No próximo dia 27, às 9h30, na Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Observatório ABC lançará dois estudos que analisam a estratégia brasileira para a Agricultura de Baixo Carbono (ABC). Trata-se dos estudos “Impactos Econômicos e Ambientais do Plano ABC”, primeiro trabalho a mensurar os custos econômicos e os benefícios ambientais para a implantação do Plano ABC, e “Análise dos Recursos do Programa ABC”, uma atualização da contratação pelos produtores rurais desta linha de crédito para agricultura de baixo carbono no ano-safra 2016/17. Estes estudos oferecem contribuições para o Brasil potencializar suas metas de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) do setor agrícola.
O estudo “Impactos Econômicos e Ambientais do Plano ABC” desenvolveu um modelo econômico-ambiental capaz de simular os efeitos da implementação das metas do Plano ABC até 2020 para recuperar 15 milhões de hectares (Mha) de pastagens degradas e expandir o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF) em 4 Mha, duas das metas do Plano de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC). Além disso, estima as emissões GEE conseguidas ao final das implantações. Os resultados que serão apresentados constatam que os custos econômicos são menores do que o previsto pelo governo federal.
“Esses dados são cruciais para o planejamento e o monitoramento dessa importante política pública. Queremos mostrar como o Brasil desperdiça seu potencial de mudança quando subutiliza ou perde o foco em suas estratégias já desenhadas, mas que precisam de uma atenção especial”, afirma Angelo Gurgel, coordenador do Observatório da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Observatório ABC).
Já o estudo “Análise dos Recursos do Programa ABC”, apresenta um acompanhamento e monitoramento do Programa ABC, além dos dados por linha de financiamento, base estadual e fonte dos recursos desembolsados. O estudo ainda traz um histórico do programa e uma análise de seu papel para o atingimento das metas de redução de emissões nacionais. O principal resultado mostra que o Programa ABC vem perdendo força, tanto do ponto de vista do total disponibilizado pelo governo federal quanto do total efetivamente contratado pelos produtores rurais no campo.
“No evento, apresentaremos uma série de recomendações para o fomento do Programa ABC entre os produtores rurais, objetivando o entendimento deles sobre os benefícios da agricultura de baixo carbono para sua atividade. Além disso, incentivamos a expansão das tecnologias do Plano ABC na agropecuária brasileira, contribuindo para a sustentabilidade do setor e segurança alimentar futura da sociedade”, finaliza Gurgel.
Além da apresentação dos estudos, o evento contará com abertura do ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, coordenador do GVagro e um debate entre especialistas do agronegócio. Entre eles, Celso Manzatto, responsável técnico da Plataforma ABC da Embrapa, André Nassar, diretor de Estratégia e Novos Negócios do Agroicone e Pedro Alves Correa Neto, diretor do Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e da Produção Sustentável do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
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