará sobre os problemas e soluções e as experiências em transferência de tecnologia.

Em seguida, será aberto o debate com a participação do pesquisador Fernando Lamas, atual secretário de Estado de Produção e Agricultura Familiar de MS; Ademir Zimmer, pesquisador da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS), coordenador regional da Rede de Fomento ILPF; Yoshihiro Hakamada, diretor vice-presidente da Cooperativa Agrícola Sul-Mato-Grossense (Copasul), que também assinará parceria com a Embrapa para experimentos em ILP na área da cooperativa; Paulo Tolentino, técnico de assistência técnica privada; Luiz Alberto Moraes (conhecido como “Mandi”), presidente do Conselho de Administração da Fundação MS e diretor tesoureiro da Famasul. O moderador será o pesquisador Júlio Salton.

16 de setembro – quarta-feira – No primeiro workshop, representantes de seis Unidades da Embrapa (Embrapa Agropecuária Oeste, Gado de Corte, Soja, Florestas, Meio Ambiente e Pecuária Sudeste) que compõem a Rede de Fomento da região 6 (MS, PR e SP) definirão estratégias para ações de Transferência de Tecnologia e de Comunicação ainda para 2015 e também para 2016. Entre os temas: condução de URTs, realização de Dias de Campo, capacitação continuada, publicações, ações de comunicação, cursos, palestras e parcerias.

No segundo workshop, sobre análise de sistemas integrados de produção, haverá a participação especial de pesquisadores que estiveram presentes no primeiro workshop sobre ILP em 1996: Luis Renato Dagostini (UFSC), Geraldo Melo Filho (Embrapa), José Eloir Denardin (Embrapa Trigo), Cimélio Bayer (UFRGS), Manuel Macedo (Embrapa Gado de Corte), João Carlos de Moraes Sá (UEPG), Amoacy Carvalho (Embrapa), Luís Hernani (Embrapa Solos) e Armindo Kichel (Embrapa Gado de Corte).

17 de setembro – quinta-feira – Visita técnica para conhecer os experimentos de ILP e ILPF em Ponta Porã, Dourados e Naviraí.


27 ago 2015

Sistema de Integração é considerado uma das mais importantes revoluções da agricultura

*Do Jornal Expresso MT

IGO_7345O sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) chega em agosto de 2015 ocupando 750 mil hectares em Mato Grosso. Em 2004, um levantamento feito pela Embrapa Agrossivilpastorial de Sinop, a Fundação Rio Verde e o Clube Amigos da Terra (CAT Sorriso) mostrava que o sistema no Estado era utilizado em apenas 10 mil hectares.

O motivo dessa evolução foi apresentado pelo pesquisador da Embrapa, Flávio Wruck, no Seminário sobre Jornalismo Rural e Produção Sustentável. “Cada dia mais estamos convencendo os produtores rurais que o sitema é viável”, afirmou o especialista. Segundo ele, para o sucesso da ILPF o sitema precisa ser:

•Tecnicamente eficiente;
•Economicamente viável;
•Ambientalmente correto;
•Socialmente justo;
•Culturalmente aceito e
•Politicamente aplicável.

A ILPF tem como grande objetivo a mudança do sistema de uso da terra, fundamentando-se na integração dos componentes do sistema produtivo, visando atingir patamares cada vez mais elevados de qualidade do produto, qualidade ambiental e competitividade.

Com o sistema, considerado uma das revoluções da agricultura, o produtor rural descobriu que pode trabalhar na terra o ano inteiro e não só nos meses de safra como era no passado. Convence-lo não está sendo difícil com o passar dos anos principalmente porque cada um precisa avaliar qual sistema se adequa melhor a sua propriedade. “O nome do sistema é Lavoura-Pecuária-Floresta, porém isso não significa que você tem, obrigatorialmente, que ter as três atividades na sua fazenda. Lavoura-Pecuária, Pecuária-Floresta e Lavoura-Floresta são muito comuns em propriedades no estado”, esclareceu Wruck.

No Brasil, existem vários sistemas de ILPF que são modulados de acordo com o perfil e os objetivos da propriedade rural. Além disso, essas diferenças nos sistemas se devem às peculiaridades regionais do bioma e da fazenda, como: condições de clima e de solo, infraestrutura, experiência do produtor e tecnologia disponível.

Para investir em uma nova atividade o principal entrave continua sendo a falta de crédito rural.
Um dos programas que resolve em parte esse desafio é o Agricultura de Baixo Carbono (ABC), do Governo Federal. Ele oferece linhas de crédito para produtores que queiram se organizar e planejar ações que adotem tecnologias de produção sustentáveis com o compromisso de reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEE). Mas, por causa da burocracia muitos acabam optando pelo FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste), que financia a agricultura com custos semelhantes e mais facilidades na obtenção.

Segundo a Embrapa, o governo assumiu o compromisso de aumentar a área com sistema ILPF. A meta é chegar em 2020 com 4 milhões de hectares ocupados pelo sistema.

Além da ILPF outros avanços são considerados pelo pesquisador, Flávio Wruck, “revoluções” na agricultura. A Primeira delas o plantio direto, que transforma a palhada decomposta de safras anteriores em “alimento” para o solo. As vantagens são a redução no uso de insumos químicos e controle dos processos erosivos, uma vez que a infiltração da água se torna mais lenta pela permanente cobertura no solo. Em seguida o especialista destaca a ocupação do bioma cerrado para a agricultura e a viabilidade da segunda safra.


10 ago 2015

“Brasil é capaz de integrar as cadeias produtivas”, avalia presidente da Embrapa

* Da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA)

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Presidente da Embrapa, Maurício Lopes, anuncia projeto do órgão para criar uma subsidiária com o objetivo de ter mais agilidade na captação de recursos e na geração de startups de tecnologia. Foto: Beto Garavello

“Temos vantagens comparativas e competitivas, porém, nosso desafio é saber onde está a liderança e lutar para construir o futuro do agronegócio”, disse o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Antônio Lopes, durante palestra no 14º Congresso Brasileiro de Agronegócio – Sustentar é integrar, realizado em São Paulo.

Ele ainda destacou a integração de soluções no Brasil, em curto tempo, e apontou como grande gargalo do agro a diversificação e a integração entre agropecuária a sustentabilidade. “Temos de identificar as vantagens competitivas para ter liderança e protagonismo. O Brasil é capaz de integrar as cadeias produtivas”, avaliou.

Na opinião de Lopes, a Integração Lavoura-Pecuária e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta devem ganhar espaço no Brasil, pelo fato de reduzirem os impactos ambientais e agregarem renda aos produtores.

“Estes sistemas são os mais indicados para a recuperação de áreas degradadas, em especial de pastagens. A incorporação das florestas também será importante, por ter foco no bem-estar animal.”
Durante o evento, Lopes anunciou um projeto da Embrapa, como o aval do Mapa, para criar uma subsidiária com o objetivo de ter mais agilidade na captação de recursos e na geração de startups de tecnologia.

“O projeto está avançado e a nova empresa e terá profissionais capazes de transformar os ativos desenvolvidos pelas diversas unidades da Embrapa em novos negócios e produtos”, disse.

Segundo ele, a expectativa é de que seja aprovada ainda este ano. Também destacou a aliança para a inovação agropecuária e citou como exemplo de inovação aberta o novo processo de transgenia para o controle de plantas daninhas, que será lançado neste mês de agosto.

De acordo com Lopes, novos acordos e alianças são necessários para que o Brasil mantenha o protagonismo e liderança em novas áreas do agronegócio. Porém, é necessário que o País aumente o grau de investimento em Pesquisa e Desenvolvimento no setor.

O presidente da Embrapa ainda citou dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), segundo os quais, o volume aplicado no Brasil em pesquisa e inovação equivale a 5% dos recursos globais, enquanto nos Estados Unidos é de 13% e na China, 19%.