* Do SENAR
Território pequeno, mas com grande potencial produtivo, o Distrito Federal poderá aumentar ainda mais os seus índices de produtividade – especialmente de grãos – com a utilização das tecnologias previstas no Projeto ABC Cerrado. Essa foi a principal conclusão do segundo seminário de sensibilização do ABC Cerrado realizado na região. O evento aconteceu nesta quarta-feira (21/10), na sede do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), em Brasília, e contou com a presença do presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Conselho Deliberativo doSENAR, João Martins, do secretário executivo do SENAR, Daniel Carrara, e do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (FAPE-DF), Renato Simplício, participaram da abertura do encontro.
“O ABC Cerrado é muito importante para essa região porque as terras são escassas e precisamos motivar o produtor para produzir mais na mesma área. A integração das tecnologias difundidas no projeto é fundamental nesse processo”, ressalta o assessor técnico do SENAR, Rafael Nascimento da Costa, responsável pela apresentação do ABC Cerrado para os participantes do encontro.
As quatro práticas incentivadas pela iniciativa são Sistema Plantio Direto (SPD), Recuperação de Pastagens, Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) e Floresta Plantada (FP). Na opinião do assessor do SENAR, o plantio direto – que prevê a rotação de culturas, a conservação do solo e da água, a cobertura da terra e o manejo integrado de pragas – e a ILPF são as técnicas com maior potencial de expansão na região.
O seminário também abordou a desmistificação dos conceitos e a aplicabilidade das tecnologias de baixa emissão de carbono. O pesquisador da Embrapa, Paulo Campos Christo Fernandes, e o coordenador de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos do Ministério da Agricultura (Mapa), Elvison Nunes Ramos, foram os outros palestrantes.
Segundo o gerente técnico do ABC Cerrado no Distrito Federal, Anderson Assunção Vieira, a adesão ao projeto vem crescendo gradualmente e a meta de capacitar 500 produtores rurais e técnicos deve ser cumprida até o final do ano. Outros dois seminários devem ocorrer ainda em 2015. “A sensibilidade do público está crescendo a cada dia. Já temos propriedades com interesse em fazer os treinamentos. O projeto ABC Cerrado é uma das nossas ações mais importantes nesse momento. Estamos levando as tecnologias disponíveis no mercado para os produtores e também vamos melhorar a questão ambiental”.
Aceitação na região
A médica veterinária, estudante de Agronomia e filha de produtor rural, Andreia Pagnussatt, já trabalhou na elaboração de projetos de agricultura de baixa emissão de carbono e acredita que iniciativas como o ABC Cerrado ajudam a mostrar que a agropecuária é uma atividade viável e com pouco impacto ambiental. Ela conta que o plantio direto é utilizado no cultivo de milho, feijão e soja na propriedade da família, em Planaltina de Goiás, há 15 anos. O próximo passo é investir em florestas plantadas.
“O plantio direto faz a cobertura das pastagens, aumenta a matéria orgânica e a umidade do solo, protege a terra dos raios solares e melhora a descompactação do solo. Também pretendemos plantar eucalipto para a construção de armazéns e para utilizar no secador de grãos”.
Avelino de Oliveira Ramos, pequeno produtor de aves e suínos em Brazlândia (DF), disse que conheceu os conceitos de ABC no curso técnico em Meio Ambiente, que ele cursa atualmente. Agora, ele pretende recuperar as pastagens da fazenda do primo. “Ele gastou aproximadamente R$ 20 mil para tratar o pasto há quatro anos e está tudo voltando ao nível de degradação anterior. Quero me aprofundar para ajudar a cuidar dessa área e a implantar florestas de eucalipto na propriedade”, declara.
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