* Do SENAR Minas
O programa que passará por oito estados do Bioma Cerrado já esteve em quatro cidades mineiras e chegou a Uberaba. Composto por três etapas, o Projeto ABC Cerrado tem o primeiro contato com os produtores com o Seminário de Sensibilização. A segunda etapa é a capacitação de produtores rurais e técnicos nas tecnologias de baixa emissão de carbono e a última fase é a capacitação dos participantes.
Todas as etapas serão concluídas em quatro anos para capacitar em média 12 mil produtores e técnicos. Em Uberaba, aproximadamente 50 pessoas do Triangulo Mineiro e Alto Paranaíba participaram do Seminário.
“A questão toda é como vamos fazer a produção de forma sustentável. A sustentabilidade está amparada em três aspectos: desenvolvimento social, econômico e ambiental. Cada produto que chega ao mercado tem um valor agregado (sustentável). Para isso, o produtor terá que acrescentar estes três itens naquilo que produzir. Não temos como fugir das questões ambientais, os produtores terão que se adequar”, explica o analista técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Minas Gerais (SENAR/MG), Wander Magalhaes Moreira Júnior.
Entre os assuntos abordados durante o Seminário, a recuperação de pastagens degradadas, sistema de plantio direto, iLPF e Florestas Plantadas e também formas de financiamento da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono.
O representante do Ministério da Agricultura Fernando Costa informou que os participantes do Projeto ABC Cerrado terão acesso aos recursos internacionais direcionados pelo Banco Mundial, onde o produtor vai receber as capacitações técnicas sem nenhum custo.
“A Agricultura de Baixa Emissão de Carbono é um caminho seguro a ser explorado pelo produtor rural, visto que ela adapta à produção as questões relacionadas às mudanças climáticas que os produtores estão vivenciando. Ao mesmo tempo, ela tem como tripé: o desenvolvimento econômico da atividade rural, a redução das emissões de gases de efeito estufa e a adaptabilidade social das comunidades rurais que recebem o impacto das mudanças climáticas. Resumindo, esse é o futuro do agronegócio”.