18 ago 2015

Paraíba dará inicio a elaboração do Plano Estadual do Projeto ABC

*Do SENAR Paraíba

SENAR_ABCNa segunda-feira, 17/08, foi realizada a reunião do Comitê Gestor do Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC). O evento aconteceu no Serviço Nacional de Aprendizagem Rural da Paraíba (SENAR/PB), e foi comandado por Demilson Lemos de Araújo, da Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap) do Estado e Hermes Ferreira Barbosa, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) do Estado.

Representantes de diversas entidades se reuniram com o objetivo de definir os pontos a serem apresentados no Plano Estadual do Programa ABC, que será elaborado durante a Oficina de Trabalho para Construção do Plano Estadual de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) do estado da Paraíba, nos dias 24, 25 e 26 deste mês.

Segundo o assessor da presidência da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), Domigos Lélis, os integrantes da oficina vão elaborar o cenário para conhecer a realidade do Estado e preparar o Plano Estadual com identificação das regiões potencialmente estratégicas para sua implementação. “Nós temos o compromisso de mitigar e adequar as mudanças requeridas pelo projeto, adaptando o plano ao nosso estado”, falou.

O Plano Estadual será norteado pelo Plano Nacional do ABC, que tem como objetivo cumprir o compromisso do Governo Federal de deixar de emitir 1 bilhão de toneladas de gás carbônico até 2020, por meio da redução do desmatamento, ampliação  da eficiência energética e adoção de uma agricultura que objetive a recuperação de pastagens e áreas produtivas degradadas.

Participaram da reunião representantes de diversas instituições, como:  Sudema, Mapa, Sedap, Emater, Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Emepa, Asplan, Cooperar, UFPB, Embrapa, Seafds, FAEPA e SENAR/PB.


14 ago 2015

Cresce uso de práticas agrícolas que reduzem emissão de gases de efeito estufa, diz ex-ministro

* Por Pedro França/Agência Senado

roberto_rodrigues_anaAmelia
Cresce no país o número de agricultores que adotam práticas que contribuem para a redução da emissão de gases de efeito estufa, conforme revelou o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, em audiência pública nesta quinta-feira (13) na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA).

Ele detalhou aos senadores ações desenvolvidas pelo governo federal para promoção da agricultura de baixa emissão de carbono, reunidas no chamado Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono). Previsto para ser executado até 2020, o plano busca o cumprimento das metas voluntárias do setor agropecuário de redução de gases estufa, conforme compromisso assumido pelo Brasil em 2009, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada em Copenhague.

O Brasil, disse, apresentou uma previsão de redução de pelo menos 133 milhões de toneladas de gás carbônico pelas atividades agrícolas. Isso poderá ser conquistado pela implantação do Plano ABC, frisou, que incentiva, entre outros programas, a integração da lavoura com a pecuária.

— Durante o ano, fazemos uma safra de grãos e uma de carne. Quando está terminando a safra de grãos, semeia-se o capim e se forma a pastagem. São duas rendas por ano, grãos e carne, com um sucesso extraordinário, que está levando a uma importante redução da demanda por desmatamento — observou Roberto Rodrigues, que coordena o Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas, que acompanha o Plano ABC.

Iniciativas
Os senadores Waldemir Moka (PMDB-MS) e Donizete Nogueira (PT-TO) citaram experiências bem-sucedidas no Mato Grosso do Sul e no Tocantins, de integração lavoura-pecuária-florestas, que estão contribuindo para recuperação de pastagens degradadas.

— No meu estado, são oito milhões de hectares de pastagem degradada. Imagine, através de crédito, recuperar essa terra, sem precisar desmatar — frisou Moka.

Também o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) relatou o aumento da adesão de agricultores de seu estado a práticas de recuperação e utilização racional das terras já desmatadas.

— Há um pacto no Pará de que não há necessidade de se derrubar uma única árvore, mas precisamos utilizar com tecnologia e inteligência as áreas já alteradas, que representam cerca de 18% da extensão territorial do Pará — afirmou Flexa Ribeiro.

Roberto Rodrigues pediu aos senadores que reforcem as ações do Plano ABC, as quais, na opinião do ex-ministro, farão com que o Brasil seja protagonista na COP 21, convenção sobre mudança climática que será realizada em dezembro em Paris. Além de representantes dos países na convenção da ONU, que buscarão novo acordo global do clima, também estarão reunidos líderes do setor privado, em evento paralelo, no qual o setor agrícola “será a grande estrela”, na opinião de Roberto Rodrigues.

Em resposta a Acir Gurgacz (PDT-RO), ele disse que a divulgação do Plano ABC e a orientação aos agricultores que decidem aderir às novas práticas estão a cargo dos governos estaduais, com o apoio do governo federal.

Reserva legal
Na apresentação aos senadores, Roberto Rodrigues defendeu que seja computada como reserva legal a área onde for feito o plantio de árvores para recuperação de terra degradada, mesmo que tenham sido plantadas espécies exóticas, voltadas à exploração de madeira.
A proposta foi apoiada pela presidente da Comissão de Agricultura, senadora Ana Amélia (PP-RS), e por outros senadores presentes ao debate. Por sugestão de Acir Gurgacz, Ana Amélia solicitou à assessoria da CRA a realização de estudo sobre o assunto, visando à apresentação de projeto de lei para alterar as regras da reserva legal, previstas no Código Florestal (Lei 12.651/2012).

Estrangeiros
Acir Gurgacz e Wellington Fagundes (PR-MT) quiseram saber a opinião de Roberto Rodrigues sobre a possibilidade de compra de terras por estrangeiros. O tema está em discussão na Câmara dos Deputados, onde está em discussão projeto para flexibilizar a Lei 5709/1971, que limita a aquisição de imóvel rural por estrangeiro.

— A proibição de compra de terra por estrangeiro é uma restrição a investimentos. Os investimentos estão indo para Argentina, Paraguai, Uruguai, a terra lá está subindo de valor e aqui está caindo de valor, porque não tem acolhida para investidor estrangeiro — opinou o ex-ministro.

Para ele, deve ser proibida a compra de terras no Brasil por fundos soberanos de outros países, mas para os demais casos, a aquisição deve ser permitida, com restrições em função do total de terras do município e submetendo os estrangeiros às leis brasileiras.

*Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


06 ago 2015

Contratações do Plano ABC crescem 36% no ano-safra 2014/2015

*Do Ministério da Agricultura

1437067

No total, foram firmados 8.018 contratos no último ciclo agrícola,
segundo dados do Mapa

As contratações de crédito rural por meio do Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), no ano-safra 2014/2015, foram 36% superiores às do ciclo 2013/2014. De acordo com números da Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a última temporada agrícola, encerrada em junho deste ano, teve 8.018 contratos, representando R$ 3,6 bilhões, desembolsados pelo sistema financeiro.
“Esse crescimento confirma que o Plano ABC é uma política pública de sucesso. A cada ano, mais produtores rurais adotam as tecnologias do plano”, assinala o secretário do Produtor Rural e Cooperativismo, Caio Rocha.
O Sudeste foi a região com maior número de contratos via Plano ABC no ano-safra 2014/2015. Em seguida, aparecem o Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Já em relação à área de adoção do ABC, o Centro-Oeste ocupa a primeira posição, seguido pelo Sul, Sudeste, Nordeste e Norte.

mapa_tecnologiasABC

Ainda segundo a Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo, junho deste ano foi um dos meses de maior crescimento nas contratações de crédito rural via Plano ABC. No mês passado, o número de contratos chegou a 1.149, o equivalente a R$ 562 milhões, contra 730 de junho de 2014, quando somaram R$ 380 milhões.

Tecnologias
O total de contratos firmados de julho de 2010, quando o plano foi lançado, até junho de 2015 representa em torno de 7,35 milhões de hectares de áreas ocupadas com as tecnologias do ABC. O valor é cerca de 65% do compromisso assumido até dezembro deste ano, que prevê 11,3 milhões de hectares com uso das tecnologias.

Das tecnologias previstas no programa, desde a implementação do ABC, 41% dos recursos financiados foram para recuperação de pastagens degradadas (RPD); 7% foram para integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF); 22% para sistema de plantio direto (SPD); e 14% para florestas plantadas (FP).

“Tais dados revelam que grande parte do montante de recursos realmente está indo para a recuperação de pastagens degradadas, que é o maior desafio do ABC. A meta é recuperar 15 milhões de hectares até 2020”, diz o coordenador de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos do Mapa, Elvison Nunes.

Ele também destacou a importância da integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF). “É uma das tecnologias com maior potencial de redução de gases de efeito estufa, mas com maior complexidade de implementação no campo. Mesmo assim, vem apresentando crescimento em termos de área ocupada, que passou de 42 mil hectares no ano-safra 2013/2014 para 292 mil hectares no ciclo 2014/2015.”

Em relação às regiões, o Sudeste e o Centro-Oeste foram as que mais contrataram crédito rural por meio do ABC no período de 2010 a 2015. No Sudeste, São Paulo e Minas Gerais foram os destaques. Já no Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul foi o estado que mais contratou financiamento via ABC.

*Assessoria de Comunicação Social do Mapa
(61) 3218-3086 – 2203
Rayane Fernandes
rayane.lopes@agricultura.gov.br


05 ago 2015

Globo Rural apresenta os vencedores do Prêmio Fazenda Sustentável

* Da Revista Globo Rural Online
A Fazenda Tea Boa, em Guararapes (SP), vencedora da primeira edição do Prêmio Fazenda Sustentável, em 2014 (Foto: Marcelo Min/Ed. Globo)
A Fazenda Tea Boa, em Guararapes (SP), vencedora da primeira edição do Prêmio Fazenda Sustentável, em 2014 (Foto: Marcelo Min/Ed. Globo)

A revista GLOBO RURAL apresentou, na noite desta terça-feira (4/8), as três fazendas vencedoras do 2º Prêmio Fazenda Sustentável. A cerimônia aconteceu na sede da Editora Globo, em São Paulo.

Neste ano, as propriedades rurais puderam competir pelo índice geral de sustentabilidade [no ano passado, as fazendas foram eleitas por categorias: cultivos perenes, semi-perenes, pecuária e silvicultura]. Isso possibilitou que todos que investem em integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), por exemplo, participassem com todas as atividades da fazenda como culturas principais.

Ao todo, foram 124 participantes, de várias partes do país. Todos passaram por uma rigorosa análise, com base em metodologias científicas que medem o seu índice de ecoeficiência, social e financeiro. Dos 124 inscritos, 47 passaram para a segunda fase e 30 foram classificados para a terceira etapa.

Todo este processo foi feito e uma plataforma online. Na última fase do prêmio, que aconteceu durante os meses de maio e junho, as primeiras 10 fazendas da lista passaram por uma auditoria realizada por técnicos em sustentabilidade. As 10 fazendas finalistas classificadas ainda serão anunciadas.

Para eleger os vencedores, a organização do prêmio reuniu, no final do mês de junho, uma Comissão Julgadora que, de posse de informações detalhadas, gráficos, relatórios fotográficos e comentados por especialistas, elegeram as campeãs. Fizeram parte desta comissão o coordenador-geral nacional do Senar, Matheus Ferreira Pinto da Silva; Eduardo Pinheiro Cavalcanti, responsável pelo Programa de Agricultura da WWF/Brasil, e o vencedor do 1º Prêmio Fazenda Sustentável, o pecuarista José Luiz Niemeyer dos Santos, proprietário da Fazenda Terra Boa, de Guararapes (SP).

O 2º Prêmio Fazenda Sustentável é uma idealização da revista GLOBO RURAL e conta com a parceria do Rabobank e da Fundação Espaço ECO. O prêmio também contou com o apoio de divulgação do Sistema CNA/SENAR.


22 jul 2015

Seminário ABC Cerrado será realizado nesta quinta-feira (23) no DF

* Do Mapa

Ilpf

Evento objetiva estimular adoção de práticas agrícolas de baixa emissão de carbono

Produtores rurais do Distrito Federal poderão participar do Seminário ABC Cerrado, nesta quinta-feira (23). O evento é promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-DF) e com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O objetivo é incentivar à adoção de práticas sustentáveis indicadas pelo Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) para o Cerrado brasileiro.

Durante o seminário, serão abordados quatro processos tecnológicos do Plano ABC: Integração Lavoura-Pecuária e Floresta (iLPF), Recuperação de Pastagens Degradada (RPD), Sistema de Plantio Direto (SPD) e Florestas Plantadas (FP). Outro tema a ser abordado é o Cadastro Ambiental Rural (CAR).

O seminário começará às 8h e segue até às 18h, com intervalo para almoço, no auditório do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Sinuelo da Saudade, no PAD-DF.

Outras informações podem ser obtidas por meio do email depros.gab@agricultura.gov.br.

Projeto

O Projeto ABC Cerrado visa a capacitar produtores rurais e técnicos do bioma Cerrado nas tecnologias preconizadas pelo Plano ABC, a fim de aumentar a área produzida com a utilização de sistemas sustentáveis de produção e diminuir a pressão sobre as florestas nativas, contribuindo para a redução da emissão de gases de efeito estufa.

Até 2018, serão investidos US$ 10,62 milhões em recursos do Programa de Investimentos Florestais (FIP, na sigla em inglês), administrados pelo Banco Mundial, para realização de cursos sobre recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta, sistema plantio direto na palha e florestas plantadas a serem ministrados para produtores rurais do bioma Cerrado. Adicionalmente, o projeto prevê a formação de prestadores de assistência técnica nessas tecnologias para assessoria a produtores selecionados.