04 jan 2016

Goiás recruta técnicos para Projeto ABC Cerrado

*Da FAEG

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Goiânia/ Goiás (4 de janeiro de 2016) – Até o dia 15 de janeiro, o SENAR Goiás vai selecionar 30 técnicos que ficarão responsáveis pela assistência técnica do projeto no Estado. Com o objetivo de aumentar a abrangência da orientação repassada aos produtores que optaram pela produção sustentável no bioma cerrado, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (SENAR Goiás) está em busca de novos profissionais. Para isso, a entidade publicou um edital de recrutamento. Entre os dias 4 e 15 de janeiro de 2016,  os interessados poderão efetuar as inscrições.

Os candidatos serão avaliados por meio de seus currículos, suas titulações e experiências profissionais. Os classificados receberão uma capacitação pela Embrapa, em Brasília, onde serão avaliados sobre seus conhecimentos, experiências adquiridas e desempenho com a assistência técnica.

O Projeto ABC Cerrado estrutura-se em três etapas: a primeira refere-se aos seminários de sensibilização já realizados em Goiás. A segunda tem por base as capacitações, onde o SENAR Goiás executa, a partir de janeiro, os cursos referentes às tecnologias do Plano ABC. “Ao todo, os interessados poderão participar de quatro treinamentos: Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, Plantio Direto, Floresta Plantada e Recuperação de Pastagens Degradadas”, segundo o técnico-adjunto Leonnardo Cruvinel.

Por fim, a terceira etapa caracteriza-se pela assistência técnica, onde os produtores que desejam implantar as tecnologias em sua propriedade terão, a partir de julho de 2016, auxílio dos técnicos do SENAR Goiás. O edital de recrutamento faz parte dessa última etapa do processo e objetiva selecionar esses técnicos.

ABC Cerrado

Sete estados brasileiros, cujos domínios encontram-se sob o bioma cerrado, participam do projeto, sendo eles: Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Piauí, Tocantins, além do Distrito Federal. Porém, apenas Goiás, Tocantins, Minas Gerais e Mato Grosso receberão a assistência técnica pelo período de 1 ano e meio.

Em si, o objetivo é disseminar práticas de agricultura de baixa emissão de carbono e, além disso, fazer com que produtores rurais se sensibilizem e passem a investir em sua propriedade de forma a ter retorno econômico, mas sempre pensando na preservação ambiental.

Tudo é feito com recursos do Programa de Investimento em Florestas (FIP), administrados pelo Banco Mundial, o Projeto ABC Cerrado, parceria entre o Senar, o Mapa e a Embrapa. A execução do projeto se estenderá até julho de 2017, quando se encerrará o recurso de US$ 10,62 milhões do Banco Mundial, após a data o Senar poderá definir e optar por dar continuidade ao projeto. No mesmo ano, relatórios contendo número de produtores atendidos, melhorias na produção e na redução na emissão de gases de efeito estufa, além dos índices alcançados, deverão ser apresentados ao Banco Mundial como espécie de contrapartida.

SAIBA MAIS:

–  Edital de Recrutamento

Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás – FAEG

www.sistemafaeg.com.br


15 dez 2015

Fixação biológica de nitrogênio pode reduzir as emissões de GEE na agricultura

*Da Embrapa
 Bruno Alves -
Pesquisas realizadas pela Embrapa Agrobiologia (RJ) mostram que a fixação biológica de nitrogênio (FBN) – processo realizado por alguns microrganismos que promovem nutrição nitrogenada das plantas – pode contribuir para a redução das emissões atmosféricas de óxido nitroso (um dos gases de efeito estufa) em lavouras de grãos e cana-de-açúcar. Experimentos feitos na Bahia com bactérias fixadoras de nitrogênio na cultura do milho revelam que, além de acréscimo de produção, os microrganismos contribuem para uma maior eficiência do fertilizante. “Foi possível reduzir pela metade a dose de fertilizante aplicado e consequentemente reduzimos as emissões de gases de efeito estufa”, afirma o pesquisador Bruno Alves, da Embrapa. No Rio de Janeiro, em experimentos com cana-de-açúcar, as bactérias levaram ao aumento de produção e evitaram uma emissão estimada em 1.300 kg de CO2 equivalente por hectare.
Alves explica que a emissão de GEEs das lavouras está diretamente associada à adubação nitrogenada. As plantas utilizam menos de 50% do fertilizante aplicado. “Isso significa que, na maioria das vezes, aplica-se pelo menos o dobro de nitrogênio necessário para o crescimento e produção da planta”, revela. O que não é absorvido fica no solo ou se perde para a atmosfera.
Nessa situação, as perdas gasosas de nitrogênio (N) mais preocupantes são a volatilização de amônia e de óxido nitroso (N2O), um gás com poder de aquecimento atmosférico de aproximadamente 300 vezes o do gás carbônico (CO2). “Uma das soluções para reduzir essas emissões é aplicar menos fertilizante nitrogenado nas lavouras, mas isso tem que ser feito sem prejudicar a produção”, explica o pesquisador. Para isso, é importante aumentar a eficiência com que a planta utiliza o fertilizante.
As pesquisas indicam algumas possibilidades, como a fertilização parcelada e o uso de produtos de eficiência aumentada, que liberam lentamente o nitrogênio. Misturar ao fertilizante inibidores dos processos biológicos que geram perdas de nitrogênio em formas gasosas também é uma alternativa. “Se o fertilizante é mais bem aproveitado pela planta, o que fica disponível para perda é menor, e com isso as emissões de N2O se reduzem. Mas não são ações simples, uma vez que questões de caráter prático e econômico podem inviabilizá-las”, comenta a pesquisadora Cláudia Jantalia, que avalia a eficiência de alguns fertilizantes mais utilizados nas lavouras e as emissões de GEE.
FBN e a nutrição das plantas
Estudos da Embrapa Agrobiologia revelam que a forma mais direta e mais barata para a redução das emissões de N2O nas lavouras pode ser conseguida com a maior participação da fixação biológica de nitrogênio na nutrição da planta. A FBN é um processo bioquímico natural realizado por bactérias, que conseguem tirar o nitrogênio do ar e o fornecem diretamente à cultura fazendo a fertilização do sistema. A tecnologia da inoculação de plantas, já conhecida pelos agricultores brasileiros, permite maximizar este processo aumentando a quantidade de bactérias que vão atuar no vegetal.
No Brasil, essa tecnologia é bastante comum entre os produtores de soja e permite que mais de 80% do nitrogênio que o vegetal precisa para crescer venha da FBN, representando grande economia em fertilizantes. Mas a questão não é só econômica. “Se a FBN não fosse tão eficiente na cultura da soja, cerca de 250 mil toneladas de N2O teriam sido emitidas para a atmosfera com a safra de 98 milhões de toneladas de grãos de 2015, se levarmos em conta a quantidade de fertilizante nitrogenado que teria que ser aplicada na cultura em lugar da FBN”, acrescenta Bruno Alves.
O processo ocorre em todas as culturas, mas no caso das espécies leguminosas, como soja e feijão, as plantas conseguem obter a maioria do nitrogênio necessário para crescer e produzir por meio da FBN. O mesmo não acontece com as gramíneas, como milho, trigo e cana-de-açúcar, nas quais a contribuição da FBN varia bastante em função da localidade e variedade utilizada. “Alguns resultados são muito positivos e, se reproduzíveis, poderiam ter grande impacto na mitigação de GEEs”, relata Verônica Reis, pesquisadora especialista em FBN em gramíneas.
Em experimentos conduzidos no Rio de Janeiro pela pesquisadora em lavouras de cana-de-açúcar, variedade RB867515, as bactérias contribuíram para que a planta inoculada alcançasse ganhos de produção de colmos próximos daqueles obtidos com aplicação de 120 quilos por hectare de fertilizante nitrogenado. “Considerando as emissões de GEE, cada tonelada de colmos de cana produzida com a fertilização significaria uma emissão de aproximadamente 1.300 kg de CO2 equivalente por hectare, o que foi evitado com o uso do inoculante”, explica Bruno Alves.
Produtividade da cana-de-açúcar fertilizada com nitrogênio ou tratada com inoculante bacteriano, obtida de três estudos de campo, e as emissões de CO2 associadas à quantidade de fertilizante aplicada e ao inoculante. Compilação feita por Bruno Alves a partir de estudos realizados pela equipe da pesquisadora Verônica Reis.
O pesquisador Segundo Urquiaga explica que o estudo não produziu resultados semelhantes com outras variedades de cana. Para ele ainda é necessário continuar as pesquisas para entender a relação planta-bactéria, no caso da cana e do milho, de forma a aumentar a consistência dos resultados positivos com a inoculação e assim recomendar a redução da fertilização nitrogenada nestas culturas.
Mesmo assim, Urquiaga ressalta que o uso dos microrganismos é vantajoso e pode reduzir as emissões de GEE nessas culturas. “Várias dessas bactérias produzem hormônios que estimulam o crescimento das raízes, fazendo com que a planta consiga absorver melhor o fertilizante nitrogenado aplicado. E se ela absorve melhor, de forma mais eficiente, é possível diminuir a dose”.
FBN nas lavouras de milho
Num outro estudo, realizado no Cerrado baiano, os pesquisadores compararam lavouras de milho com e sem o uso das bactérias fixadoras de nitrogênio. Além do acréscimo de produção, os microrganismos contribuíram para uma maior eficiência da absorção do fertilizante nitrogenado. “A eficiência aumentou de 24% para 50 a 58%, dependendo da estirpe inoculada nas plantas, possibilitando uma redução da dose de fertilizante aplicado em até 50%”, explica o pesquisador Bruno Alves.
Alves ressalta que é preciso entender o conceito de intensidade de emissão, que é a quantidade de gás emitido por unidade de produto para compreender os benefícios da FBN. “Mesmo quando a dose de fertilizante não é reduzida, ou seja, as emissões de N2O se mantêm, a inoculação com bactérias surte efeito em aumento de produtividade, vai ter menos emissão de GEE por produto, por tonelada de milho produzida, por exemplo”, destaca. O estudo do Cerrado baiano com a cultura do milho exemplifica bem o caso em que a intensidade de emissão foi reduzida em 24%, uma vez que foi possível produzir mais com a mesma dose de ureia quando a planta estava inoculada.
Estudo desenvolvido na região de cerrado do oeste da Bahia. Efeito da aplicação de inoculantes, com diferentes estirpes de Herbaspirillum seropedicae, sobre a produtividade de milho fertilizado ou não com ureia, e na intensidade de emissão de GEE em equivalentes de CO2(emissões de CO2 por tonelada de grãos produzida). 
Novos rumos da pesquisa
O pesquisador Robert Boddey complementa que existe uma demanda global para produção de alimentos, que vai aumentar de acordo com o crescimento da população até 2050, e que será necessário produzir cada vez mais grãos. Assim, ele ressalta que será muito importante ter incrementos de produtividade sem aumentar as emissões. “Atualmente, o foco da pesquisa é esclarecer quanto do efeito deve-se ao processo de FBN, ou se houve estímulo para maior desenvolvimento das raízes e, com isso, maior aproveitamento do fertilizante aplicado. Provavelmente, os dois processos ocorrem”, reforça Boddey.
A pesquisa busca agora consolidar os conhecimentos para saber o quanto as bactérias são capazes de contribuir para a economia de fertilizantes nitrogenados no milho e na cana-de-açúcar. As duas culturas juntas são responsáveis por cerca de 70% do fertilizante nitrogenado usado nas lavouras do País.
Na cultura de cana, as bactérias nativas associadas às plantas já vêm contribuindo significativamente para a nutrição nitrogenada da cultura, o que repercute na baixa resposta da cultura à adubação nitrogenada. Mas os estudos estão voltados para aperfeiçoar a ação das bactérias na cultura pelo uso de inoculantes. Para a cultura do milho, os resultados são animadores no que se refere à promoção do crescimento da cultura, seja pela FBN ou por estímulos ao crescimento das raízes.
 Ana Lucia Ferreira (16913/RJ)

Embrapa Agrobiologia

Telefone: (21) 3441-1500

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/


09 dez 2015

Definidas diretrizes para as próximas etapas do projeto ABC Cerrado

*Do SENAR Brasil

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Superintendentes de Administrações Regionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e gestores do Programa ABC Cerrado de oito Estados que compõem o bioma se reuniram nesta terça-feira (8/12), com os gestores do SENAR Brasil, na sede do Sistema CNA/SENAR, em Brasília.  Na pauta,  informações sobre o andamento do programa e alinhamento de estratégias e prazos para a execução das ações previstas para 2016.

O Projeto ABC Cerrado é fruto de parceria do SENAR com o Ministério da Agricultura e Embrapa para disseminar práticas de agricultura de baixa emissão de carbono, com recursos do Banco Mundial. O SENAR é o responsável pela formação dos instrutores, técnicos de campo, pelos cursos para produtores rurais e pela assistência técnica nas tecnologias incentivadas pelo programa.

O secretário executivo do SENAR Brasil, Daniel Carrara, reforçou que a instituição está com uma série de iniciativas que precisam atender normas internacionais, como o próprio ABC Cerrado, que tem o Banco Mundial como agente financeiro, e o programa Rural Sustentável, que será realizado em parceria com o governo do Reino Unido, com repasse de verba pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

“O SENAR é a instituição que executa as ações desses programas e precisamos interagir para alinhar as informações, já que temos a expertise de formação profissional rural e assistência técnica, mudando apenas a tecnologia de acordo com o programa e as regras de cada organismo internacional”, observou Carrara._UF_9917web

A chefe do Departamento de Educação Profissional e Promoção Social (DEPPS) do SENAR, Andréa Barbosa Alves, comentou a dinâmica da reunião e explicou que haverá um sistema de avaliação do projeto ABC Cerrado, que vai permitir o monitoramento físico e financeiro. “Isso vai permitir a melhoria da execução do programa ABC e atenderá as solicitações do Banco Mundial”, considerou Andréa.

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O coordenador técnico do Projeto ABC Cerrado, Mateus Tavares, apresentou a estrutura de funcionamento do projeto e o papel de todos os envolvidos no ABC Cerrado, falou sobre o fluxo de informações dentro do projeto e informou as próximas etapas do programa. “Logo no início de 2016 serão abertas as inscrições para as seis capacitações que abordarão as tecnologias Sistema de Plantio Direto, Florestas Plantadas, Integração Lavoura Pecuária Floresta, Recuperação de Pastagens Degradadas, no bioma Cerrado. Os cursos terão carga horária de 56 horas, divididas em 4 módulos”, adiantou.

Expectativa nos Estados

No segundo semestre de 2015, foram realizados seminários de mobilização do Programa ABC para produtores rurais dos estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Piauí, Tocantins e no Distrito Federal.

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Em Goiás, foram 15 seminários que reuniram aproximadamente mil produtores interessados em conhecer as tecnologias de baixa emissão de carbono. O gestor do Departamento Técnico do SENAR/GO, Flávio Henrique Silva destacou a importância da reunião.“Serve para avaliar o que deu certo, para fazer ajustes e melhorias.  É uma grande oportunidade para nós, do SENAR, desenvolvermos um bom trabalho perante os parceiros e mostrar a nossa força, competência e capacidade para transformar a vida dessas pessoas do campo. Reuniões como essa também trabalham a nossa motivação para que em 2016 as próximas etapas do programa aconteçam da melhor forma possível”, declarou Flávio.

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O Superintendente do SENAR/MA, Luiz Figueiredo contou que em dois seminários a instituição mobilizou mais de 700 produtores rurais no Estado. “Esse número foi muito superior à nossa expectativa, que era de 200 participantes por evento. Isso ocorreu graças ao apoio de instituições parceiras no Estado. Agora estamos na expectativa para o início das capacitações técnicas”, finalizou.


09 dez 2015

Fórum sobre Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono mostrará os benefícios para o produtor mineiro ao investir no reaproveitamento dos dejetos animais

Encontro acontecerá no dia 14 de dezembro, em Belo Horizonte

Os suinocultores de Minas Gerais podem ter mais rentabilidade e sustentabilidade ao trabalhar com os dejetos dos animais por meio da geração de energia oriunda do biogás. Essas e outras alternativas economicamente viáveis para o tratamento de dejetos na suinocultura serão apresentadas no Fórum sobre Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, às 14h do dia 14 de dezembro de 2015, na sede da Associação dos Suinocultores de Minas Gerais – ASEMG (Avenida Amazonas, Bairro Gameleira, Belo Horizonte).

O objetivo do fórum é sensibilizar os atores da cadeia de produção de carne suína para o uso de tecnologias que reduzam a emissão de carbono e propiciem maior sustentabilidade às atividades, além de divulgar e promover os benefícios da produção com baixa emissão de carbono aos produtores e consumidores, tornando assim a carne suína um modelo a ser seguido por outras cadeias de produção de proteína animal. Durante o ano de 2015, o projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono levantou modelos de tratamento de dejetos animais, seguidos da avaliação econômica de cada um deles e o resultado dessa pesquisa está sendo propagado nos fóruns.

“É uma oportunidade ímpar para que as informações levantadas ao longo do projeto possam ser divulgadas, notadamente informações sobre tecnologias, modelos e sistemas para o desenvolvimento de uma suinocultura de baixa emissão de carbono, de modo a contribuir com a meta global do Plano Setorial de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas na Agricultura, Plano ABC”, destaca o consultor do Ministério da Agricultura, Fabrício Leitão.

Entre os palestrantes estão o Fiscal Federal Agropecuário do Ministério da Agricultura, Sidney Medeiros, que fará uma contextualização do projeto, e os consultores do MAPA Cleandro Pazinato Dias, Fabiano Coser e Fabrício Leitão, os quais apresentarão os resultados do projeto, dentre eles o levantamento de tecnologias de produção mais limpa e os estudos de viabilidade econômica do tratamento de dejetos. Por fim, o Banco do Brasil fará uma apresentação sobre as oportunidades de financiamento e linhas de crédito para tecnologias de baixa emissão de carbono na suinocultura.

Confira a programação:

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Fonte: Assessoria de Imprensa do Projeto 
(61) 8598-6889
imprensasuinosABC@gmail.com


07 dez 2015

Produtos Florestais contribuem para superávit da Balança Comercial Brasileira

* Da CNA

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Segundo dados anunciados na última terça-feira, 01/12, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Brasil acumulou, entre janeiro e novembro de 2015, um superávit de US$ 13,4 bilhões em suas transações externas. No mesmo período do ano passado, a balança comercial do país registrava déficit de US$ 4,4 bilhões. O saldo positivo, no entanto, não ocorre em meio a um aumento nas vendas externas do Brasil, mas sim devido ao maior recuo nas importações.

Nos últimos onze meses, as exportações brasileiras chegaram a US$ 174,4 bilhões, 16,0% a menos que em 2014. Seguindo a mesma tendência, as importações caíram 24,1%, atingindo US$ 160,9 bilhões. Dessa forma, a queda nas exportações – causada, entre outros, por uma menor demanda chinesa por commodities e pela diminuição dos preços internacionais desses produtos – foi mais que compensada pela queda nas compras brasileiras de produtos estrangeiros.

As mercadorias vendidas pelo país tiveram como destino regiões que historicamente são grandes parceiras comerciais brasileiras. A China, principal parceiro comercial do país, importou nos últimos meses US$ 33,4 bilhões (19,2% do total exportado pelo Brasil). A lista de maiores compradores de produtos nacionais segue com União Europeia (US$ 31,1 bilhões, ou 17,9% do total), Estados Unidos (US$ 22,0 bilhões, 12,6%) e Argentina (US$ 11,9 bilhões, 6,8%).

A AGROPECUÁRIA SE DESTACA – Analisando os principais produtos exportados pelo Brasil no acumulado, é notável a importância do agronegócio. Os 16 principais produtos desse setor, cujos dados de comércio já foram disponibilizados pelo MDIC, trouxeram para o país US$ 65,6 bilhões em exportações, o equivalente a 37,6% do total exportado no período. No mesmo período de 2014, os US$ 73,4 bilhões arrecadados por esses mesmos produtos foram responsáveis por apenas 35,3% das exportações totais do país.

Dentre os produtos do agronegócio exportados pelo Brasil, saltam aos olhos os resultados dos produtos florestais. Nos últimos onze meses, as vendas internacionais de celulose atingiram US$ 5,1 bilhões, resultado 4,7% superior ao de 2014. Também cresceram as exportações de papéis e cartões (que chegaram a US$ 1,0 bilhão, crescimento de 3,4%) e madeira serrada (US$ 416 milhões, 9,2%). Assim, as exportações dessas três cadeias atingiram um total de US$ 6,5 bilhões, 3,7% do total de exportações brasileiras entre janeiro e novembro de 2015. Em geral, esses crescimentos são explicados pela desvalorização do real, que ampliou a competitividade do papel e da celulose nacionais. Além disso, uma menor demanda do setor brasileiro de construção civil levou produtores nacionais de madeiras em geral a procurar mercados externos para escoar sua produção.

CRESCIMENTO DO VALOR DE EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS FLORESTAIS
(janeiro a novembro de 2015)

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Além desses produtos florestais, destacaram-se nos últimos meses as exportações brasileiras de soja em grãos, o produto mais exportado pelo país em 2015 (US$ 20,7 bilhões), carne de frango (US$ 5,7 bilhões), farelo de soja (US$ 5,4 bilhões), açúcar em bruto (US$ 5,3 bilhões) e café em grãos (US$ 5,1 bilhões). Quando somadas às crescentes exportações de produtos florestais, as vendas dessas cinco cadeias do agronegócio equivalem a 27,9% do total exportado pelo Brasil em 2015.

Dessa forma, é notável a força de diversas cadeias do agronegócio nas exportações brasileiras. Além de possuir o principal produto da pauta de exportações do Brasil, da agropecuária nacional contribuiu para o crescimento do saldo da balança comercial com diversas cadeias robustas e internacionalmente competitivas. Dentre essas cadeias, o setor de produtos florestais se destaca por seu crescimento continuado, que supera a tendência de diminuição das exportações nacionais e, assim, fortalece a economia brasileira.

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