24 set 2015

Grupo Gestor realiza terceira reunião ordinária do Plano ABC Tocantins

*Do Seagro/TO
to mapa-tocantins-brasilPalmas/TO – Com objetivo de nivelar as informações e  apresentação dos avanços obtidos na redução de emissão de gás carbônico, integrantes do Grupo Gestor do Plano Agricultura de Baixo Carbono (ABC — Tocantins) realizaram a terceira reunião ordinária. O evento aconteceu na manhã desta quarta-feira (23), no auditório da Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), que faz parte do grupo gestor e coordena as ações do Plano no Tocantins.
As ações realizadas pelo Grupo Gestor do Plano ABC Tocantins serão apresentadas na reunião nacional do Plano ABC, que acontecerá nos dias 27 e 28 de outubro, em Brasília (DF). A finalidade é a captação de recursos, junto ao Banco Mundial e dar continuidade às ações do Plano ABC. O Grupo Gestor do Plano ABC Tocantins vem sendo desenvolvido desde 2011, e nesse período realizou ações como a divulgação de informações e realização de cursos de capacitação, instalação de 40 unidades de referências tecnológicas em 26 municípios tocantinenses, e a participação de 5.400 pessoas em diversos eventos técnicos.”O compromisso firmado pelo Tocantins é de recuperar 1,2 milhões de hectares de pastagens degradadas, até 2020″, afirma o engenheiro agrônomo Seagro e coordenador do Grupo Gestor, Fernando Fernandes Garcia.

Segundo o chefe de desenvolvimento agropecuário da Superintendência Federal da Agricultura (SFA) no Tocantins, Humberto Simão, o Tocantins é um dos estados que mais tem avançado em realização de ações para contribuir com o cumprimento da meta brasileira junto ao Banco Mundial, e a prova disso é que tem conseguido captar recursos. “Ano passado conseguimos trazer cerca de R$ 500 mil. Esse ano a perspectiva é captar recursos da ordem de R$ 1 milhão, para trabalhar com as ações do (ABC), e estamos otimistas graças ao trabalho realizado e aos avanços obtidos,” disse.

Durante a reunião teve palestras mostrando resultados apresentados em participações em diversos eventos realizados neste ano, como a reunião do Observatório do ABC (Brasília), do Encontro de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (Ilpf) Matopiba (Maranhão), Circuito Tecnológico de Grãos (Tocantins), Congresso Mundial de Ilpf, V Jornada Tecnológica Ilpf, além de ações desenvolvidas como o acompanhamento das Unidades (URT’s), o Projeto Especial ABC Cerrado (em andamento) a apresentação de novos projetos de captação de recursos, entre outros.

Participaram da reunião, representantes da Seagro, SFA, Instituto de Desenvolvimento Rural (Ruraltins), Embrapa, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento (Mapa).

ABC no Tocantins

Plano Agricultura de Baixo Carbono (ABC), o qual é composto por um conjunto de ações voltadas a reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na produção agropecuária, com metas estabelecidas até 2020 e parte da Política Nacional de Mudanças Climáticas e dos compromissos assumidos pelo Brasil na 15ª Conferência das Partes (COP-15), da Convenção do Clima.

Observatório ABC

O Observatório ABC é uma iniciativa voltada a engajar a sociedade no debate sobre a agricultura de baixo carbono. Coordenado pelo Centro de Estudo de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (GVAgro) e desenvolvido em parceria com o Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV (GVces), tem como foco a implementação do Grupo Gestor.


24 set 2015

Pecuaristas paraenses estudam Sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

ilpf_amazonia
Marabá/ Pará (24 de setembro de 2015) – Termina hoje, 24 de setembro, o curso sobre “Sistemas integrados e diversificados de produção agrícola sustentável”, promovido pela Embrapa Amazônia Oriental em parceria com pesquisadores do Projeto Biomas.

Nos dias 22 e 23, o curso aconteceu no auditório do Incra, em Marabá, com a presença de técnicos extensionistas, professores professores universitários e demais multiplicadores que atuem junto ao setor produtivo desta região de forte tradição na pecuária paraense.

Hoje, 24 de setembro, os participantes do curso visitarão a área experimental do Projeto Biomas, localizada na Fazenda Cristalina, há 100 quilômetros de Marabá, no Pará.

Na Fazenda Cristalina, os participantes do curso vão ver o experimento de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) implantado pelos pesquisadores do Projeto Biomas.

A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) é um sistema que reúne agricultura, pecuária e floresta, e alia a preservação ambiental com aumento da produção e viabilidade econômica da atividade agropecuária. Sua tecnologia visa à diversificação e integração dos diferentes sistemas produtivos, em uma mesma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou rotação, e com benefícios econômicos e ambientais para todas as atividades. O ILPF também está contemplado no Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono), política pública que incentiva ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas para a redução de emissão de gases de efeito estufa.

A Fazenda Cristalina reúne 22 iniciativas do projeto Biomas, que tem por objetivo principal a inserção da árvore nas propriedades rurais como alternativa aos sistemas produtivos e recuperação de áreas alteradas e degradadas.

O curso em Marabá é promovido pela Embrapa Amazônia Oriental em parceria com o Bando da Amazônia, Rede Fomento, Projeto Biomas e Incra.

Coordenação de Comunicação Digital da CNA, com informações da Embrapa Amazônia Oriental
Foto: Gustavo Fröner

amazonia-oriental.imprensa@embrapa.br
(91) 3276-0883
(61) 2109-1382
www.canaldoprodutor.com.br
www.projetobiomas.com.br


23 set 2015

Brasil tem tecnologia para reduzir emissões além da meta do Plano ABC

*Da EMBRAPA

gadoEstudo realizado pelo Projeto Observatório ABC (Agricultura de Baixo Carbono) revelou que o Brasil tem um potencial de mitigar a emissão de gases de efeito estufa nas atividades agropecuárias. Se apenas três tecnologias de mitigação geradas pela pesquisa e já disponíveis forem adotadas, o País potencialmente pode promover até 2023 uma redução mais de dez vezes maior do que a meta estipulada pelo Plano ABC do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O plano foi originalmente idealizado para recuperar 15 milhões de hectares degradados, mas poderia ser estendido a 60 milhões de hectares.

Se o País recuperar pastagens e promover integração lavoura-pecuária ou integração lavoura-pecuária-floresta, deixariam de ser lançadas na atmosfera 1,8 bilhão de toneladas de CO2 equivalente, que são todos os gases de efeito estufa produzidos na atividade medidos em comparação aos efeitos do gás carbônico. “Esse é um cálculo conservador, pois desconsidera outras tecnologias preconizadas pelo Plano ABC e abarca apenas os municípios brasileiros com pastagens degradas”, declara o pesquisador Eduardo Assad, da Embrapa Informática Agropecuária (SP) coordenador do estudo intitulado “Invertendo o sinal de carbono da agropecuária brasileira” do Observatório ABC.

Para chegar aos resultados, os pesquisadores estimaram as emissões da agropecuária brasileira caso não houvesse a adoção das tecnologias e usaram estimativas de crescimento do setor elaboradas pelo Mapa e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Nesse cenário hipotético, o Brasil chegaria a 2023 com um saldo de 3,62 bilhões de toneladas de CO2 equivalente. A boa notícia é que se somente as três tecnologias consideradas forem empregadas, todas as regiões brasileiras irão neutralizar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) no campo e ainda armazenariam um adicional de carbono no solo.

O trabalho considerou a pecuária bovina e sete culturas agrícolas: arroz, milho, trigo, cana-de-açúcar, feijão, algodão e pastagem. A pecuária é o maior emissor de GEEs e, entre as espécies agrícolas, a cultura do milho é a que mais produz esses gases seguida pela cana-de-açúcar, arroz, feijão e algodão. A soja, maior produto de exportação agrícola brasileiro, não apresentou emissões significativas por utilizar fixação biológica de nitrogênio (FBN) o que dispensa a aplicação de fertilizantes nitrogenados, principal fonte de emissão direta de GEE para essa lavoura.

Mais gado, menos gases

A mitigação promovida seria especialmente interessante no setor pecuário. Com a recuperação de pastos, de acordo com o documento, poderá haver um adicional de 0,75 unidade animal por hectare. Em 39 milhões de hectares, esse adicional será de 29,3 milhões de bovinos. “Essas cabeças adicionais teriam suas emissões neutralizadas e haveria ainda a vantagem de estocar mais carbono no sistema sem a abertura de novas áreas, é o chamado efeito poupa-terra”, explica Assad. Ou seja, tecnologias como a recuperação de pastagens, além de colaborar para a mitigação dos GEEs também permitem o aumento da produção.

Outra pesquisa da Embrapa mostrou que o Brasil pode dobrar a área de suas plantações de grãos, atualmente com 55 milhões de hectares, e aumentar a lotação de seus pastos sem precisar abrir novas áreas agrícolas. O salto produtivo tem sido observado em propriedades que adotaram técnicas de sistemas de produção que associam a criação de gado à agricultura conhecidos pela sigla ILP (integração lavoura-pecuária).

“A recuperação dessas áreas representará um salto econômico e social, pois atingirá milhares de famílias que vivem no campo”, aposta o pesquisador João Kluthcousky, da Embrapa Cerrados (DF). O pesquisador conta que a degradação veio do costume original do uso do campo no Brasil: o produtor abria a área para o gado, usava até exauri-la e depois abria outra área, e assim sucessivamente, deixando milhares de hectares de pastos degradados para trás.

Essa característica extrativista é típica do modelo de sistema extensivo de produção adotado na pecuária de corte brasileira, segundo lembra o entomologista José Raul Valério, pesquisador da Embrapa Gado de Corte (MS). Ele explica que as pastagens são a base da alimentação dos rebanhos e, por sua vez, são culturas de baixo valor por unidade de área, o que limita a adoção de medidas de correção e adubação do solo e até fitossanitárias. Assim, o produtor rural assemelha-se a um garimpeiro. “Após o desmatamento, a pastagem recém-aberta conta com a fertilidade natural do solo e raramente é adubada”, conta o pesquisador.

A pastagem degradada geralmente sofre com a presença de insetos-praga, possui terra descoberta ou com pouca cobertura vegetal e incidência de doenças e plantas invasoras. Todos esses sintomas, no entanto, são uma parte pequena frente ao quadro geral da degradação, o que levou o pesquisador a construir uma analogia com a figura de um iceberg. “Esses sintomas não são a essência do problema que está sob o nível do solo e, por isso, é menos visível”, pontua. O solo nesse estado é mais compactado (duro). Esse componente físico alia-se a fatores químicos como a baixa fertilidade e queda no vigor, na produtividade e na qualidade do solo. Valério acredita que mais do que gerar novas tecnologias, é necessário implementar as já existentes.

Por essas razões, os pesquisadores mostram que a recuperação dos pastos degradados, além de promover benefícios ambientais, pode dar um impulso importante à pecuária bovina. “A carne produzida a pasto no Brasil é majoritariamente oriunda de pastagens e muito pouco complementada por grãos, como na Europa e Estados Unidos, na qual a produção se dá primordialmente em confinamentos. Trata-se de uma carne que não oferece riscos à segurança alimentar, se vista pelo ângulo da competição com os humanos, e uma das mais baratas e competitivas do mundo”, afirma do pesquisador Manuel Macedo, da Embrapa Gado de Corte. Essa competitividade, segundo ele, já provoca reações do mercado mundial. “Há muita gente preocupada com nosso papel crescente nesse mercado mundial, no qual tem-se criado dificuldades por meio de barreiras sanitárias, por vezes exageradas, e outros óbices, como acusações de grandes emissões de gases do efeito estufa pela nossa pecuária, exagerado consumo de água, entre outros”, afirma Macedo que também defende a ampla transferência das tecnologias envolvidas na recuperação.

Integração lavoura-pecuária (ILP)

Em fazendas do oeste paulista e oeste paranaense, alternar dois anos de plantio de soja seguidos de dois anos de capim permitiu quintuplicar o número de animais no pasto. Além disso, o custo de produção por arroba caiu da faixa entre R$70 e R$100 para um valor entre R$30 e R$50. O segredo está na melhora da qualidade do pasto obtida pela alternância de espécies vegetais. Solos saudáveis produzem forrageiras de melhor qualidade nutricional e em maior volume. Ao se evitar a exaustão do solo a produção de soja também melhora. Vale ressaltar que a pesquisa obteve esses resultados com solos arenosos, um complicador relevante. “São solos considerados difíceis, mas que com o uso da tecnologia se tornam fáceis de manejar”, declara o pesquisador João Kluthcouski, da Embrapa Cerrados.

Um experimento realizado pela Embrapa Agropecuária Oeste (MS) na região conhecida como Bolsão Sul Mato-Grossense, que engloba 16 municípios, chegou a resultados surpreendentes. Os pesquisadores estimam que se fosse adotado um sistema de integração Lavoura Pecuária (ILP) nos moldes do sistema São Mateus, em apenas um terço da área disponível nessa região, que soma um milhão de hectares, haveria incrementos na produção da ordem de 15 milhões de sacos de soja e 12 milhões de arrobas de carne por ano, o que representaria um acréscimo anual superior a R$1,7 bilhão de reais para a região.

São Mateus é um sistema ILP que consiste na antecipação da correção química e física do solo e do cultivo da soja em plantio direto, no qual a o plantio se dá sobre a palha da cultura anterior. Ele reduz os custos de recuperação da pastagem.

Leguminosas no pasto

Plantar feijão guandu associado ao capim braquiária é ótimo para o solo, nutritivo para o animal e excelente para a produtividade. Foi o que demonstraram pesquisas realizadas pela Embrapa Pecuária Sudeste (SP), que recuperaram pastagens e promoveram ganho de peso médio de 51% por animal em comparação à situação anterior. O ganho de peso por hectare também foi maior por safra, 55% na primeira e 170% na segunda safra. A Embrapa desenvolveu a variedade Guandu BRS Mandarim, utilizada no experimento e que consiste numa opção viável aos pequenos produtores, por seu baixo custo de produção e fácil manejo. O guandu ainda serve de alimento ao gado na estação seca.

Além dessas vantagens, o guandu promove a chamada adubação verde. “Por ser uma leguminosa, o guandu fixa nitrogênio nas raízes. Assim, o produtor recupera o pasto sem usar adubação nitrogenada. É uma maneira eficiente e prática de recuperar uma pastagem, gastando menos”, ressalta o pesquisador Rodolfo Godoy, da Embrapa Pecuária Sudeste.

Régua de manejo de pastagem

Saber o momento ideal para colocar ou retirar o gado no pasto sempre foi um problema para os produtores. Para facilitar na tomada de decisão, a Embrapa desenvolveu a régua de manejo de pastagem. Trata-se de um bastão graduado indicando o momento de introduzir ou retirar animais do pasto de acordo com a altura do capim. A graduação varia de acordo com a espécie de forrageira. “O manejo correto varia em função da espécie de capim, da lotação e da época do ano, por isso é um desafio para o pecuarista”, explica o zootecnista Haroldo Pires de Queiroz, um dos idealizadores da ferramenta.

No pastejo contínuo, a régua mostra se é preciso aumentar ou diminuir a taxa de lotação no campo. No rotacionado, a ferramenta indica quando deve ocorrer a entrada e a retirada de animais. A taxa de lotação mais adequada corresponde àquela que permitir o consumo de toda a forragem entre as alturas de entrada e saída, em um período de um a sete dias.

“Dos 200 milhões de hectares que temos de pastagens no Brasil, 60 a 70 milhões apresentam-se degradados e o superpastejo, quantidade excessiva de animais na área, é o grande responsável por isso”, ressalta Queiroz. Cada capim possui suas características de manejo e o instrumento considera tais características.

*Da Embrapa
Texto: Fabio Reynol (MTb 30.269/SP)
Foto: Danilo de Paula Moreira
Secretaria de Comunicação Embrapa
secom.imprensa@embrapa.br
Dalizia Aguiar (MTb 20/03/14/MS)
Embrapa Gado de Corte
gado-de-corte.imprensa@embrapa.br
Telefone: (67) 3368-2144


15 set 2015

Produtores se tornam mobilizadores sustentáveis

*Do SENAR/GO

b_0_0_0_10_images_noticias_2015_Setembro_-_09_É_preciso_aproveitar_as_novidades_do_mercado_disse_o_produtor_Feliciano_Neto._Foto-Fred (1)

Recebendo mais uma etapa do Seminário ABC Cerrado, onde produtores rurais foram sensibilizados sobre a importância da adoção de práticas sustentáveis na agricultura, o município de Morrinhos foi palco de uma transformação. Ao final da palestra, que aconteceu na última sexta-feira (11), não haviam produtores no Sindicato Rural (SR) da cidade, e sim mobilizadores da agricultura sustentável. A iniciativa faz parte de uma parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (SENAR Goiás).

O Seminário faz parte do Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) que foi dividido em três etapas. A primeira acontece este mês, onde 15 municípios goianos estão recebendo palestras de sensibilização. Em seguida, será realizada uma série de capacitações em que o SENAR Goiás executará os cursos referentes às tecnologias de Sistema Plantio Direto (SPD), Recuperação de Pastagens Degradadas (RPD), Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) e Floresta Plantada (FP). Após as duas primeiras etapas, serão realizadas as assistências técnicas aos produtores que queiram implementar as tecnologias em suas propriedades.

b_0_0_0_10_images_noticias_2015_Setembro_-_09_Produtores_rurais_goianos_vêm_aderindo_às_quatro_tecnologias_oferecidas_disse_a_técnica_da_

Fernanda Mara Cunha Freitas, técnica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Arroz e Feijão, diz que os produtores rurais goianos têm se sensibilizado e vêm aderindo às quatro tecnologias oferecidas. Segundo ela, não se trata apenas de função ambiental e sim, econômica, de agregar valor e aumentar a renda nas propriedades. “A gente viu que há um interesse muito forte pela tecnologia Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), por ser uma tecnologia que otimiza o uso da terra. Você ao invés de fazer um cultivo, pode fazer três safras dentro de uma mesma propriedade ou área. E a questão da Recuperação de Pastagens Degradadas (RPD), que hoje se fala a nível de Goiás, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em torno de 60% a 80%, dá para melhorar de forma satisfatória para o produtor”, explicou Mara.

b_0_0_0_10_images_noticias_2015_Setembro_-_09_Para_o_produtor_rural_Darli_Rosa_tudo_que_se_aprende_de_bom_tem_utilidade_principalmente_co

O produtor rural Darli Rosa, que participou do Seminário, elogiou a iniciativa do SENAR Goiás. Segundo ele, tudo que se aprende de bom tem utilidade. “Principalmente coisas ligadas à natureza que é quem dá o sustento e com isso, a pessoa vive mais feliz”. Já para Feliciano Neto, pecuarista e produtor de cana-de-açucar, que também esteve presente no Seminário, é preciso aproveitar novidades do mercado. De acordo com ele, o projeto tem tudo pra dar certo, basta abraçar a causa. “Nessa questão, da emissão de carbono tem que fazer uma força tarefa de vários setores. Precisamos nos profissionalizar mais. É muito importante esse apoio técnico que teremos do SENAR Goiás”.

b_0_0_0_10_images_noticias_2015_Setembro_-_09_O_principal_ator_nessa_redução_é_o_próprio_produtor_rural_disse_assessor_técnico_do_Senar_C

Conforme o assessor técnico do departamento de Educação e Promoção do SENAR Central, Rafael Diego Nascimento, palestrante no Seminário ABC do Cerrado, existe uma grande ação de política pública inserida no Plano Nacional de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, onde o governo, de forma voluntária estipulou uma meta de diminuir a emissão dos gases do efeito estufa em 2% até 2020. Nesse sentido, até 2017, finaliza o investimento do Banco Mundial na quantia de US$ 10,62 milhões provenientes do FIP, para o bioma Cerrado. Segundo Rafael, o principal ator nessa redução é o próprio produtor rural. Por isso SENAR, Embrapa, Mapa e Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), através dos sindicatos rurais, trabalham na mobilização nos municípios.

Para Nascimento, o grande diferencial das qualificações é o fato dos técnicos do SENAR Goiás serem bastante qualificados, o que vem de encontro com a maior demanda de mercado dos produtores: a falta de técnico especializado nessas tecnologias ofertadas pelo ABC Cerrado.

Esta semana, Itaberaí, Jussara, Caiapônia, Mineiros, Rio Verde e Quirinópolis receberão o projeto. O produtor interessado em participar das atividades deve procurar o Sindicato Rural (SR) de sua cidade.


15 set 2015

Agricultura de Baixa Emissão de Carbono é tema de Seminário em Uberaba

*Do SENAR/MG

15.09.15

Promovido pelo SENAR Minas em parceria com o Ministério da Agricultura, Embrapa e o Sindicato dos Produtores Rurais de Uberaba, o Projeto ABC Cerrado tem como objetivo capacitar produtores rurais e técnicos do bioma cerrado nas tecnologias preconizadas pelo Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono – Plano ABC. Ele visa aumentar a área produzida sob sistemas sustentáveis de produção agropecuária e diminuir a pressão sobre as florestas nativas, contribuindo para a redução da emissão de gases de efeito estufa. Para isto, promove a adoção de quatro tecnologias: a recuperação de pastagens degradadas; integração lavoura-pecuária-floresta; plantio direto, e florestas plantadas. O projeto está estruturado em três etapas: seminários de sensibilização; capacitação de produtores e técnicos, e assistência técnica a produtores rurais.

Para informar os produtores sobre o assunto, o ABC Cerrado está promovendo os seminários de sensibilização, que visam apresentar o projeto aos produtores e explicar suas vantagens. Na região do Triangulo Mineiro e Alto Paranaíba, o evento será realizado em Uberaba, no dia 15 de setembro, a partir das 13h no Sindicato dos Produtores Rurais de Uberaba (Rua Manoel Brandão, 160 – Bairro Mercês).

A intenção é disseminar práticas de agricultura de baixa emissão de carbono e sensibilizar o produtor para que ele invista na sua propriedade, de forma a ter retorno econômico, preservando o meio ambiente do bioma cerrado, com redução das emissões de gases de efeito estufa, tornando a agropecuária menos impactante ao clima. O participante do Seminário ABC Cerrado também receberá informações sobre as linhas de créditos específicas do governo para o projeto.