23 ago 2017

Integração lavoura-pecuária traz maior rentabilidade a produtores

*Por Sistema FAEG/SENAR-GO

Intensificar a produção, manejar os fatores produtivos de uma propriedade, de maneira individual e de forma tecnológica, proporcionando ao produtor tecnologias para que ele obtenha uma produção elevada e custos mais baixos. Estes são os principais objetivos da palestra do consultor da MS Integração, Dirceu Broch, que ocorrerá na sexta-feira, às 10h30, no dia 1º de setembro, durante o ‘2º Seminário de Irrigação de Goiás’. Ele abordará o tema ‘Alta Produtividade na Integração Lavoura-Pecuária com Sistemas Irrigados’. O evento será realizado nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, em Goiânia (GO).

De acordo com ele, atualmente a irrigação é um sistema seguro, já que quando o produtor adota esta técnica obtém até duas safras por ano, sem perda de água, tanto por excesso ou por tempestade. Isso porque num ano o produtor consegue fazer duas safras e no outro é possível fazer três. Para ele, quando a prática é adotada na pecuária alcança ainda mais rentabilidade. “A irrigação é a cereja do bolo, a complementação final, uma das últimas etapas do processo para ter alta produtividade”, pontua.

Seminário de irrigação

Com o tema ‘Irrigação: eficiência e sustentabilidade na agropecuária’, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Goiás (Sebrae Goiás), realizará nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, em Goiânia (GO), o 2º Seminário de Irrigação de Goiás. O objetivo do evento é envolver os produtores rurais, técnicos e sociedade no debate sobre a utilização sustentável da água. O evento ocorrerá no auditório da Federação e pretende reunir irrigantes de todo o estado.

Ficha Técnica

2º Seminário de Irrigação de Goiás

Data: 31 de agosto e 1º de setembro de 2017 (quinta e sexta-feira)

Local: Sede da Faeg – rua 87, nº 662, setor Sul – Goiânia (GO)

Mais informações: http://gatheros.com/evento/2o-seminario-de-irrigacao-de-goias-2017/


03 ago 2017

Dia de campo em Porto Franco (MA) debate iLPF

Por SENAR/MA*

Um dia de campo sobre Integração Lavoura-Pecuária- Floresta (iLPF) foi a forma que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) encontrou para divulgar as ações do programa Mais Produção na cadeia produtiva da carne. O programa é realizado em parceria com a Secretaria de Agricultura do Maranhão.

A ação aconteceu durante a programação da 22ª Expofran (Exposição Agropecuária de Porto Franco) e contou com a participação de produtores rurais, técnicos e lideranças políticas e sindicais da região sul do estado.

O Dia de Campo tratou sobre a tecnologia iLPF e foi composto por  três estações que trataram de temas relacionados às áreas degradadas sob a assistência de técnicos do programa.

“Um dos prontos principais do projeto aqui na Fazenda é mostrar aos convidados como é feito o sistema, assim como a sua viabilidade econômica”, disse o supervisor técnico do Programa Mais Produção na região tocantina, Egon Bastos, um dos ministradores das estações, juntamente com o agrônomo Ronaldo Lima (prefeitura) e o professor Cutrim Júnior (IFMA).

Tecnologia

A área escolhida para o evento, de acordo com os organizadores, teve destaque na aplicação da tecnologia iLPF por técnicos do SENAR que atendem a propriedade desde dezembro do ano passado. Ainda de acordo com os organizadores, o solo da área em questão, apresentava avançado estado de degradação, por isso a escolha do local para a aplicação da ferramenta.

O proprietário da Fazenda Ouro Verde desenvolve atividades de pecuária de corte e se diz satisfeito com a Assistência Técnica e Gerencial prestada pela equipe do SENAR Maranhão. “É importante que as autoridades percebam a importância desse trabalho para que possa ser aplicado em outras fazendas, a outros produtores rurais da região. Estou satisfeito com o que está sendo feito aqui. Estou achando ótima a presença de técnicos para me orientar.”

O secretário de Agricultura de Porto Franco, Ronaldo Lima, disse que o SENAR é um difusor de tecnologia em todo o País e por isso a satisfação em tê-lo como parceiro nessa e em outras empreitadas.  “O SENAR vai agregar conhecimento aos produtores e aos técnicos que atuam como multiplicadores em todo o estado”, disse satisfeito.


27 jun 2017

Dia de Campo do ABC Cerrado em Montes Claros apresenta resultados do sistema iLPF

Por SENAR Minas*

O campus de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, em Montes Claros, recebeu o Primeiro Ciclo de Palestras e Dia de Campo ILPF – Integração Lavoura-Pecuária-Floresta dia 23 de junho. O evento, coordenado pela professora Leidvan Almeida Frazão e pelo professor Thiago Gomes dos Santos, teve como objetivo apresentar ações e resultados sobre os sistemas, visando o aumento da capacidade produtiva das propriedades rurais no Norte de Minas.

Na abertura, o instrutor Eugênio Silveira apresentou o Projeto ABC Cerrado e proferiu palestra sobre a Mecanização em Sistemas de ILPF. Também foram proferidas palestras sobre a Viabilidade Econômica dos Sistemas ILPF da Rede de Fomento e sobre Produção Animal nesse sistema, pelo produtor Leonardo Resende, da Fazenda Triqueda, onde o ILPF é utilizado há vários anos com excelentes resultados.

Também foram apresentadas no Dia de Campo cinco estações, sendo: Sistemas Integrados de Produção, Produção Animal em Sistemas de ILPF, Mecanização em Sistemas de ILPF, Recuperação de Pastagens e Tratamento de Madeira. Vários produtores, que estão participando do Projeto ABC Cerrado, que em Minas é coordenado pelo Senar Minas, também estiveram presentes, a fim de conhecer os benefícios gerados e já reconhecidos por autoridades da área e produtores de outras regiões.

Rogério Cardoso Gomes e Emanuel Barbosa, com propriedades nos municípios de São João do Pacuí e Coração de Jesus, respectivamente, participaram do ciclo de palestras e do dia de campo com o objetivo de adquirir mais conhecimentos, informações e orientações sobre os sistemas. Eles afirmam que aprenderam no ABC Cerrado que o uso de técnicas é primordial para o sucesso de qualquer produção. Rogério conta ter descoberto que quase todo o trabalho que executava na produção em sua fazenda era feito de forma errada.

Público participante

Dentre os participantes estiveram presentes os coordenadores nacionais do Projeto ABC Cerrado, Mateus Moraes e Rafael Costa, de Brasília (DF), o coordenador estadual Caio Sérgio Oliveira, do SENAR Minas, os instrutores mobilizadores e técnicos mineiros Eugênio Silveira, João Renato Lopes, Ricardo Tuller, Edvaldo Barbosa, Wender Guedes e outros técnicos da região de Diamantina. Participaram ainda pesquisadores, produtores rurais, estudantes graduandos e pós-graduandos, acadêmicos da universidade, extensionistas e profissionais da área de agropecuária que atuam na região.

Visitas técnicas

Os coordenadores do ABC Cerrado e o gerente regional do SENAR em Montes Claros, Dirceu Martins, visitaram no Norte de Minas propriedades nos municípios de Brasília de Minas, Japonvar, Patis e São João da Ponte, onde estão implantando o sistema de Recuperação de Pastagens Degradadas.

Para os coordenadores, estas visitas técnicas de monitoramento são muito importantes, principalmente para avaliar as dificuldades que os produtores estão tendo na execução do trabalho, pois o projeto visa mudar a rotina da propriedade mostrando ao produtor que ele pode melhorar a sua produtividade através do tratamento e recuperação do solo e produção de água.

Segundo Caio Oliveira, os produtores visitados disseram estar satisfeitos e afirmaram que as condições de produção de suas propriedades melhoraram com o projeto. Em relação ao dia de campo, Caio se disse satisfeito com a grande participação dos produtores assistidos pelo ABC Cerrado e que as informações foram muito produtivas para os participantes.


31 mai 2017

Embrapa e UFG criam banco de dados para a identificação e qualificação espacial das pastagens brasileiras

Por Embrapa Meio Ambiente*

Foto: Sandro Pereira

Em ação inédita no Brasil para levantar informações das pastagens brasileiras, uma missão da Embrapa e Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) da Universidade Federal de Goiás (UFG) percorreu, entre os dias 3 e 19 de maio, um trecho de aproximadamente 4,3 mil km pelos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais.

O Percurso foi especialmente selecionado com base nas áreas de maior número de financiamentos concedidos pelo Plano ABC para a recuperação de pastagens e implantação de sistemas Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) nos últimos anos.

A equipe composta pelos analistas da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) Sandro Marschhausen e Tadeu Lana, e do pesquisador associado Sergio Nogueira, do (Lapig). O grupo coletou dados temáticos sobre a distribuição espacial das pastagens, níveis de degradação e grau de integração com Sistemas ILPF, associadas às amostras de solo para análise de carbono. Os dados sobre as condições das pastagens coletados na viagem já compõem um banco de dados baseado na Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP) e, em breve, também estão disponibilizados em ferramenta Mobile de georreferenciamento que a Plataforma ABC lançará nos próximos dias.

Inicialmente o aplicativo será voltado para um grupo de especialistas da Embrapa e parceiros da Rede ILPF, que agrega as empresas Cocamar, Dow AgroScience, John Deere, Parker, Syngenta e a Embrapa. Pelo caráter colaborativo do software, baseado em sistema Android, os primeiros usuários técnicos continuarão a alimentar o banco de dados para uso comum. Utilizará estrutura orientada a objeto, onde toda ação ocorre em bases georreferenciadas, a partir do ponto de localização do usuário. Após a primeira fase, de validação, o aplicativo estará disponível para o público, como estudantes, profissionais da cadeia produtiva e produtores, dentre outros.

Essa é a primeira iniciativa da Embrapa, por meio da parceria da Plataforma Multi-institucional de Monitoramento das Reduções de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Plataforma ABC), Rede de Fomento ILPF e Lapig/UFG, que é coordenado pelo professor Laerte Guimarães.

A recuperação de pastagens degradadas e Sistemas Integração Lavoura – Pecuária – Floresta (ILPF), são alternativas tecnológicas apoiadas pelo Plano de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC) do Governo Federal e parte dos compromissos internacionalmente assumidos pelo Brasil perante a Organização das Nações Unidas (ONU) na COP 15 e revisadas em Paris na COP 21, para reduzir as emissões dos gases causadores do efeito estufa.
Conforme ressaltou o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e  coordenador da Plataforma ABC Celso Manzatto, a missão de realizar o mapeamento para indicar, por Estados da Federação, as áreas de pastagens degradadas e/ou com baixo potencial produtivo é um compromisso da Embrapa, expresso no Plano ABC.

Segundo ele, a Plataforma ABC já estabelece protocolos para monitoramento das áreas recuperadas e agora também associam metodologias de coleta em campo e sensoriamento remoto, visando maior agilidade e exatidão no levantamento. “Também buscamos construir parcerias sólidas junto às instituições e grupos privados, na busca de intensificarmos os esforços na identificação e caracterização do nível de degradação das pastagens,” disse Manzatto.

Paralelamente, o Lapig tem compilado e gerado uma série de dados históricos sobre as pastagens brasileiras, que servem de apoio aos estudos do Observatório ABC da Fundação Getúlio Vargas – FGV e o Centro Estudos em Agronegócio – GVAgro, onde a parceria com a Plataforma ABC e Embrapa pretendem validar a sistematização do protocolo de coleta de dados proposto pela Rede ILPF, automatizar os procedimentos de campo para a caracterização das pastagens, nível de degradação e a identificação e qualificação dos sistemas ILPF adotados pelos produtores rurais no Brasil.

Este esforço marca o início da estratégia da Plataforma ABC em trabalhar de forma multi-institucional,  aperfeiçoando o uso dos recursos financeiros para a realização de validações de campo em larga escala.

Neste sentido, o levantamento de sequestro de carbono em solo de pastagens, com diferentes níveis de degradação dá continuidade à inciativa da própria Embrapa, como uma base de dados inédita e disponível gratuitamente, para os diversos parceiros públicos e privados, interessados no tema.

Ainda segundo Manzatto, que também integra a  Rede de Fomento ILPF, não é possível realizar estimativas de carbono e redução das emissões de Gás Efeito Estufa (GEE), enquanto base de políticas públicas, sem um intenso esforço entre parceiros público-privados.

Esse é um dos principais objetivos da Plataforma, que nasceu multidisciplinar justamente para abrigar diversos atores e suas expertises, ante aos grandes desafios propostos na sua missão.

Conforme ele, para cobrir as dimensões territoriais brasileiras, tem sido vital a especialidade dos profissionais da Plataforma em técnicas de processamento e análise de dados de sensoriamento remoto.

Banco de dados sobre uso da terra
É Objetivo da Plataforma ABC estabelecer um grande banco de dados de acesso livre, política adotada também pelo Lapig, em relação ao uso da terra.

A estratégia visa disponibilizar uma ferramenta com capacidade de apoiar as pesquisas e diminuir os custos de estudos sobre o mapeamento e a dinâmica de uso das terras. O banco permitirá correlacionar os dados coletados em campo, etapa mais dispendiosa de recursos destes estudos, com imagens de satélite,  potencializando a detecção de pastagens degradadas e sua relação com estoques de carbono, demanda que precisa ser quantificada de maneira mais exata em todo território nacional.

Para exemplificar a importância da captação e geração de dados dos sistemas produtivos nacionais de modo mais robusto, o pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP) Eduardo Assad,  recorda o recente exemplo ocorrido  no levantamento de dados sobre adoção de ILPF no Brasil.

Conforme Assad, o papel da Embrapa na geração de dados desse tipo é de fundamental importância para o posicionamento estratégico do Brasil frente ao mercado consumidor internacional.  “Especialmente no momento em que o Governo Federal estimula a inciativa privada a juntar esforços para o estabelecimento de programas de “compliance” – um conjunto de práticas destinadas ao cumprimento de normas governamentais ou do setor privado, visando comprovar  a qualidade e a sustentabilidade ambiental  da produção agropecuária nacional,” finalizou.


10 mai 2017

ABC Cerrado avança na segunda fase

*Por SENAR Brasil

 

O Projeto ABC Cerrado avançou consideravelmente na segunda fase. Já são 83 turmas em andamento nos estados da Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Piauí e Tocantins desde abril deste ano quando começaram as capacitações dessa etapa. Além do treinamento em quatro tecnologias de baixa emissão de carbono (Recuperação de Pastagens Degradadas, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, Sistema Plantio Direto e Florestas Plantadas), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) leva Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) aos produtores que participam do projeto.

O ABC Cerrado é uma parceria do SENAR com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Embrapa, com recursos do Banco Mundial, que incentiva a produção agrícola sustentável, focando no aumento da oferta de alimentos, diversificação da atividade rural para geração de renda e preservação ambiental.

O produtor Juarez Noleto, de Porangatu, em Goiás, fez a capacitação em Recuperação de Pastagens Degradadas e agora está recebendo assistência técnica. Ele, que produz gado de leite e de corte, conta que não conhecia o trabalho do SENAR, mas que depois de ver os resultados posteriores à capacitação, planeja fazer outros cursos da entidade. “Já temos resultados positivos na propriedade e a pastagem já apresenta qualidade diferenciada. O curso clareou minhas ideias e a assistência técnica está fazendo a diferença para nós. Tanto é que quero fazer outras capacitações nessa mesma linha e levar os resultados positivos para outra propriedade que tenho no município também”, comemora.

Produtor já colhe resultados com o ABC Cerrado.

Em Goiás, o SENAR capacitou 427 produtores na fase I do ABC Cerrado e atendeu 300 com Assistência Técnica e Gerencial. Atualmente está com sete turmas em andamento e a tecnologia mais procurada é a Recuperação de Pastagens Degradadas, seguida de iLPF. “O produtor que participa vê o ABC Cerrado como algo inovador que abre inúmeras possibilidades de alavancar seu negócio”, destaca o gestor do projeto em Goiás, Douglas Vila Verde. “E com a ATeG, o produtor terá mais informações a respeito das tecnologias ABC e poderá definir seu planejamento e escolher o momento correto para fazer o investimento na propriedade”, frisa.

O coordenador do ABC Cerrado no SENAR, Mateus Tavares, acompanhou esta semana, o segundo módulo de Recuperação de Pastagens Degradadas em Porangatu. Tavares avalia que o resultado da segunda fase do projeto, que começou pelas capacitações, está indo muito bem. “Vemos que os resultados positivos da primeira fase serviram de motivação para os produtores que se inscreveram nesta nova etapa. À medida que o ABC Cerrado é executado, mais produtores tomam conhecimento e se interessam pelo Projeto”, comemora. “A expectativa é que tenhamos mais produtores sendo capacitados e recebendo a Assistência Técnica e Gerencial e com resultados tão bons quanto os que estamos observando,” concluiu.

As visitas aos treinamentos continuam em Goiás até o fim da semana. O coordenador do ABC Cerrado segue agora para Rio Verde. No final do mês, será a vez de visitar as turmas do Maranhão.