19 ago 2016

Seminários do PRADAM começam por Juara e Gaúcha do Norte, em Mato Grosso

* Do SENAR-MT

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Os dois primeiros seminários do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas na Amazônia (PRADAM), em Mato Grosso, foram realizados nesta semana, em Juara e Gaúcha do Norte. Em Juara, o evento aconteceu na quarta-feira (17/8). Com forte tradição na pecuária de corte – a cidade conta com mais de 950 mil cabeças de gado, segundo dados do Indea-MT) -, Juara agora passa pela transição para a agricultura, com uma área de agricultura de cerca de 60 mil hectares na safra 2015/2016. Por isso foi um dos municípios escolhidos no estado para receber o evento.

O tema abordado em Juara foi a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), que vai ao encontro do momento pelo qual a produção agropecuária do município passa. De acordo com o palestrante, o pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril, João Meneguci, a ILPF é m conjunto de tecnologias estratégicas que integra sistemas de produção agrícola. “São quatro tipos de sistemas de produção: Lavoura-Pecuária-Floresta; Lavoura-Pecuária; Lavoura-Floresta e Pecuária-Floresta. Qual sistema usar? Aquele que melhor se adequar as condições e objetivos do produtor. O foco é produzir mais sem precisar ampliar a área, aumentando a capacidade produtiva da propriedade sem aumento elevado dos custos e utilizando áreas que já estão degradas”.

O assessor técnico do Departamento de Educação Profissional e Promoção Social do SENAR Central, Rafael Costa Nascimento, explica que o PRADAM faz parte de uma política pública internacional de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC). O objetivo é apresentar estas tecnologias aos produtores e auxilia-los, por meio de qualificações, treinamentos e assistência técnica, a adotar estas tecnologias. “Mato Grosso tem forte papel neste processo. Escolhemos municípios estratégicos, entre eles Juara, para a realização destes seminários de sensibilização, para o produtor ter o primeiro contato com essas tecnologias e a partir disso, entender que é possível implemente-las em sua propriedade contribuindo assim para o meio ambiente e para sua produtividade e renda”.

Para o presidente do Sindicato Rural de Juara, Jorge Mariano de Souza, o tema está sendo debatido em um momento estratégico para o município. “Hoje temos o segundo maior rebanho bovino do Estado e um potencial para a agricultura de 500 mil hectares, que são de áreas já abertas pela pecuária. É um conhecimento a mais que com certeza vai despertar o interessa dos produtores em investir nesta otimização da produção”.

Recuperação de pastagens foi tema do PRADAM em Gaúcha do Norte

Dentro

Gaúcha do Norte foi o segundo município mato-grossense a receber o seminário do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas da Amazônia (PRADAM), nesta quinta-feira (18.08). Situado na região leste do Estado, o município possui uma área total de 1,7 milhão de hectares, sendo que grande parte (1,4 milhão), está inserida dentro da Amazônia Legal. Gaúcha do Norte produz cerca de 180 mil toneladas de grãos e tem um rebanho bovino de 158 mil animais.

O gerente de Assistência Técnica e Educação Profissional do SENAR-MT, Armando Urenha, destacou que o papel da instituição no projeto é levar capacitação aos produtores rurais sobre as tecnologias inseridas no PRADAM. “É um projeto que envolve diversas entidades, que estão unidas para desenvolver ainda mais a cadeia produtiva. É o início de um trabalho que pode fazer com que a agropecuária mato-grossense evolua muito, de maneira sustentável e economicamente viável, e neste contexto o SENAR-MT entra com a capacitação dos produtores, já que possui em seu portfólio diversos treinamentos voltados para as tecnologias difundidas pelo projeto”.

Um dos temas abordados no evento em Gaúcha do Norte foi a recuperação de pastagens degradadas. O palestrante e representante do Mapa, Cleomar Costa, apresentou o projeto de recuperação de pastagens inserido no Plano de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC). Mato Grosso possui 25 milhões de hectares de pastagens já degradadas, ou seja, que já foram abertas e que estão em más-condições de utilização, com solo fraco, e que podem ser convertidas para a agricultura ou serem utilizadas no sistema Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). “Dentro do Plano ABC estão inseridas linhas de crédito que o produtor pode utilizar para realizar a recuperação destas pastagens, com juros abaixo do mercado, carência de até três anos e 15 anos para pagamento”.

A presidente do Sindicato Rural de Gaúcha do Norte, Neusa Wesner, lembrou que com as estimativa do crescimento da população até 2050, e será necessário aumentar também a produção de alimentos. “O desafio não é apenas produzir mais, mas produzir melhor, com sustentabilidade. É preciso buscar alternativas e melhorar o manejo. Este tema vem em boa hora. Os produtores estão interessados”.

Programação segue nos próximos dias

O PRADAM é uma parceria entre o SENAR Brasil, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Embrapa. O projeto faz parte de um Acordo de Cooperação com a FAO e tem por objetivo o fomento da tecnologia sustentável para a produção agropecuária na Amazônia brasileira. Em Mato Grosso, o PRADAM conta com o apoio do SENAR-MT.

Além dos seminários, técnicos de assistência técnica que atuarão na aplicação das tecnologias de produção sustentável difundidas pelo PRADAM estarão prontos para atender os produtores rurais do bioma amazônico no final deste mês, após passarem por capacitação na Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop. Além de Mato Grosso, os seminários estão sendo realizados nos estados do Acre, Amazonas, Maranhão, Pará e Rondônia.

Programação:

Dia 20/8 – Confresa
7:30 – Credenciamento
8:00 – Abertura com representante do SENAR-MT
8:30 – Palestra sobre Recuperação de Pastagens no Plano da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono – Cleomar Costa/ Mapa-MT
9:30 – Coffee Break
10:00 – Palestra sobre Sistemas Agroflorestais – Fernando Oliveira da Silva/ Ceplac-MT
11:00 – Questionamentos
11:45 – Encerramento

Dia 22/8 – São Félix do Araguaia
18:30 – Credenciamento
19:00 – Abertura com representantes do SENAR-MT
19:30 – Palestra sobre Recuperação de Pastagens no Plano da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono – Cleomar Costa/ Mapa-MT
20:30 – Coffee Break
21:00 – Palestra sobre Sistemas Agroflorestais – Fernando Oliveira da Silva/ Ceplac-MT
22:00 – Questionamentos
22:30 – Encerramento

Assessoria de Comunicação do SENAR-MT
www.sistemafamato.org.br


05 jul 2016

Seminários do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas na Amazônia começam nesta quarta-feira

*Do SENAR Brasil

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O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) realiza nesta quarta-feira (06/07), em Marabá, no Pará, o primeiro seminário do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas na Amazônia (PRADAM) sobre a adoção de tecnologias sustentáveis no Bioma Amazônia. Na sexta-feira (08/07) será a vez de Rio Branco, no Acre, e no sábado (09/07) o seminário acontecerá em Santa Inês, no Maranhão.

Os eventos, gratuitos, são direcionados a produtores rurais, técnicos de Assistência Técnica e outros profissionais envolvidos com a produção agropecuária nos estados do Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Rondônia.

O Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas na Amazônia (PRADAM) é primeira parceria entre o SENAR Brasil e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). As ações são realizadas com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Embrapa, para disseminar práticas de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) na região amazônica.

Para acessar as datas e locais dos eventos, acesse:

http://www.senar.org.br/abcsenar/pradam/


19 mai 2016

SENAR Brasil será parceiro da FAO e do Mapa em projeto no bioma Amazônia

*Do SENAR Brasil

Abre

 

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) será parceiro de mais uma entidade internacional em uma iniciativa de agricultura sustentável. Dessa vez será a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, sigla em inglês) no Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas da Amazônia (Pradam), realizado em conjunto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) também. A novidade foi apresentada durante uma videoconferência nesta quarta-feira (18/5).

O Pradam vai disseminar princípios e tecnologias de produção sustentável, bem como a capacitar técnicos multiplicadores, extensionistas e  produtores em seis estados: Amazônia, Acre, Rondônia, Maranhão, Pará e Mato Grosso. Para isso, serão organizados 10 eventos de sensibilização, oito seminários e dois dias de campo, além de um curso de capacitação para profissionais de assistência técnica e de extensão rural pública e privada que atuem no bioma amazônico.

Os seminários e dias de campo ocorrerão em municípios pré-definidos nos seis estados. O treinamento acontecerá na Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT) e será dividido em dois módulos: um tecnológico, que será coordenado pela Embrapa, e outro metodológico e gerencial, baseado na metodologia do SENAR. A carga horária é de 160 horas/aula.

As metas são sensibilizar 1.000 pessoas – entre técnicos, produtores rurais, membros da administração pública e sociedade civil – e capacitar 60 técnicos do bioma amazônico. Quatro tecnologias serão contempladas: sistema plantio direto; florestas plantadas e sistemas agroflorestais; integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e recuperação de pastagens. O encerramento do projeto está previsto para o dia 31 de agosto.

Matheus

“Para nós essa parceria é extremamente estratégica pois é a primeira carta de acordo que assinamos com a FAO. É muito importante a mobilização de todos os envolvidos e o cumprimento dos prazos para que possamos abrir portas e fechar novos convênios futuramente”, ressalta o coordenador nacional de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do SENAR, Matheus Ferreira.

O Mapa vai financiar o projeto e também será responsável pela intermediação com a Embrapa e pelo apoio através dos Comitês Gestores ABC. Para o representante da pasta no Pradam, Jefé Leão Ribeiro, a importância da iniciativa está em conscientizar o produtor de que é possível alcançar uma boa produtividade recuperando áreas degradadas.

“Utilizando as práticas adequadas, ele poderá avaliar que é mais negócio recuperar do que abrir novas áreas. Vamos levar essas tecnologias para que o produtor conhecendo, preserve a floresta em pé”, declara Ribeiro.

Jefé

As datas dos eventos ainda serão definidas em videoconferência, mas as localidades seguirão a lista abaixo:

Rio Branco (AC) – Seminário

Manaus (AM) – Dia de Campo

Gaúcha do Norte (MT) – Seminário

São Felix do Araguaia (MT) – Seminário

Confresa (MT) – Seminário

Porto dos Gaúchos (MT) – Seminário

Santa Inês (MA) – Seminário

Marabá (PA) – Seminário

Vilhena (RO) – Seminário

Porto Velho (RO) – Dia de Campo