* Da ABCS
O primeiro Fórum sobre Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono realizado nesta terça-feira (24), foi sucesso de público. Cerca de 70 pessoas lotaram o auditório do Sicredi Aliança PR/SP, em Marechal Cândido Rondon, no Paraná. A ação é realizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).
Com o objetivando de sensibilizar a cadeia produtiva de carne suína para o uso de tecnologias que reduzam a emissão de carbono e propiciem maior sustentabilidade às atividades da suinocultura, o evento contou com palestras sobre o Plano ABC e o Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono; tecnologias de produção mais limpa; geração de renda a partir dos dejetos; viabilidade econômica para tecnologias de baixa emissão de carbono; e oportunidades de financiamento.
Marcelo Lopes, presidente da ABCS, enfatizou que o evento em Marechal Cândido Rondon foi o primeiro passo para o desenvolvimento de um modelo produtivo sustentável e eficiente. “A produção com baixa emissão de carbono é um modelo a ser seguido não apenas pela suinocultura como também por outras cadeias de produção de proteína animal. Assim, queremos divulgar e promover os benefícios da baixa emissão de carbono, tornando a suinocultura brasileira ainda mais capacitada e de qualidade”.
Entre os temas abordados no evento, o consultor do Mapa Cleandro Pazinato Dias falou sobre o uso racional de água e ração na produção de suínos. “São práticas relativamente simples que consistem em otimizar o uso desses insumos na produção de suínos. Os produtores têm se engajado nesse tipo de movimento, mas ainda há oportunidades de difundir e aproveitar ainda mais as técnicas disponíveis”, disse.
O produtor Edison Schneider foi um dos participantes do Fórum e contou sua experiência com a utilização do biodigestor, uma espécie de central tecnológica que acelera o processo de decomposição da matéria orgânica e otimiza os produtos resultantes desse processo. “Já utilizo a técnica há oito anos e com apenas três anos de aplicação consegui pagar o custo de investimento. O biodigestor trouxe vários benefícios para a minha produção, como redução de custos com adubo para plantas e a utilização do gás resultante do processo para o aquecimento de todos os leitores nas creches e para secagem de grãos. Acredito que hoje estamos adequados naquilo que a suinocultura exige, com uma produção ambientalmente e economicamente viável”, conta.
O Fórum sobre Suinocultura de Baixo Carbono faz parte do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono e atende o Protocolo de Intenções celebrado entre o setor suinícola e o Mapa. A ação também conta com o apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e da Embrapa Suínos e Aves.