15 set 2016

Presidente da CNA destaca compromisso do setor agropecuário com produção sustentável

Por Ascom CNA*

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O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Conselho Deliberativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), João Martins, defendeu o compromisso do produtor rural com a preservação do meio ambiente e com ações sustentáveis de produção, já adotadas no campo, com o objetivo de reduzir as emissões de carbono e preparar a atividade agropecuária para as mudanças climáticas. A manifestação foi feita na abertura do 1º Seminário Internacional sobre Resiliência Climática e Descarbonização da Economia, nesta quarta-feira (14/09), na sede da entidade em Brasília (DF).

O evento reuniu especialistas brasileiros e estrangeiros em questões climáticas e ambientais para debater temas como a conservação do solo, recursos hídricos, biodiversidade. O encontro apontou os desafios do setor rural frente ao aquecimento global e ao Acordo de Paris, que visa um pacto mundial para frear o aumento da temperatura média do planeta. Segundo João Martins, o debate é uma demonstração clara do compromisso da entidade com o tema e com ações de sustentabilidade dentro da produção, mostrando a preocupação do produtor rural com a preservação ambiental e a adoção de técnicas de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas sobre a agricultura.

“O grande patrimônio do produtor rural é a preservação do meio ambiente. Hoje, a relação entre produção e meio ambiente é discutida ideologicamente. Queremos discutir racionalmente uma proposta que deixe claro que o produtor é um guerreiro na defesa da preservação”, explicou. O presidente da CNA reforçou medidas adotadas pelo Sistema CNA/SENAR voltadas para a questão ambiental, como a recuperação de nascentes e defendeu a regulamentação de dispositivos do Código Florestal. Alertou, ainda, que as secas dos últimos anos e a irregularidade das chuvas têm afetado diretamente a safra, o que reforça a necessidade de aplicação de tecnologias no campo.

Assistência técnica – Para o secretário-executivo do SENAR, Daniel Carrara, a implantação de tecnologias sustentáveis na produção para adaptação à resiliência climática vai estar diretamente ligada à assistência técnica. “A tecnologia por si só não resolve o problema. Precisa estar casada com a rentabilidade. Cada propriedade tem que ter um diagnóstico e as implementações tecnológicas de acordo com a condição de rentabilidade da propriedade. Isso vai garantir, junto com as tecnologias de preservação ambiental, a permanência do produtor rural no campo”, afirmou. Segundo, ele, as ações desenvolvidas pelo SENAR neste contexto visam identificar as tecnologias mais adequadas para a propriedade.

Acompanhamento das ações sustentáveis – Produtor rural e defensor da produção sustentável, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Aroldo Cedraz, informou que o TCU tem se aprimorado para acompanhar a aplicação de recursos públicos em políticas públicas voltadas para o meio ambiente, com a criação de secretarias específicas, que buscam monitorar as ações executadas pelo Estado, por meio de auditorias. No entanto, ele ressaltou que a preservação do meio ambiente deve ter o engajamento de toda a sociedade e lembrou que o órgão liderou a discussão de uma proposta inédita no país sobre a preservação do solo.


26 ago 2016

Dia de Campo do PRADAM mostra tecnologias de produção sustentável em Rondônia

*Do SENAR Brasil

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O Campo Experimental da Embrapa Rondônia, em Porto Velho, foi cenário de mais um Dia de Campo do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas na Amazônia (PRADAM), nos dias 25 e 26 de agosto. Os participantes tiveram acesso a informações sobre a tecnologia Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) e observaram dois experimentos com os componentes desse sistema.

O PRADAM foi realizado graças à parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), com o suporte de suas Administrações Regionais, e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), para disseminar práticas de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) como as tecnologias Sistema Plantio Direto, Recuperação de Áreas Degradadas, Florestas Plantadas e Sistemas Agroflorestais, dentre eles a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). A ação aconteceu na região amazônica com o apoio do o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Embrapa.

Presidente da FAPERON, Hélio Dias

Na abertura do evento, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (FAPERON), Hélio Dias de Souza, declarou que há entre cinco e seis milhões de hectares de áreas para serem recuperadas no Estado, necessitando de investimento em tecnologia. “O PRADAM é um projeto necessário para apoiar as ações das entidades que atuam na produção agropecuária. Incorporar essas áreas no processo produtivo vai possibilitar o desenvolvimento regional, aumento da rentabilidade das propriedades rurais e crescimento do setor agropecuário”, defendeu o presidente.

Os participantes assistiram a palestras sobre uma das quatro tecnologias disponíveis no PRADAM, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), ministradas pelos pesquisadores da Embrapa. A inserção do componente florestal em sistemas ILPF foi o tema abordado por Henrique Nery Cipriani. O pesquisador Vicente de Paulo Campo Godinho falou sobre as perspectivas e potencialidades da ILPF em Rondônia.

Pesquisador da Embrapa Vicente de Paulo Campo Godinho

Ele mostrou as características do solo e a distribuição pluviométrica na região. “A floresta plantada, com o Sistema Plantio Direto, é uma grande oportunidade para esta região já que 75% do solo têm aptidão para a atividade agrícola”, declarou o pesquisador.

Já o pesquisador Ademir Hugo Zimmer falou sobre os aspectos gerais do componente animal nos sistemas ILPF. “Essa tecnologia possibilita a recuperação das pastagens e produção de grãos nessa região. Após a produção de grãos, temos o solo corrigido e melhores condições para a produção de uma nova pastagem”, comentou.

Pesquisador da Embrapa Gado de corte, Ademir Hugo Zimmer

Ele explica que, embora a implantação da ILPF não seja tão simples, o saldo é positivo. “Se imaginarmos um pecuarista produzindo grãos e árvores ele vai precisar de uma boa orientação técnica para que as atividades sejam bem conduzidas e gerenciadas. É justamente sobre isso que tratamos no PRADAM”, considerou Zimmer, complementa que, “em casos como esse, a  produção de grãos vai possibilitar novas atividades como, por exemplo, a suinocultura, a avicultura e a piscicultura”.

Gestor do PRADAM em Rondônia, Enaldo Mendonça

O gestor do PRADAM em Rondônia, Enaldo Mendonça, explica que a ILPF vai ao encontro das necessidades dos produtores rurais. “Além de proporcionar bem-estar aos animais, a plantação de florestas pode gerar renda no futuro com o corte da madeira para fins comerciais”, observou.

Frederico Botelho, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Rondônia

Frederico Botelho, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Rondônia, destacou que as tecnologias produtivas adaptadas ao bioma Amazônico podem contribuir para a redução do desmatamento e para a redução da pressão sobre as florestas. “A vantagem da utilização de tecnologias de baixa emissão de carbono são inúmeras. Dentre elas, a propriedade rural pode ser tornar mais sustentável, mais eficiente e ainda pode gerar mais lucratividade”, destacou.

O engenheiro florestal Alisson Nunes de Sousa participou do evento

O engenheiro florestal Alisson Nunes de Sousa veio do Paraná para Rondônia há pouco mais de quatro meses para atuar com georreferenciamento de imóveis rurais. Ele viu no Dia de Campo do PRADAM a oportunidade de se atualizar sobre a produção de florestas. “Por tudo o que foi explicado nas palestras, vimos que por meio da utilização de tecnologia é preciso ter sinergias entre os envolvidos na agropecuária de Rondônia para a melhoria da produtividade, aliando a produção com a sustentabilidade”, concluiu.

Entre os meses de julho e agosto, as ações do PRADAM alcançaram produtores rurais, técnicos e outros profissionais envolvidos com diversas cadeias produtivas na região Amazônia no Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Maranhão e Rondônia. O SENAR ainda foi responsável pela capacitação de técnicos de assistência técnica pública e privada desses estados.

Assista à matéria que foi ar no Canal do Produtor TV: 


24 ago 2016

Programa ABC liberou R$ 2 bi em crédito no ano-safra 2015/2016

Por Ministério da Agricultura*

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Recursos foram destinados ao uso de tecnologias de baixa emissão de carbono

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) destinou R$ 2 bilhões em crédito rural, no ano-safra 2015/2016, para o Programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono). Essa linha financia tecnologias como a Recuperação de Pastagens Degradadas (RPD), Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), Sistema Plantio Direto (SPD), Tratamento de Dejetos Animais (TDA), Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) e Florestas Plantadas (FP).

Lançado em julho de 2010, o ABC já investiu R$ 13,2 bilhões em um total de 28,5 mil contratos com produtores rurais, que abrangem 6,8 milhões de hectares. O programa promove a sustentabilidade da agropecuária brasileira e está alinhado à Política Nacional de Mudanças sobre o Clima, assinala a Coordenação de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos da Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo.

Na comparação entre 2015/2016 e 2014/2015, houve retração no volume de contratações do ABC. No período anterior, os contratos somaram R$ 3,6 bilhões. Segundo a Coordenação de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos, a queda para R$ 2 bilhões se deve à elevação nas taxas de juros da linha de crédito. Outro fator que também contribui para esse resultado foi o aumento do custo de produção.

Em compensação, o ciclo 2015/2016 teve elevação de 34% no valor médio dos contratos quando comparado com o de 2014/2015. O estado de São Paulo, por exemplo, apresentou incremento de mais de 5.500% no valor contratado para o Tratamento de Dejetos Animais. No Maranhão, houve crescimento de 1.100% no montante de contratação para Florestas Plantadas. Já Roraima aumentou em 1.400% a área de Recuperação de Pastagens Degradadas. A Região Norte registrou acréscimo de mais de 200% no valor contratados para Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta.


04 ago 2016

Seminários do PRADAM serão realizados em Mato Grosso neste mês

*Do SENAR/MT 

 

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Mato Grosso recebe neste mês os seminários do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas na Amazônia (PRADAM), parceria entre o SENAR Brasil, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Embrapa.

O SENAR-MT é parceiro na realização dos seminários em Mato Grosso, que acontecerão nos municípios de Juara, Gaúcha do Norte, Confresa e São Félix do Araguaia, entre os dias 17 e 22 de agosto.

O gerente de Educação Formal e Assistência Técnica do SENAR-MT, Armando Urenha, explica que o PRADAM visa disseminar princípios e tecnologias de produção sustentável. “Os eventos, gratuitos, são direcionados a produtores rurais, técnicos de assistência técnica e outros profissionais envolvidos com a produção agropecuária”.

Os seminários irão abordar três das quatro tecnologias disseminadas pela iniciativa: Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), Recuperação de Pastagens e Sistemas Agroflorestais.

Paralelamente, ocorre também treinamentos para técnicos e extensionistas, na sede da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop.

Além de Mato Grosso, os seminários estão sendo realizados nos estados do Acre, Amazonas, Maranhão, Pará e Rondônia.

Programação:

Dia 17/08 – Juara
7:30 – Credenciamento
8:00 – Abertura com representante do SENAR-MT
8:30 – Palestra sobre Integração Lavoura Pecuária Floresta – João Meneguci/ Embrapa Agrossilvipastoril
9:30 – Coffee Break
11:00 – Questionamentos
11:45 – Encerramento

Dia 18/8 – Gaúcha do Norte
18:30 – Credenciamento
19:00 – Abertura com representantes do SENAR-MT
19:30 – Palestra sobre Recuperação de Pastagens no Plano da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono – Cleomar Costa/ Mapa-MT
20:30 – Coffee Break
21:00 – Palestra sobre Sistemas Agroflorestais – Fernando Oliveira da Silva/ Ceplac-MT
22:00 – Questionamentos
22:30 – Encerramento

Dia 20/8 – Confresa
7:30 – Credenciamento
8:00 – Abertura com representante do SENAR-MT
8:30 – Palestra sobre Recuperação de Pastagens no Plano da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono – Cleomar Costa/ Mapa-MT
9:30 – Coffee Break
10:00 – Palestra sobre Sistemas Agroflorestais – Fernando Oliveira da Silva/ Ceplac-MT
11:00 – Questionamentos
11:45 – Encerramento

Dia 22/8 – São Félix do Araguaia
18:30 – Credenciamento
19:00 – Abertura com representantes do SENAR-MT
19:30 – Palestra sobre Recuperação de Pastagens no Plano da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono – Cleomar Costa/ Mapa-MT
20:30 – Coffee Break
21:00 – Palestra sobre Sistemas Agroflorestais – Fernando Oliveira da Silva/ Ceplac-MT
22:00 – Questionamentos
22:30 – Encerramento


02 ago 2016

Dia de Campo realizado em Miranda leva informações sobre fertilidade e manejo de solo

Por SENAR-MS*

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Com objetivo de atender a demanda dos produtores rurais interessados em aperfeiçoar a atividade agrícola no município de Miranda, o Sindicato Rural de Miranda realizou na última semana um dia de campo promovido onde foram apresentadas informações sobre as características do solo e quais as melhores alternativas para aumentar a performance produtiva.

Com apoio do programa Mais Inovação, do SENAR/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural e da Fundação MS, 30 empresários rurais tiveram acesso a palestras e visitação na propriedade Sanguessuga, do produtor Massao Ohata, que há dois anos recebe ATeG – Assistência Técnica e Gerencial e já apresenta resultados expressivos na produtividade das lavouras de soja e milho.

“O evento foi muito produtivo, pois, trouxe informações fundamentais para os produtores que não estão familiarizados com a atividade agrícola. Na minha propriedade iniciamos o cultivo de soja e milho, por meio da adoção do sistema de Plantio Direto e estou satisfeito com os resultados”, detalha Ohata que atualmente é presidente do sindicato rural.

Tecnologia e rentabilidade – Segundo relato do técnico de campo responsável pela turma de Miranda, Daniel Dantas, o objetivo principal do dia de campo foi atender a demanda dos produtores interessados em adquirirem mais conhecimentos sobre sistemas produtivos como o ILP – Integração Lavoura Pecuária e esclarecer dúvidas sobre a fertilidade do solo na região. “No primeiro momento, nosso colega Douglas Gitti da Fundação MS ministrou uma palestra com foco nos nutrientes do solo e suas particularidades, apresentando resultados obtidos a partir de análises de áreas vizinhas. Depois levamos os convidados para conhecer um exemplo de sucesso, na propriedade do srº Ohata, reforçando os benefícios que o manejo correto oferece em tempos de seca”, argumenta.

Dantas acrescenta que o feedback dos produtores foi positivo e houve sugestões para que seja realizado mensalmente com temas diferentes. “Ficamos satisfeitos enquanto profissionais, pois, as perguntas feitas demonstram o elevado grau conhecimento dos participantes. A iniciativa do presidente do sindicato rural também contribuiu muito e outros vizinhos ofereceram para abrir as portas de suas fazendas, a fim de realizarmos outros eventos como o realizado na Sanguessuga”, complementa o zootecnista.

O responsável pela palestra “Manejo da fertilidade do solo com foco na cultura de soja na região de Miranda” é o técnico da Fundação MS, Douglas de Castilho Gitti. Ele revelou que as características do clima e solo na região, considerada entrada do bioma pantaneiro, podem ser rentáveis desde que se observem manejos específicos. “Em razão da baixa altitude local (137 metros acima do nível do mar aproximadamente), a temperatura do solo no período noturno é mais alta, prejudicando o desenvolvimento de culturas como a soja. Então é fundamental investir na utilização de cultivares da oleaginosa que já comprovaram produtividade diferenciada”, recomenda.

Na avaliação do produtor Fernando Belo, que se dedica à pecuária de cria, recria e engorda, o evento atendeu às expectativas dos convidados e esclareceu dúvidas sobre quais as melhores ações a serem desenvolvidas no manejo agrícola. “Minha propriedade faz parte de um condomínio familiar, no qual tenho meu irmão e mãe como vizinhos e sempre atuamos com pecuária. Apesar de trabalhar há mais de dez anos com cultivo de milheto, sorgo e milho, acredito que as informações repassadas foram importantes, já que contemplaram as particularidades do clima e solo aqui da região”, argumenta.