11 out 2016

iLPF aumenta em cinco vezes a produção de carne em Mato Grosso

Por Embrapa Agrossilvipastoril*

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Com uma produtividade de até 32 arrobas por hectare em um ano, o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF) conseguiu uma produtividade cinco vezes maior do que a média nacional e oito vezes maior do que a média de Mato Grosso. O resultado foi obtido no primeiro ano de avaliação do componente animal na Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT).

A área avaliada conta com pasto de Brachiaria brizantha cv Marandu semeado após dois anos de lavouras de soja na safra e milho consorciado com braquiária na safrinha. Além disso, a área possui a cada 37 metros uma linha de eucalipto. As árvores proporcionam a ciclagem de nutrientes no sistema e acesso à sombra aos animais da raça Nelore.

O período de avaliação do gado foi de julho de 2015 a julho de 2016. Além da área de ILPF, foram comparados outros tratamentos com pecuária exclusiva, com integração lavoura-pecuária (ILP) e em sistema silvipastoril (IPF), com renques de linhas triplas de eucalipto a cada 30 metros.

O melhor desempenho obtido foi na área que integra lavoura, pecuária e as árvores, com o ganho entre 29 e 32 arrobas por hectare. O segundo tratamento mais eficiente foi a integração lavoura-pecuária, sistema que vem sendo amplamente adotado em Mato Grosso. Em pasto formado após dois anos de lavoura, porém sem as árvores, a produtividade ficou entre 20 e 24 arrobas por hectare.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril Bruno Pedreira, a produtividade obtida é reflexo do manejo adotado e da sinergia entre os componentes do sistema produtivo.

“Um bom manejo do pastejo, ajuste da taxa de lotação com orçamentação forrageira da fazenda, uso da lavoura e uso do componente florestal. Tudo isso para que se tenha os benefícios da lavoura, que propicia maior produção de capim, o benefício da árvore oferecendo ambiência e desempenho melhor para os animais, para que no fim do dia possamos colher mais num mesmo hectare de terra”, explica o pesquisador.

No sistema silvipastoril e na pecuária exclusiva, a produtividade média obtida no experimento foi em torno de
17 arrobas por hectare. O número é menor do que nos sistemas precedidos pela lavoura, mas ainda assim é
bem superior à média da pecuária em Mato Grosso, que está em torno de quatro arrobas por hectare, e à
média nacional, de seis arrobas por hectare.

De acordo com Bruno Pedreira, esse número também deve ser ressaltado, uma vez que mostra que mesmo
sem adotar a ILPF, é possível aumentar a produtividade. Para isso, é preciso que o produtor faça a adubação
de manutenção da pastagem e o ajuste da taxa de lotação em função da disponibilidade forrageira.

Em todos os tratamentos da pesquisa, a pastagem recebeu adubação de manutenção no mês de dezembro. Foram adicionados 50 kg de nitrogênio e potássio e 40 kg de fósforo por hectare. O pasto, por sua vez, foi manejado na altura de 30 cm, adicionando ou retirando animais de acordo com a demanda da planta forrageira. Os animais, que entraram no experimento com cerca de 335 kg, receberam suplemento proteinado de 0,1% do peso vivo.

Conforto térmico

Os resultados do primeiro ano de avaliação da pecuária de corte em sistema iLPF também demonstraram a importância do conforto térmico para o ganho de peso dos animais. Mesmo tratando-se da raça Nelore, considerada mais rústica e adaptada às altas temperaturas, a disponibilidade da sombra apresentou resultados consideráveis.

Bruno Pedreira explica que, na avaliação, o ganho de peso médio diário variou de 660 g/dia no sistema com árvores para 550 g/dia do sistema sem arborização, o que resultou em uma diferença de oito arrobas por hectare.

“Penso que a gente achou aquilo que está escrito nos livros, que é o sinergismo entre os componentes. Quando a gente junta os componentes, há um ganho que não conseguimos nem pegar onde ele está exatamente. Mas tem mais oito arrobas a mais ali”, pondera.

Dados do comportamento animal também reforçam a tese do benefício das árvores para a pecuária no sistema iLPF. Levantamentos feitos no mesmo experimento mostraram que os bois ficaram 90% do tempo de ruminação e 76% do seu período de ócio na sombra.

“Temos um indicativo de que o desempenho pode melhorar com a sombra. A única diferença que temos entre os tratamentos ILP e iLPF é a presença de árvores. Então, por algum motivo, em algum lugar lá dentro esse ganho está sendo aditivado ao sistema. Isso pode estar relacionado à ciclagem de nutrientes, à sombra, à temperatura. Há quem diga, inclusive, que os animais estão mais tranquilos com as árvores”, diz o pesquisador.

De acordo com Pedreira, é possível que no segundo ano do experimento sejam obtidas mais informações que ajudem a entender o efeito das árvores no desempenho da pecuária. Além da avaliação da qualidade da forragem, serão utilizados animais mais jovens, de 230 kg. Com este perfil, os bezerros tendem a ser mais sensíveis a alterações do ambiente, acusando de maneira mais acentuada os efeitos do sombreamento.

Outra novidade neste segundo ciclo de avaliação é o aumento da oferta de nutrientes para as forrageiras e de suplemento proteinado aos animais. Em ambos os casos, as doses serão dobradas, chegando a 100 kg de nitrogênio e potássio, 80 kg de fósforo e 0,2% de proteinado.

Parcerias

As pesquisas sobre ILPF voltadas para a pecuária de corte na Embrapa Agrossilvipastoril são realizadas por meio de uma parceria com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação dos Criadores do Norte de Mato Grosso (Acrinorte) e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

As instituições envolvidas acompanham de perto a pesquisa, por meio de reuniões, visitas técnicas e dias de campo. Para o superintendente da Acrimat, Francisco Manzi, os resultados obtidos reforçam uma iniciativa já presente no campo, que é a intensificação da produção.

“A intensificação é a grande saída para os pecuaristas tanto pelo aumento da rentabilidade, garantindo a sobrevivência do negócio em algumas propriedades, quanto pela diversificação das atividades e pelo atendimento da demanda da sociedade por uma produção maior em uma mesma área”, afirma Manzi, que ainda destaca o papel desta pesquisa no incentivo aos pecuaristas para que possam intensificar ainda mais a atividade.

Simpósio de Pecuária Integrada

Os resultados desta pesquisa estão sendo submetidos a publicações científicas. Entretanto, eles serão apresentados no dia 15 de outubro, durante um dia de campo, que faz parte da programação do II Simpósio de Pecuária Integrada (Simpi). O Simpi será realizado em Sinop (MT), de 13 a 15 de outubro.

Com o tema “Recuperação de pastagens”, o Simpósio irá discutir diversos pontos da cadeia produtiva da carne. Entre os assuntos abordados nas palestras estão a recuperação de pastagens, manejo de plantas daninhas e insetos-praga, ILPF na recuperação de pastagem, nutrição e adubação de plantas forrageiras, produção de silagem, melhoramento genético animal, semiconfinamento e confinamento, desafios sanitários entre outros.

Um dia de campo na área experimental da Embrapa Agrossilvipastoril encerrará a programação, abordando a lavoura, a pecuária e o plantio florestal em sistema de ILPF.

As inscrições para o II Simpi podem ser feitas pelo site www.pecuariaintegrada.com.br. O Simpósio é organizado pela Embrapa, UFMT, Grupo de Estudo em Pecuária Integrada (Gepi), SENAR-MT e MT Ciência.


15 set 2016

Mercado de ativos ambientais é uma oportunidade a ser desenvolvida no Brasil

*Do SENAR Brasil

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O painel Serviço Ambiental e Oportunidades encerrou a programação do 1º Seminário Internacional sobre Resiliência Climática e Descarbonização da Economia, realizado pelo Sistema CNA/SENAR, nessa quarta-feira (14/09). Com a mediação do presidente da Comissão de Meio Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Justus, os debatedores apresentaram programas de neutralização, mercado voluntário, gestão de fundos e oportunidades de investimentos para as soluções climáticas e melhorias de políticas públicas.

Justine Leigh-Bell

A gerente de Padrões e Sistema de Certificação, da Climate Bounds, Justine Leigh-Bell, explicou que o mercado de capital ambiental atrai investidores da União Europeia.  “Essa é uma oportunidade incrível a ser aproveitada no Brasil, que tem potencial para ser líder no mundo de finanças ambientais. Este País tem tradição e história na agropecuária com a oferta de produtos diversificados. Isso tem de ser considerado”, enfatizou Justine, reforçando que há aproximadamente 100 trilhões de ativos no mundo. “Não há falta de ativos, mas dificuldade para acessá-los”.

Eduardo Delgado Assad

O pesquisador da Embrapa, Eduardo Delgado Assad, falou sobre o mercado potencial fornecedor do serviço ambiental – Ativos Econômicos, no Brasil. Como exemplo, ele citou estudo para apoio à implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que está sendo desenvolvido em algumas áreas dos biomas Cerrado e Mata Atlântica para quantificar o passivo ambiental – obrigações de curto e longo prazo que as empresas assumem para promover o melhoramento ambiental – em Áreas de Proteção Permanente – Hídricas (APP).

Previsto para abril de 2017, o estudo vai analisar 369 milhões de hectares. Já foram analisados 157 milhões de hectares, abrangendo 1.742 municípios, com mapeamento de aproximadamente 5 milhões de passivos de APP que poderão ser transformados em ativos econômicos.  “O estudo apresentará uma perspectiva de pagamento de serviço ambiental que precisa ser recuperado com pelo menos sete modelos de revegetação para a recuperação da APP hídrica, com exemplos de mudas que podem ser plantadas. O sistema indica a latitude e longitude e a espécie que deve ser plantada até o momento do sequestro de carbono”, declara Assad.

Marco Antônio Fujihara

O Diretor da Keyassociados, Marco Antônio Fujihara, explicou o sistema de negociação do ativo econômico do Mercado Formal passando por algumas definições dos serviços ambientais e o mercado financeiro no Brasil. Ele faz parte do Katoomba Group, um grupo de economistas florestais de todo o mundo que discute precificação e ativos ambientais. O grupo estuda formas para juntar ativos ambientais e mecanismos financeiros.

“Existem várias maneiras de monetização do carbono, além do sistema de compra e venda, que, no Brasil, podem ser reguladas pela Cetip – companhia de capital aberto que oferece serviços de registro, central depositária, negociação e liquidação de ativos e títulos”, ressaltou Fujihara.

A consultora de sustentabilidade da Klabin, maior empresa produtora e exportadora de papeis do Brasil, também participou do 1º Seminário Internacional sobre Resiliência Climática e Descarbonização da Economia. Ivone Namikawa contou como a empresa contribui com os serviços ambientais e citou exemplos de incentivos à restauração. “Monitoramos a biodiversidade na unidade do Paraná desde a década de 80. O manejo florestal adequado permite a manutenção da fauna dentro da floresta. Em nossa área existem corredores que protegem espécies ameaçadas de extinção, como a jaguatirica e o lobo guará”, declarou Ivone, afirmando que nessa mesma unidade para cada 100 hectares de florestas plantadas, 82 são de mata nativa.

Ao final, o moderador do painel propôs a criação de um grupo para continuar os debates, desenvolver outros trabalhos e apresentar uma proposta de regulação do mercado de ativos ambientais para o governo.


26 ago 2016

Dia de Campo do PRADAM mostra tecnologias de produção sustentável em Rondônia

*Do SENAR Brasil

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O Campo Experimental da Embrapa Rondônia, em Porto Velho, foi cenário de mais um Dia de Campo do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas na Amazônia (PRADAM), nos dias 25 e 26 de agosto. Os participantes tiveram acesso a informações sobre a tecnologia Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) e observaram dois experimentos com os componentes desse sistema.

O PRADAM foi realizado graças à parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), com o suporte de suas Administrações Regionais, e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), para disseminar práticas de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) como as tecnologias Sistema Plantio Direto, Recuperação de Áreas Degradadas, Florestas Plantadas e Sistemas Agroflorestais, dentre eles a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). A ação aconteceu na região amazônica com o apoio do o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Embrapa.

Presidente da FAPERON, Hélio Dias

Na abertura do evento, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (FAPERON), Hélio Dias de Souza, declarou que há entre cinco e seis milhões de hectares de áreas para serem recuperadas no Estado, necessitando de investimento em tecnologia. “O PRADAM é um projeto necessário para apoiar as ações das entidades que atuam na produção agropecuária. Incorporar essas áreas no processo produtivo vai possibilitar o desenvolvimento regional, aumento da rentabilidade das propriedades rurais e crescimento do setor agropecuário”, defendeu o presidente.

Os participantes assistiram a palestras sobre uma das quatro tecnologias disponíveis no PRADAM, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), ministradas pelos pesquisadores da Embrapa. A inserção do componente florestal em sistemas ILPF foi o tema abordado por Henrique Nery Cipriani. O pesquisador Vicente de Paulo Campo Godinho falou sobre as perspectivas e potencialidades da ILPF em Rondônia.

Pesquisador da Embrapa Vicente de Paulo Campo Godinho

Ele mostrou as características do solo e a distribuição pluviométrica na região. “A floresta plantada, com o Sistema Plantio Direto, é uma grande oportunidade para esta região já que 75% do solo têm aptidão para a atividade agrícola”, declarou o pesquisador.

Já o pesquisador Ademir Hugo Zimmer falou sobre os aspectos gerais do componente animal nos sistemas ILPF. “Essa tecnologia possibilita a recuperação das pastagens e produção de grãos nessa região. Após a produção de grãos, temos o solo corrigido e melhores condições para a produção de uma nova pastagem”, comentou.

Pesquisador da Embrapa Gado de corte, Ademir Hugo Zimmer

Ele explica que, embora a implantação da ILPF não seja tão simples, o saldo é positivo. “Se imaginarmos um pecuarista produzindo grãos e árvores ele vai precisar de uma boa orientação técnica para que as atividades sejam bem conduzidas e gerenciadas. É justamente sobre isso que tratamos no PRADAM”, considerou Zimmer, complementa que, “em casos como esse, a  produção de grãos vai possibilitar novas atividades como, por exemplo, a suinocultura, a avicultura e a piscicultura”.

Gestor do PRADAM em Rondônia, Enaldo Mendonça

O gestor do PRADAM em Rondônia, Enaldo Mendonça, explica que a ILPF vai ao encontro das necessidades dos produtores rurais. “Além de proporcionar bem-estar aos animais, a plantação de florestas pode gerar renda no futuro com o corte da madeira para fins comerciais”, observou.

Frederico Botelho, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Rondônia

Frederico Botelho, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Rondônia, destacou que as tecnologias produtivas adaptadas ao bioma Amazônico podem contribuir para a redução do desmatamento e para a redução da pressão sobre as florestas. “A vantagem da utilização de tecnologias de baixa emissão de carbono são inúmeras. Dentre elas, a propriedade rural pode ser tornar mais sustentável, mais eficiente e ainda pode gerar mais lucratividade”, destacou.

O engenheiro florestal Alisson Nunes de Sousa participou do evento

O engenheiro florestal Alisson Nunes de Sousa veio do Paraná para Rondônia há pouco mais de quatro meses para atuar com georreferenciamento de imóveis rurais. Ele viu no Dia de Campo do PRADAM a oportunidade de se atualizar sobre a produção de florestas. “Por tudo o que foi explicado nas palestras, vimos que por meio da utilização de tecnologia é preciso ter sinergias entre os envolvidos na agropecuária de Rondônia para a melhoria da produtividade, aliando a produção com a sustentabilidade”, concluiu.

Entre os meses de julho e agosto, as ações do PRADAM alcançaram produtores rurais, técnicos e outros profissionais envolvidos com diversas cadeias produtivas na região Amazônia no Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Maranhão e Rondônia. O SENAR ainda foi responsável pela capacitação de técnicos de assistência técnica pública e privada desses estados.

Assista à matéria que foi ar no Canal do Produtor TV: 


04 ago 2016

Seminários do PRADAM serão realizados em Mato Grosso neste mês

*Do SENAR/MT 

 

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Mato Grosso recebe neste mês os seminários do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas na Amazônia (PRADAM), parceria entre o SENAR Brasil, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Embrapa.

O SENAR-MT é parceiro na realização dos seminários em Mato Grosso, que acontecerão nos municípios de Juara, Gaúcha do Norte, Confresa e São Félix do Araguaia, entre os dias 17 e 22 de agosto.

O gerente de Educação Formal e Assistência Técnica do SENAR-MT, Armando Urenha, explica que o PRADAM visa disseminar princípios e tecnologias de produção sustentável. “Os eventos, gratuitos, são direcionados a produtores rurais, técnicos de assistência técnica e outros profissionais envolvidos com a produção agropecuária”.

Os seminários irão abordar três das quatro tecnologias disseminadas pela iniciativa: Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), Recuperação de Pastagens e Sistemas Agroflorestais.

Paralelamente, ocorre também treinamentos para técnicos e extensionistas, na sede da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop.

Além de Mato Grosso, os seminários estão sendo realizados nos estados do Acre, Amazonas, Maranhão, Pará e Rondônia.

Programação:

Dia 17/08 – Juara
7:30 – Credenciamento
8:00 – Abertura com representante do SENAR-MT
8:30 – Palestra sobre Integração Lavoura Pecuária Floresta – João Meneguci/ Embrapa Agrossilvipastoril
9:30 – Coffee Break
11:00 – Questionamentos
11:45 – Encerramento

Dia 18/8 – Gaúcha do Norte
18:30 – Credenciamento
19:00 – Abertura com representantes do SENAR-MT
19:30 – Palestra sobre Recuperação de Pastagens no Plano da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono – Cleomar Costa/ Mapa-MT
20:30 – Coffee Break
21:00 – Palestra sobre Sistemas Agroflorestais – Fernando Oliveira da Silva/ Ceplac-MT
22:00 – Questionamentos
22:30 – Encerramento

Dia 20/8 – Confresa
7:30 – Credenciamento
8:00 – Abertura com representante do SENAR-MT
8:30 – Palestra sobre Recuperação de Pastagens no Plano da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono – Cleomar Costa/ Mapa-MT
9:30 – Coffee Break
10:00 – Palestra sobre Sistemas Agroflorestais – Fernando Oliveira da Silva/ Ceplac-MT
11:00 – Questionamentos
11:45 – Encerramento

Dia 22/8 – São Félix do Araguaia
18:30 – Credenciamento
19:00 – Abertura com representantes do SENAR-MT
19:30 – Palestra sobre Recuperação de Pastagens no Plano da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono – Cleomar Costa/ Mapa-MT
20:30 – Coffee Break
21:00 – Palestra sobre Sistemas Agroflorestais – Fernando Oliveira da Silva/ Ceplac-MT
22:00 – Questionamentos
22:30 – Encerramento


02 ago 2016

Dia de Campo realizado em Miranda leva informações sobre fertilidade e manejo de solo

Por SENAR-MS*

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Com objetivo de atender a demanda dos produtores rurais interessados em aperfeiçoar a atividade agrícola no município de Miranda, o Sindicato Rural de Miranda realizou na última semana um dia de campo promovido onde foram apresentadas informações sobre as características do solo e quais as melhores alternativas para aumentar a performance produtiva.

Com apoio do programa Mais Inovação, do SENAR/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural e da Fundação MS, 30 empresários rurais tiveram acesso a palestras e visitação na propriedade Sanguessuga, do produtor Massao Ohata, que há dois anos recebe ATeG – Assistência Técnica e Gerencial e já apresenta resultados expressivos na produtividade das lavouras de soja e milho.

“O evento foi muito produtivo, pois, trouxe informações fundamentais para os produtores que não estão familiarizados com a atividade agrícola. Na minha propriedade iniciamos o cultivo de soja e milho, por meio da adoção do sistema de Plantio Direto e estou satisfeito com os resultados”, detalha Ohata que atualmente é presidente do sindicato rural.

Tecnologia e rentabilidade – Segundo relato do técnico de campo responsável pela turma de Miranda, Daniel Dantas, o objetivo principal do dia de campo foi atender a demanda dos produtores interessados em adquirirem mais conhecimentos sobre sistemas produtivos como o ILP – Integração Lavoura Pecuária e esclarecer dúvidas sobre a fertilidade do solo na região. “No primeiro momento, nosso colega Douglas Gitti da Fundação MS ministrou uma palestra com foco nos nutrientes do solo e suas particularidades, apresentando resultados obtidos a partir de análises de áreas vizinhas. Depois levamos os convidados para conhecer um exemplo de sucesso, na propriedade do srº Ohata, reforçando os benefícios que o manejo correto oferece em tempos de seca”, argumenta.

Dantas acrescenta que o feedback dos produtores foi positivo e houve sugestões para que seja realizado mensalmente com temas diferentes. “Ficamos satisfeitos enquanto profissionais, pois, as perguntas feitas demonstram o elevado grau conhecimento dos participantes. A iniciativa do presidente do sindicato rural também contribuiu muito e outros vizinhos ofereceram para abrir as portas de suas fazendas, a fim de realizarmos outros eventos como o realizado na Sanguessuga”, complementa o zootecnista.

O responsável pela palestra “Manejo da fertilidade do solo com foco na cultura de soja na região de Miranda” é o técnico da Fundação MS, Douglas de Castilho Gitti. Ele revelou que as características do clima e solo na região, considerada entrada do bioma pantaneiro, podem ser rentáveis desde que se observem manejos específicos. “Em razão da baixa altitude local (137 metros acima do nível do mar aproximadamente), a temperatura do solo no período noturno é mais alta, prejudicando o desenvolvimento de culturas como a soja. Então é fundamental investir na utilização de cultivares da oleaginosa que já comprovaram produtividade diferenciada”, recomenda.

Na avaliação do produtor Fernando Belo, que se dedica à pecuária de cria, recria e engorda, o evento atendeu às expectativas dos convidados e esclareceu dúvidas sobre quais as melhores ações a serem desenvolvidas no manejo agrícola. “Minha propriedade faz parte de um condomínio familiar, no qual tenho meu irmão e mãe como vizinhos e sempre atuamos com pecuária. Apesar de trabalhar há mais de dez anos com cultivo de milheto, sorgo e milho, acredito que as informações repassadas foram importantes, já que contemplaram as particularidades do clima e solo aqui da região”, argumenta.