24 jan 2017

Em missão do Banco Mundial, SENAR Brasil e parceiros debatem avanços no ABC Cerrado


“O Projeto ABC Cerrado insere o produtor rural na descarbonização da economia rural. É um desafio muito grande traduzir para o produtor o que é a descarbonização e as tecnologias de baixo carbono e nós optamos por trabalhar com quatro tecnologias prioritárias que são Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), Sistema Plantio Direto, Recuperação de Pastagens Degradas e Florestas Plantadas. Essa com certeza é mais uma iniciativa favorável ao produtor que nosso Sistema implementa,” avalia o secretário executivo do SENAR, Daniel Carrara, na abertura da Missão do Banco Mundial que acontece esta semana, na sede do Sistema CNA/SENAR, em Brasília. O Projeto ABC Cerrado visa estimular a adoção de tecnologias de baixa emissão de carbono nas médias propriedades rurais do Bioma Cerrado.

O encontro reúne técnicos do SENAR, representantes da Embrapa, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e da instituição financeira para debater os resultados e a segunda fase do projeto, que prevê novas capacitações nas quatro tecnologias de baixa emissão de carbono nos estados da Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Maranhão e Piauí e a oferta da metodologia de Assistência Técnica e Gerencial do SENAR em cinco dos oito estados que participam da iniciativa.

Carrara destacou ainda o aprendizado que a implantação do ABC Cerrado trouxe para o SENAR no quesito gestão. “A relação com o Banco Mundial tem nos trazido melhorias administrativas em termos de controle e gestão de projetos que é muito importante para o trabalho que a nossa instituição desenvolve. Com isso, conseguimos atender o produtor com mais qualidade.” Para o secretário, a relação do SENAR com a Embrapa e o MAPA em torno de um objetivo específico tem conseguido unir rentabilidade e tecnologia apropriada com financiamento de um organismo internacional. “Está sendo um grande aprendizado e quem sai beneficiado com isso é o produtor rural”.

A economista Agrícola do Banco Mundial, Bárbara Farinelli, explica que a missão busca afinar os detalhes da segunda fase do projeto com os parceiros. “Algumas mudanças foram necessárias, mas o projeto está indo muito bem. Essa é uma iniciativa que leva capacitação e assistência técnica ao produtor rural que terá ganho duplo: tanto econômico quanto ambiental. Por isso, esperamos que os parceiros saiam desse encontro alinhados para termos sucesso até o fim do projeto em 2019.”

De acordo com o chefe do Departamento de Transferência de Tecnologia da Embrapa Sede, Fernando do Amaral Pereira, a instituição está totalmente inserida no projeto e está potencializando as ações em sintonia com o SENAR para intensificar a visibilidade do ABC Cerrado. “Vamos criar indicadores para divulgarmos os resultados do projeto e mostrar que a nossa agricultura é ambientalmente responsável e está acompanhando os anseios da sociedade”, pontua.

A missão terá uma programação extensa até sexta-feira (27) para debater, entre outras questões, as estratégias da avaliação de impacto que irá iniciar este ano e irá mensurar os resultados alcançados com as intervenções do projeto nas propriedades que estão recebendo Assistência Técnica e Gerencial. A reunião contará ainda com a participação, na quarta-feira (25), dos superintendentes do SENAR e dos gestores do ABC Cerrado nos estados participantes.
“Esse projeto é uma iniciativa inovadora que vai contribuir para o País alcançar suas metas de redução dos gases de efeito estufa no setor agropecuário até 2020”, acrescenta o representante do Ministério da Agricultura, Sidney Medeiros.

As inscrições para as capacitações estão abertas. São mais de 4,2 mil vagas nas quatro tecnologias atendidas pelo projeto. Acesse http://bit.ly/1QiXIaB  e garanta sua vaga.


23 mai 2016

Projeto ABC Cerrado avança com início das capacitações de produtores

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As capacitações de produtores promovidas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), etapa fundamental prevista dentro do Projeto ABC Cerrado, iniciaram em Goiás na última semana e em todos os outros estados participantes já existem turmas prontas para começar. O primeiro módulo do treinamento está sendo promovido em oito municípios goianos: Anápolis, Jataí, Caçu, Itauçu, Minaçu, Goianésia, Mineiros e Alexânia. Aproximadamente 120 pessoas serão contempladas.

A informação foi um dos pontos positivos apontados pela missão do Banco Mundial que avaliou o andamento do ABC Cerrado ao longo desta semana, em Brasília. O evento contou com a participação de representantes do SENAR, do Banco Mundial, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Embrapa e também serviu para realinhar procedimentos e definir as próximas etapas do projeto. A Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do SENAR, que vai atender cinco estados participantes (Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Maranhão) foi outro assunto debatido. Os técnicos de campo e supervisores já foram capacitados e as atividades estão programadas para iniciarem em agosto de 2016.

Na reunião de encerramento dos trabalhos, realizada nesta sexta-feira (20/5), foi apresentado um documento sobre os temas tratados. Segundo o coordenador técnico do Projeto ABC Cerrado no SENAR, Mateus Tavares, ficou registrado que todas as atividades de avaliação de impacto acordadas anteriormente estão sendo colocadas em prática pela entidade.

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“O Banco Mundial reconheceu os avanços feitos pelo projeto desde a última missão, realizada em outubro de 2015. As ferramentas de controle foram implantadas e o SENAR mostrou que a execução começou na ponta com as capacitações que já se iniciaram”.

Para a economista agrícola do Banco Mundial Barbara Farinelli, a missão debateu amplamente novas estratégias com o objetivo de aumentar a participação do público-alvo do projeto. O evento ajudou a identificar quais mudanças e adequações são necessárias para que as metas do ABC Cerrado continuem avançando até o próximo encontro, agendado para novembro desse ano.

”Com o aumento na demanda pela implementação, percebemos que o SENAR tem consolidado a equipe e os sistemas de gestão do projeto, apresentando um significativo avanço nessas áreas desde a última missão”, analisa ela.