15 mar 2016

Dia de campo em Miranda (MS) reúne 160 participantes

*Da Ascom SENAR/MS

Dia de Campo

O dia de campo realizado pelo programa Mais Inovação do SENAR/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural reuniu na manhã de sábado (12), 160 pessoas na propriedade Sanguessuga, no município de Miranda. A iniciativa promovida por intermédio da parceria com o Sindicato Rural levou produtores, acadêmicos e pesquisadores para acompanhar e visitar os experimentos realizados pelo segundo ano, no sistema de integração lavoura-pecuária.

O trabalho realizado na propriedade com atividade em pecuária de corte foi iniciado em 2014 com plantio de 10 cultivares diferentes de soja em uma área que atualmente soma 150 hectares. Com apoio da pesquisa fornecida pelo curso de agronomia da UEMS – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e a Fundação MS, o produtor contabilizou uma produtividade de até 58 sacas por hectare no último ciclo da oleaginosa.

Na avaliação do anfitrião, Massao Ohata, que recebe assistência técnica e gerencial do SENAR/MS há dois anos, o dia de campo é uma oportunidade para que os produtores da região conheçam os experimentos de agricultura e possam diversificar a produção. “Resolvi oferecer o espaço para que as equipes de pesquisa da UEMS e da Fundação MS realizassem experimentos com a soja, pois, Miranda está carente de informações sobre agricultura. Apesar da chegada de várias tecnologias, precisamos identificar quais serão mais eficientes para nossa região”, explica o empresário rural.

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O presidente do Sindicato Rural de Miranda, Adauto Rodrigues de Oliveira, avalia que a iniciativa de Ohata comprova a eficácia da parceria realizada entre as instituições de pesquisas e do programa de metodologia de ATeG – Assistência Técnica e Gerencial oferecido pelo SENAR/MS. “A união da pesquisa científica e da assistência técnica do Mais Inovação faz com que os produtores sintam-se mais seguros em ampliar as atividades na propriedade. Tanto que já temos 12 empresários rurais participando do programa e mais pessoas demonstrando interesse em participar”, afirma.

Diversificação da atividade rural – Um dos produtores que recentemente aderiu ao programa Mais Inovação é proprietário da fazenda Iguaçu em Aquidauana, Zelito Alves Ribeiro. Ele ressalta que já iniciou uma plantação de 15 hectares de soja, mas já possui experiência de 11 anos no cultivo de milho para alimentação dos bovinos. “Nossa região é formada por municípios antigos que sempre tiveram na pecuária sua atividade principal e acredito ser fundamental modificar nossa cultura de produção. Como observamos aqui na fazenda Sanguessuga, a implementação da integração lavoura-pecuária adequada ao clima e solo da região pode ser uma alternativa rentável e produtiva se for feita com assistência adequada”, argumenta.

O assessor técnico do SENAR Nacional, Mateus Tavares, participou da visita e considera que o experimento realizado em Miranda será uma vitrine para outras propriedades interessadas em investir nos sistemas integrados de produção. “O dia de campo demonstrou que as tecnologias de integração são ferramentas eficazes para o produtor, tanto no fator produtivo quanto econômico. As ações apresentadas aqui foram positivas e o proprietário reforçou a importância de buscar o conhecimento e assistência técnica especializada, preconizados em outros programas como o ABC Cerrado que começou esse ano em Mato Grosso do Sul”, acrescenta.

Segundo o superintendente do SENAR/MS, Rogério Beretta, o dia de campo realizado em Miranda valida o comprometimento dos envolvidos em promover a difusão tecnológica no estado. “É gratificante verificar a atuação de cada um dos parceiros e a credibilidade no trabalho realizado aqui. Reunir 160 pessoas interessadas em aprender mais sobre sistemas produtivos comprova que o SENAR/MS está cumprindo sua finalidade de tornar-se um modelo de gestão sistêmica capaz de contribuir para o desenvolvimento agropecuário do Estado”, aponta.

Pesquisadores dedicados – O diretor executivo da Fundação MS, Alex Melotto, explicou aos presentes que o experimento da fazenda Sanguessuga evidencia como é possível aliar a diversificação e rentabilidade, sem mudar o ramo de atividade. “Os resultados que vocês estão observando nessa propriedade se devem em grande parte, a confiança do produtor que resolveu acreditar na efetividade do trabalho científico. Ele ampliou o plantio de 30 para 150 hectares, está produzindo pastagem de qualidade para sua criação e apresentando aos vizinhos que diversificar não é mudar de atividade e sim, agregar opções produtivas”, observa.

O engenheiro agrônomo e professor doutor da UEMS em Aquidauana, Francisco Eduardo Torres destacou que a visita ao experimento é um exemplo prático para os alunos sobre o que é ensino, pesquisa e extensão. “Convidamos nossos alunos que hoje somam 90 participantes para compreender a importância da pesquisa científica aliada a experimentação prática. No caso da integração lavoura-pecuária, tivemos que identificar qual o cultivar de soja que se adequava as condições de altitude, solo e regime de chuvas e o resultados podem ser utilizados não apenas aqui, mas para toda região, considerada de transição entre os biomas Cerrado e Pantanal”, esclarece.

Um dos acadêmicos da UEMS, Marcos Vinicius de Barros Pinto, acompanha a evolução do plantio desde o início do ciclo, em 2015. Ele cursa o 9º semestre de Agronomia e revela que participar do projeto de extensão na fazenda Sanguessuga foi enriquecedor. “Acompanhei todas as etapas do plantio e meu foco é o acompanhar e controlar as ervas daninhas que surgirem na lavoura. Estou satisfeito com a oportunidade de utilizar os conhecimentos teóricos obtidos na sala de aula e percebo que esse contato prático amplia meu olhar sobre quais áreas posso trabalhar depois de formado”, conclui.


09 mar 2016

Famato participa de ciclo de workshops e capacitação do ABC no norte de MT

* Da Ascom Famato com Assessoria Sedec –MT

Famato_ABC

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) é parceira em mais um ciclo de workshops e capacitação do Plano ABC. A rodada começa nesta quarta-feira (09/03) em Lucas do Rio Verde. Na quinta-feira (10/03), o evento será realizado em Sorriso e segue para Alta Floresta na sexta-feira (11/03). A capacitação será realizada nos dias 16 e 17 de março em Sinop. Os eventos são realizados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) em parceria com a Famato e outras entidades.

Essa é a terceira rodada do evento. Em janeiro e fevereiro foram realizados ciclos de workshops e capacitação do Plano ABC nas regiões sul e leste do estado. A programação continua até o mês de abril e os temas serão direcionados de acordo com a necessidade e característica de cada região.

A analista de Agricultura da Famato, Karine Machado, tem acompanhado os ciclos e reforça a importância desses eventos. “Sabemos dos benefícios do Plano ABC, tanto para o produtor quanto para o meio ambiente, mas por diversas vezes as informações não chegam até a ponta. Por isso essa união de forças tem sido muito importante para tirar as dúvidas dos produtores e técnicos e fomentar a adesão ao plano em Mato Grosso”.

Para participar dos workshops não é necessário fazer inscrição. Podem participar produtores rurais, projetistas e técnicos. As inscrições para a capacitação vão até 15 de março, pelo site www.sistemafamato.org.br.  As vagas são limitadas e a participação é gratuita. Mais informações pelo (65) 3928-4416. O público-alvo da capacitação são projetistas e técnicos.

O objetivo da capacitação é orientar sobre como elaborar o projeto técnico para acessar os recursos do Plano ABC. A programação é realizada em dois dias, incluindo uma visita técnica ao campo experimental da Embrapa Agrossilvipastoril. As orientações são repassadas por técnicos da Embrapa e da Superintendência Federal de Agricultura (SFA-MT/Mapa).

Serão abordados os seguintes temas: Recuperação de Pastagens Degradadas, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e Sistemas Agroflorestais (SAFs), Sistema Plantio Direto (SPD), Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN), Florestas Plantadas, Tratamento de Dejetos Animais e Adaptação às Mudanças Climáticas.

Plano ABC O Plano ABC é uma política pública que apresenta o detalhamento das ações de mitigação e adaptação às mudanças do clima para o setor agropecuário. O plano tem como meta reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEE).

PROGRAMAÇÃO

Workshop:

  • Lucas do Rio Verde: 09/03 às 19h30 – Sindicato Rural

Temas: Plantio direto, florestas plantadas e manejo de dejetos.

  • Sorriso: 10/03 às 19h30 – Sindicato Rural

Temas: Plantio direto e manejo de dejetos.

  • Alta Floresta: 11/03 às 19h30 – Sindicato Rural

Temas: ILPF, recuperação e manejo de pastagens e plantio direto.

Capacitação:

  • Sinop: 16/03 e 17/03 – Período Integral – Sindicato Rural/ Campo Experimental da Embrapa Agrossilvipastoril

 

 


09 mar 2016

Sistema Famasul assina termo de cooperação com Governo do Estado para recuperação de pastagens

* Do Sistema Famasul

Terraboa

O Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS é uma das entidades parceiras do Programa Estadual de Recuperação de pastagens degradadas, lançado na tarde dessa terça-feira (8/3), pelo Governo do Estado.

O evento aconteceu no Centro de Convenções Rubens Gil Camillo, onde o presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito, assinou o termo de cooperação técnica com o governador Reinaldo Azambuja, dentre outras instituições.

O programa, denominado Terra Boa, prevê a recuperação do potencial produtivo de dois dos oito milhões de hectares de pastagens que apresentam algum grau de degradação e será gerido pela Secretaria de Produção e Agricultura Familiar (Sepaf).

Conforme apresentação, o incentivo oferecido pelo Estado viabilizará o custo do investimento que será realizado pelo produtor para recuperar a área degradada.

Na solenidade, Mauricio Saito contextualizou o Programa Mais Inovação, desenvolvido pelo SENAR/MS em mais de 30 municípios de Mato Grosso do Sul, que atende atualmente 200 produtores e que, em quatro anos, já recuperou 40 mil hectares. Para o presidente, a iniciativa do Governo do Estado traz benefícios ao produtor rural e a todo Mato Grosso do Sul.

“Partindo da premissa que nosso estado é estritamente agropecuário, a possibilidade de ampliar o leque de atividades, a partir de uma área degrada dentro da sua propriedade, sempre faz com o que produtor se sinta incentivado e possa melhorar os índices de produtividade”, afirmou.

De acordo com o secretário estadual de Produção e Agricultura Familiar, Fernando Lamas, o programa prevê impactos econômicos que vão desde o significativo aumento da capacidade de suporte das pastagens, incremento da produção de grãos, carne bovina, cana de açúcar e madeira, até o incremento do valor bruto de produção que pode chegar aos 12 bilhões.

“A finalidade principal é recuperar e manter a capacidade produtiva de áreas com pastagens degradadas ou em estágio de degradação, mas também trará benefícios sociais, como a geração de emprego, e ambientais ao contribuir especialmente com a redução da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera”, afirmou.

O governador Reinaldo Azambuja explicou que o programa Terra Boa será difundido por meio de 10 polos regionais, que irão promover a capacitação técnica e o monitoramento.

“Essas áreas vão ser monitoradas e cadastradas através do georreferenciamento em tempo real. O governo tem hoje ferramentas para acompanhar a evolução de todas essas áreas cadastradas e, por isso, não tenho dúvida que, com essas parcerias firmadas, vamos ter capacidade de alcançar o pequeno, o médio e o grande produtor rural”.

Além do Sistema Famasul, são parceiros do programa Terra Boa: Embrapa, Fundação MS, OCB/MS e organizações representativas dos elos da cadeia produtiva da agropecuária.

Assessoria de Comunicação Sistema Famasul
(67) 3320-9700
www.famasul.com.br

 


08 mar 2016

Produtores da Paraíba conhecem o Sistema Integração-Lavoura-Pecuária para o Semiárido

* Do Ministério da Agricultura

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Técnicos falam sobre o ABC para produtores paraibanos (Divulgação/Embrapa/Mapa)

O cultivo do milho em consórcio com gramíneas forrageiras no Sistema de Integração-Lavoura-Pecuária (ILP) tem potencial para se expandir no semiárido nordestino. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a ILP é uma opção viável para a recuperação de pastagens e de solos degradados e formação de palhada para o plantio direto no agreste. A ILP – uma das seis tecnologias recomendadas no Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) – na região foi apresentada a 230 produtores, técnicos, extensionistas e estudantes durante encontro no município de Lagoa Seca (PB).

“No consórcio do milho com espécies de braquiárias, a forrageira pode ter dupla finalidade: serve como alimento para a exploração pecuária, a partir do final da estação chuvosa, e, depois, para formação de palhada no sistema plantio direto”, diz o pesquisador da Embrapa-Algodão, João Henrique Zonta. Ele participou do dia de campo sobre a ILP na Estação Experimental da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa), em Lagoa Seca, no último dia 2.

Zonta lidera o projeto Manejo de Gramíneas Forrageiras em Sistemas de Integração-Lavoura-Pecuária para as Condições do semiárido. O objetivo do projeto é avaliar espécies de gramíneas forrageiras e arranjos de semeadura para implantação desse sistema para as condições da região, visando maior adoção do ABC na região. O plano busca contribuir com a redução e a adaptação às mudanças do clima para o setor agropecuário.

O coordenador de manejo sustentável dos sistemas produtivos do Mapa, Elvison Nunes Ramos, também participou do encontro. Ele lembra que o sistema ILPF é válido para todo o Brasil, mas requer geração conhecimento para ser adaptado às diferentes regiões. “É preciso ampliar o conhecimento e as opções para o semiárido, porque o clima é bastante específico e determina as culturas que deverão ser adotadas e as possibilidades de rotação. É um trabalho de pesquisa local para conhecer o que se pode utilizar para essa região.”

O produtor Maurício Hardman foi ao encontro para obter informações porque quer instalar um experimento de milho e sorgo integrados com pastagem. “O suporte técnico da Embrapa vai ser fundamental para termos uma iniciativa de sucesso, por meio da qual possamos fazer, próximo ano, um trabalho em escala comercial e ainda estimular outros produtores na região a aderir à ILP.”

 


04 mar 2016

ABC Cerrado: seminário apresenta agricultura sustentável a produtores de Unaí, MG

*Do SENAR Minas Gerais
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Os seminários de sensibilização do Projeto ABC Cerrado – uma realização do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Embrapa e SENAR – chegam à terceira rodada em Minas Gerais com eventos em Unaí (10/03), Patos de Minas (15/03) e Araxá (17/03). O primeiro seminário, em Unaí, será realizado no Auditório da Capul (Rua Prefeito João Costa, 1375, Barroca), das 9h às 13h.

O objetivo dos seminários é apresentar o projeto, que promove a agricultura com baixa emissão de carbono, explicando seus conceitos e mostrando o uso e as vantagens destas tecnologias para o produtor rural, de maneira que ele tenha retorno econômico e ainda preserve o meio ambiente.

Com o tema “Produção com preservação nos campos – Bioma Cerrado”, os eventos trarão informações detalhadas sobre as etapas do projeto e também sobre linhas de crédito para que o produtor interessado possa implantar os processos em sua propriedade.

Os interessados podem obter mais informações e se inscrever nos locais dos seminários, ou antecipadamente, pelos telefones (31) 3074-3080 ou pelo e-mail abc@senarminas.org.br.

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O projeto

O Projeto ABC Cerrado é uma ação estruturada em três etapas: seminários de sensibilização, capacitação de produtores e técnicos nas tecnologias ABC e assistência técnica a produtores rurais.

O SENAR é responsável pela formação profissional dos produtores, pela capacitação de instrutores e pelo treinamento dos técnicos que atuarão na assessoria em campo para os produtores, com foco nas quatro tecnologias ABC: recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta, sistema de plantio direto e florestas plantadas.

O projeto está sendo desenvolvido em oito Estados do bioma Cerrado: Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Maranhão e Piauí. A meta, para os quatro anos do projeto, é capacitar aproximadamente 12 mil produtores rurais nos oito Estados e assistir 1.600 propriedades em Minas Gerais, Goiás, Tocantins e Mato Grosso do Sul.

Outras informações sobre o programa podem ser encontradas em https://abcsenar.wordpress.com/