Por Embrapa Pecuária Sudeste*
O manejo de pastagens tropicais para recuperação de solos e na produção intensiva de leite foi o destaque da visita de uma delegação de colombianos à Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos – SP). Eles participaram de um dia de campo sobre o sistema de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) e pecuária de leite, na última sexta-feira (5 de maio).
O grupo foi recebido pelo chefe adjunto de Transferência de Tecnologia, André Novo e pelo pesquisador e articulador internacional, Alberto Bernardi. Eles conduziram a visita aos sistemas integrados nas unidades demonstrativas de ILPF, do Guandu BRS Mandarim e sistema de produção de leite.
Formada por técnicos, pecuaristas, produtores, veterinários, engenheiros, administradores, zootecnistas e negociadores de comércio exterior, a delegação colombiana veio ao Brasil para conhecer as novidades da agropecuária. A agenda também incluiu a visita a dois importantes eventos, a Expozebu (Uberaba – MG) e a Agrishow (Ribeirão Preto – SP), além da Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás – GO).
Para o importador de sementes Luis Jaramillo – organizador da visita – “o objetivo foi conhecer as diferentes alternativas que podem ser oferecidas aos produtores para recuperação de solos degradados, muito comuns na Colômbia. Além disso, foram buscadas alternativas com leguminosas como o Guandu BRS Mandarim e para a parte florestal”.
Angela Castillo, técnica que trabalha numa empresa de calcário, ficou impressionada com algumas características da área de ILPF. “Aqui podemos ver que o solo não se degrada tanto, é um solo que está vivo, por sua cor escura e pela qualidade do milho. É um solo biologicamente mais ativo”, comentou.
A força das parcerias
A Rede de Fomento ILPF é uma parceria público-privada entre as empresas Dow AgroScience, John Deere, Parker, Syngenta, Cocamar e a Embrapa, cujo objetivo é acelerar a adoção dos sistemas de integração lavoura-pecuária floresta pelos produtores rurais, para a intensificação sustentável da Agricultura Brasileira.
A Rede, co-financiada pelas empresas privadas e pela Embrapa, apoia 97 Unidades de Referência Tecnológica distribuídas em todos os biomas brasileiros, envolvendo a participação de 19 Centros de Pesquisa da Embrapa.
Já a UNIPASTO é uma associação composta por empresas e produtores de sementes de forrageiras, com o objetivo de apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de novas cultivares de forrageiras tropicais.
Para isso, oferece suporte financeiro e logístico ao programa de melhoramento e avaliação de forrageiras de algumas Unidades da Embrapa: Acre (Rio Branco – AC), Cerrados (Planaltina – DF), Gado de Corte (Campo Grande – MS), Gado de Leite (Juiz de Fora – MG) e Pecuária Sudeste.
Para André Novo, a visita dos colombianos “demonstra o sucesso do trabalho dessas associações e da própria Embrapa, além de reforçar a importância das parcerias. O alcance e o interesse pelas novas tecnologias desenvolvidas no Brasil revelam o avanço e o esforço na busca por uma agropecuária mais precisa e sustentável em países latino-americanos e no mundo”.