Os sistemas de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) pode gerar lucro real de até R$ 3,70 para cada R$ 1 investido na produção. Foi o que apontou avaliação feita em cinco Unidades de Referência Tecnológica e Econômica (URTE) implantadas no estado do Mato Grosso.
De acordo com a Embrapa, os dados finais da avaliação econômica nas cinco URTEs comprovaram que a ILPF é viável economicamente: “Trazendo todos os dados para valores correspondentes ao ano de 2017, a comparação mostrou lucratividade […] O Valor Presente Líquido Anual (VPLA), que é a receita por hectare a cada ano, variou de R$ 152,40 a R$ 2.175”.
Para atingir essa viabilidade econômica e competitividade, porém, é necessário planejamento, correta definição da configuração do sistema e o estudo prévio de mercado. Os principais erros cometidos, e que impactam no resultado final, é na escolha da espécie usada na rotação das culturas, bem como da espécie florestal em uma integração com árvores.
É fundamental também uma definição correta do espaçamento entre árvores e das linhas da lavoura cultivadas entre os renques. “A configuração de plantio tem que estar bem definida. A escolha da espécie tem que ser feita de acordo com o mercado. Você vai ter para quem vender? E isso não vale só para árvores. Estou falando de tudo. Não é em qualquer lugar que você pode plantar soja, por exemplo. Tem que ter logística, armazenamento, comercialização”, explica o analista do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) Miqueias Michetti.
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