07 ago 2015

Governo privilegia, em crédito rural, sistemas de pecuária intensiva

* Estadão Conteúdo

img-credito-pessoal-mainCom o fechamento de frigoríficos e da oferta reduzida de vacas para garantir a reposição de bois de corte, o governo decidiu lançar mão do crédito rural para estimular a pecuária intensiva e também métodos mais sustentáveis de produção, como o de integração lavoura-pecuária-floresta. Nessa quarta, 5 de agosto, foi publicada no Diário Oficial da União, em edição extraordinária, a Lei 13.158, que muda os objetivos do crédito ao produtor.

A lei, assinada pelos ministros Kátia Abreu (Agricultura), Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), além da presidente Dilma Rousseff, deixa claro que a intenção é substituir o sistema extensivo de criação, predominantemente a pasto, pelo sistema intensivo, que privilegia o confinamento ou a criação de gado em espaços menores e em alternância com lavoura, pecuária e floresta.

O Ministério da Agricultura ainda não deixou claro como será esse estímulo, mas deve criar mecanismos para dar prioridade, no acesso ao crédito rural, aos pecuaristas que se enquadrem nesses modelos de produção. O presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Péricles Salazar, celebrou a decisão do governo. “O objetivo é incentivar a pecuária em um espaço menor e, neste sentido, tem nosso apoio. Só acho que veio um pouco tarde diante dofechamento de frigoríficos e da dificuldade de oferta de animais”, disse à Agência Estado.

Salazar argumentou que o Brasil vive uma crise de oferta de animais em função de abates de matrizes no passado, além da migração de produtores para outras atividades. “Diante desse quadro, a Abrafrigro já vinha demandado do governo a criação de um plano de desenvolvimento da pecuária”, relatou. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) divulgou nota de apoio à decisão. “Além disso, o estímulo à pecuária intensiva reduz a pressão sobre as áreas de floresta, aumenta a produtividade do setor e concilia economia e ecologia. Ela se insere também no contexto da integração lavoura-pecuária”, disse o comunicado.

Segundo a entidade, nos Estados Unidos, que fazem uso de pecuária intensiva, com um rebanho de 90 milhões de cabeças produz 12 milhões de toneladas de carne por ano; no Brasil, 200 milhões de cabeças produzem 9 milhões de toneladas.


06 jul 2015

Crédito rural teve 89,4% dos recursos contratados

*Do Ministério da Agricultura

Stacks of Coins --- Image by © Matthias Kulka/Corbis

Empréstimos foram feitos no período de julho de 2014 a maio deste ano e somam R$ 139,5 bilhões

A contratação de recursos do crédito rural para a agricultura empresarial, destinados às operações de custeio, investimento e comercialização, alcançou R$ 139,5 bilhões, de julho de 2014 a maio deste ano. O montante corresponde a 89,4% do total programado para a safra 2014/2015, de R$ 156 bilhões. O valor consta no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) anunciado em maio do ano passado pelo governo federal.

O Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono) respondeu por R$ 2,9 bilhões, de um total disponibilizado de R$ 4,5 bilhões.

Confira AQUI a tabela da contratação do crédito rural da safra 2014/2015

* Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Agricultura
(61) 3218-2203
Inez De Podestà
inez.podesta@agricultura.gov.br