01 jun 2016

Plano da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono financia R$ 12,5 bilhões desde 2010

*Por Gazeta do Povo

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O Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) financiou contratos no total de R$ 12,5 bilhões desde o seu lançamento, em julho de 2010, até abril deste ano. Esse montante corresponde a 61% dos R$ 20,5 bilhões programados até julho de 2016 para crédito por meio do ABC. Segundo o coordenador de Sistemas de Produção e Sustentabilidade, Elvison Ramos, os R$ 12,5 bilhões financiaram 27,5 mil contratos em todo o país nesse período. O valor médio dos contratos é de R$ 454 mil por produtor. A área brasileira ocupada com tecnologias do ABC soma 4,3 milhões de hectares. O plano tem o objetivo de organizar e planejar ações voltadas à adoção de técnicas sustentáveis de produção, a fim de contribuir para a redução de emissão de gases de efeito estufa (GEE) no setor agropecuário.

Financiamento

As linhas de crédito mais procuradas são as de recuperação de pastagens degradadas (RPD), sistema plantio direto (SPD), florestas plantadas (FP) e integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF). O ABC também tem financiamento para sistemas agroflorestais, junto com a ILPF, tratamento de dejetos animais e fixação biológica de nitrogênio.
“O Centro-Oeste, com R$ 3,2 bilhões, é a região com maior volume de crédito investido em tecnologias do ABC, entre janeiro de 2013 e abril deste ano. Depois, aparecem o Sudeste, com R$ 2,8 bilhões; o Norte, com R$ 972 milhões; o Sul, com R$ 963,2 milhões; e o Nordeste, com R$ 826,3 milhões”, afirma Ramos.

Entre os estados, o maior tomador de financiamento do ABC é Minas Gerais, com R$ 1,6 bilhão. Em seguida, aparece Goiás, com R$ 1,3 bi. São Paulo, com R$ 1,2 bi, é o terceiro. Mato Grosso do Sul, com R$ 974,3 milhões, é o quarto, e Mato Grosso, com R$ 899,4 milhões, o quinto. Atualmente, 21 estados têm planos ABC locais.

Na avaliação de Ramos, o plano vem desempenhando um papel importante no contexto da adoção de práticas e sistemas sustentáveis.