07 out 2016

Ministério da Agricultura leva fórum sobre Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono ao Paraná

Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono*

Convite Fórum Suinocultura Pork Expo
Alternativas para o aproveitamento econômico dos dejetos serão apresentadas na PorkExpo. Essa é a décima edição do Fórum que já capacitou mais de 1.100 suinocultores no País

O estado do Paraná está entre os cinco maiores produtores de carne suína do Brasil. Uma das alternativas de rentabilidade e sustentabilidade é trabalhar com os dejetos dos animais e reaproveitar os milhões de metros cúbicos de rejeitos acumulados no estado. Os produtores rurais podem melhorar a qualidade do ar, do solo e da água, e gerar energia e biofertilizantes ao tratar os resíduos dos animais.

Experiências sobre uma produção mais sustentável e rentável na suinocultura serão apresentadas pelos integrantes do projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono na PorkExpo, em Foz do Iguaçu, no próximo dia 18 de outubro às 08h30 (Hotel Recanto Cataratas Resort & Convention, Sala 2). Temas como viabilidade econômica, tecnologias de produção mais limpa na suinocultura, Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC), casos de sucesso e linhas de crédito estão entre os assuntos a serem apresentados pelos palestrantes.

Os consultores do projeto percorreram o País em busca dos bons modelos de tratamento de dejetos animais, tecnologia preconizada pelo Plano ABC, e em seguida realizaram a avaliação econômica dos mesmos. O resultado dessa pesquisa está sendo propagado nos fóruns. O objetivo do evento é sensibilizar os envolvidos na cadeia de produção de carne suína para o uso de tecnologias que reduzam a emissão de carbono e propiciem maior sustentabilidade às atividades, além de divulgar e promover os benefícios da produção com baixa emissão de carbono.

9ª Edição: Dourados/MS

A última edição do Fórum foi realizada no dia 16 de setembro, no município de Dourados, Mato Grosso do Sul. Cerca de 100 participantes, em sua grande maioria suinocultores da região, tiveram a oportunidade de receber informações sobre o reaproveitamento dos dejetos animais. O encontro foi no auditório do Sindicato Rural de Dourados, no Parque de Exposições.

Atualmente, segundo os profissionais, a renda que o produtor pode conseguir ao realizar o tratamento dos resíduos dos animais é significativa, e consequentemente traz a possibilidade de mitigar os impactos ambientais, além de aumentar a oferta de biogás e reduzir os custos de produção, de fertilizantes industrializados e da emissão de gás metano (CH4) e de outros Gases de Efeito Estufa (GEE).

Luiz Carlos Alfredo, que está na atividade há cinco anos, costuma pensar na sustentabilidade e na economia de energia de sua propriedade. Atualmente, utiliza os dejetos dos animais para fazer a fertirrigação. “As palestras apresentadas aqui no fórum foram muito boas para aprender mais sobre a questão do reaproveitamento dos resíduos dos animais, principalmente sobre o uso do biodigestor e os pontos sobre o consumo de energia que podemos gerar. Vou analisar as possibilidades e pretendo aplicar na minha propriedade”, diz.

Para o produtor de suínos Tarcilo Bernardo, o fórum traz pontos importantes para a realidade da suinocultura, pois amplia os conhecimentos na atividade ao economizar na questão energética e aplicar na rotina da fazenda. Bernardo possui um biodigestor e destaca que o investimento nessa área auxilia de forma econômica e ambiental. “Hoje tenho um pequeno biodigestor que uso para aquecer os leitões, mas pretendo ampliar a produção de biogás com a instalação de mais um biodigestor. Dessa forma, evito forno e lenha. O que vi hoje aqui no fórum já quero utilizar para a minha realidade”, pontua.

Balanço

O Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono já alcançou diretamente mais de 1.100 participantes presentes nos fóruns. A partir das palestras, produtores começaram a repensar o modelo de produção nas fazendas por meio do aproveitamento econômico dos dejetos. O que antes era considerado um problema, hoje se tornou uma solução. Para auxiliar os produtores, o Ministério da Agricultura também lançou cartilhas com informações sobre as alternativas sustentáveis e viáveis em relação ao tratamento de dejetos.

As ações de difusão tecnológica fazem parte do projeto que é coordenado pelo MAPA com o apoio da Embrapa Suínos e Aves, do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).


01 dez 2015

Fórum Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono mostra os benefícios de investir no tratamento dos dejetos animais

*Fonte: Assessoria do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono

 O primeiro evento aconteceu no município de Marechal Cândido Rondon, no Paraná, e levou cerca de 70 pessoas para o auditório da Sicredi Aliança PR/SP

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A equipe do projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono realizou o primeiro fórum com o intuito de destacar a importância do reaproveitamento dos dejetos animais por possibilitar uma produção mais rentável e sustentável. Os produtores do oeste paranaense tiveram a oportunidade de conhecer, no dia 24 de novembro, as vantagens que existem ao adotar as tecnologias para o reaproveitamento dos dejetos na suinocultura.

Na ocasião, o fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Sidney Medeiros, iniciou o fórum mostrando os principais pontos do Plano ABC e do projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono.

“O Plano ABC é o compromisso da agricultura brasileira com a redução de emissões dos gases de efeito estufa. Por meio do Plano pretendemos fazer com que produtores rurais do Brasil todo adotem tecnologias de baixa emissão de carbono, como o tratamento dos dejetos animais”, destacou Medeiros.

Na seqüência, o consultor do projeto Cleandro Pazinato Dias destacou as tecnologias de produção mais limpa na suinocultura brasileira. O tema “Geração de renda a partir dos dejetos da suinocultura: biofertilizante, biogás e energia elétrica” foi abordado pelo consultor Fabiano Coser.

“O aproveitamento econômico dos resíduos na produção de suínos é importante, hoje existem tecnologias que permitem total economia tanto dos efluentes, seja na forma de biofertilizante líquido ou sólido, além da tecnologia para a utilização desses efluentes por meio da biodigestão com a produção do biogás e a transformação em energia térmica e elétrica. Realmente, fecha-se um ciclo com o aproveitamento econômico desses resíduos”, destaca Coser.

O pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Paulo Armando Victória de Oliveira, falou sobre a gestão da água, ponto importante na produção de suínos. Ele mostrou os trabalhos desenvolvidos no estado de Santa Catarina. Além disso, ressaltou a compostagem e a produção de biogás utilizando os biodigestores ao mostrar o lado técnico e econômico, a necessidade da utilização e onde se aplica de acordo com o tamanho da propriedade.

Por fim, o engenheiro agrícola do Banco do Brasil, Leandro Capuzzo, destacou as oportunidades de financiamento e as linhas de crédito para as tecnologias de baixa emissão de carbono.

O produtor rural Edison Schneider possui um biodigestor em sua propriedade há oito anos e disse que o Fórum complementa a sua atividade ao participar das palestras e conhecer as novas tecnologias. “Vale apena investir nos dejetos animais, esse processo beneficia tudo na minha produção, sendo muito mais viável economicamente (em três anos ele conseguiu cobrir o investimento) e ambientalmente”, destaca.

O Fórum Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono é uma realização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e conta com o apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), da Embrapa Suínos e Aves e da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).

O segundo Fórum será realizado na capital mineira, Belo Horizonte, no dia 14 de dezembro, na Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais- ASEMG.

Uma visita à Usina Hidrelétrica de Itaipu e ao Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás)

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A comitiva do Projeto teve a oportunidade de conhecer o CIBIogás e visitar o Parque Hidrelétrico de Itaipu (PTI) durante a visita ao estado do Paraná.

A CIBiogás é uma instituição científica que atua em prol do desenvolvimento sustentável por meio das energias renováveis, focando no estudo, na utilização e na criação de projetos voltados para o  biogás.

A origem do centro remete à Usina Hidrelétrica de Itaipu pela necessidade de estudar os tipos de energias renováveis para sanar problemas de poluição na sua barragem, devido a dejetos animais despejados inadequadamente por algumas propriedades rurais do Oeste do Paraná. Atualmente, o centro é independente e conta com 17 instituições que atuam direta e indiretamente em projetos de energias renováveis.

Na ocasião, o engenheiro ambiental Luiz Thiago destacou a história e os números do Centro. Ele apresentou o posto para abastecer os carros movidos a biometano, uma novidade no setor, considerado um gás natural, não poluente e originário dos resíduos animais.

O centro conta com 11 unidades demonstrativas voltadas para a produção do biogás, com foco nos pequenos e médios produtores rurais e em cooperativas do Oeste do Paraná.  Além disso, o centro iniciou, este ano, a expansão das atividades para o exterior ao iniciar a implantação da primeira unidade internacional de demonstração, no país vizinho sul-americano, Uruguai.

O Condomínio de Agroenergia para Agricultura Familiar Ajuricaba

Dentre as unidades demonstrativas está o condomínio Ajuricaba. É um projeto inovador que possibilita uma nova visão de trabalhar em equipe por meio do biogás. Uma área agrícola composta por 33 produtores rurais gera energia por meio de dejetos animais e resíduos agrícolas. O intuito do projeto é tratar o dejeto de forma descentralizada dos produtores, cada um produz biogás, que passa por um gasoduto e chega até uma central com um volume maior de gás. O modelo está sendo replicado para outras regiões, como Itapiranda (Santa Catarina) e em San Jose, Uruguai.

*Fonte: Assessoria do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono
(61) 8598-6889
imprensasuinosABC@gmail.com


19 nov 2015

Pesquisa destaca a necessidade do uso racional da água na suinocultura

*Do Ministério da Agricultura

Consultor do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, o médico veterinário Cleandro Pazinato Dias avaliou a importância do uso racional da água, da ração e das soluções tecnológicas para o tratamento dos dejetos na suinocultura. Essas informações serão disponibilizadas ao público por meio dos Fóruns sobre Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, que ser realizarão nas principais regiões produtoras do Brasil:

  • 24 de novembro, em Marechal Cândido Rondon / Paraná
  • 07 de dezembro, em Belo Horizonte / Minas Gerais

“Os avanços no déficit de água no mundo, as alterações climáticas, o aumento de demanda humana e agrícola, a poluição e os custos com o tratamento exigem uma nova postura no uso da água. A aplicação de controle na demanda da água é imprescindível e urgente para manter a atividade de produção animal de forma sustentável”, destaca Cleandro.

Ele cita que a utilização excessiva da água traz consequências negativas, pois, aumenta a quantidade de resíduos (água residuária) e a dispersão da matéria orgânica nos efluentes. Dessa forma, tem como consequência uma menor produção de biogás e aumento do custo de tratamento dos dejetos e uso de recursos hídricos.

“Conhecer o volume gasto de água na produção de suínos é importante para que produtores e técnicos possam avaliar se o consumo de água da propriedade está dentro de padrões normais estabelecidos”, ressalta.

Para ele, um dos maiores problemas associados com o consumo de água na suinocultura é o desperdício. O aumento do consumo de água pela granja nem sempre é devido à maior ingestão pelo animal, mas sim pelo desperdício nas propriedades por causa do manejo e tipo de bebedouros. “Além disso, tem a altura, a má localização e funcionamento, ângulo inadequado de instalação dos equipamentos, entre outros”.

Um ponto destacado no trabalho é a captação da água da chuva e uso de cisternas na suinocultura. Uma prática recomendável é a utilização de sistemas para coleta de água por meio da captação via telhado e escoamento da água por meio de calhas, passando por filtros antes da armazenagem em cisternas.

“No uso da água da chuva para limpeza das instalações, não deve existir uma grande preocupação com a qualidade da mesma, o simples descarte das primeiras chuvas e o uso de um sistema simplificado de filtragem para retirada dos sólidos grosseiros já compreendem um manejo adequado”, cita.

Apesar disso, ele destaca que quando se pretende usar a água para dessedentação dos animais é importante garantir a qualidade dela por meio de filtragens com a retirada do material grosseiros e de matéria orgânica. Nesse processo, a cisterna deve ser mantida limpa, sem penetração de raios solares e sem entradas de qualquer material ou tipo de água que não seja captada pelo telhado. As análises da qualidade da água devem ser feitas com frequência.

Por fim, destaca o reuso da água na limpeza das instalações, um processo cada vez mais utilizado na suinocultura brasileira. É um método que permite reaproveitar parte da água que seria eliminada pelo processo final de tratamento dos dejetos. A forma de utilizar a água seria apenas para a limpeza das instalações do próprio sistema de escoamento de dejetos da granja, como no sistema de flushing dos pavilhões.

“De forma prática, com o reuso da água estima-se que podemos economizar até 20% do volume de água utilizada na unidade de produção. Não devemos utilizar esta água para a dessedentação dos animais, por esta razão é necessária uma rede hidráulica específica para esta finalidade”, destaca.

Sistema de captação da água da chuva instalado no telhado de uma granja de suínos

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Fonte: Projeto Suinocultura de Baixo Carbono – Granja Pizzato/SC

Sistema de captação da água da chuva, filtros e cisterna

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Fonte: Projeto Suinocultura de Baixo Carbono – Granja Thomazzoni / SC

Sistema de captação de água da lagoa de dejetos
Este método utiliza a água residual oriunda do próprio tratamento de dejetos com a finalidade de utilizá-la exclusivamente no sistema de limpeza das canaletas de dejetos.

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Fonte: Projeto Suinocultura de Baixo Carbono – Fazenda Mano Júlio / Mato Grosso

 


12 nov 2015

Inscrições abertas para o Fórum Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono

*Da Assessoria do evento

As discussões em torno do tratamento de dejetos na suinocultura são constantes no setor e estão sempre permeadas por novas tecnologias e soluções que visem atender às legislações ambientais e proporcionar novas fontes de energia e renda ao produtor.

O Fórum Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, que acontece no dia 24 de novembro, tem o intuito de levar informações e inovações tecnológicas de custo acessível a produtores de suínos, gerentes de granja e chefes do setor, técnicos, acadêmicos e agentes financiadores que desejam aprofundar seu conhecimento e ampliar a discussão em torno dos temas.

O evento é resultado de pesquisas realizadas ao longo de um ano para avaliar e disseminar alternativas economicamente viáveis para o tratamento de dejetos na suinocultura, tecnologia está preconizada pelo Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC). Eses levantamentos ocorrem no âmbito do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) com apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e da Embrapa Suínos e Aves.

Confira a programação:

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03 jul 2015

Missão Mato Grosso: Equipe do projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono percorreu o Estado para pesquisar modelos com foco na produção sustentável de suínos

*Assessoria de Imprensa – Suínos ABC

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A equipe realizou durante toda esta semana, 29 de junho até 03 de julho, visitas técnicas em propriedades e empresas que trabalham com sistemas sustentáveis de produção de suínos em um dos estados referências no agronegócio brasileiro, Mato Grosso. Os consultores passaram por municípios e fazendas nos arredores de Vera, Sorriso, Ipiranga do Norte, Lucas do Rio Verde e Tapurah para pesquisar e conhecer de perto os diferentes meios de utilização do biogás, compostagem e o aproveitamento e alternativas dos dejetos animais. Ao todo, foram visitadas cinco propriedades que apresentam casos exitosos nesse processo.

Acompanhe durante este mês, no boletim informativo da Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, as notícias desta missão, que abordarão temas como a estrutura das propriedades, entrevistas, os meios e as tecnologias utilizadas pelas fazendas voltadas para a suinocultura e a sustentabilidade no estado.

A primeira visita dos consultores foi a Nutribras Alimentos, no município de Vera. A empresa se destaca no estado do Mato Grosso pela utilização de biodigestores para manejo de efluentes e na produção de suínos em sistema autossustentável. A Nutribras possui 15 biodigestores que são 100% utilizados. Ao todo, são gerados 600 Kwa em quatro geradores, com sete quilômetros de gasoduto, produzindo 70 até 80% de energia via biogás. Atualmente, fazem o abate de 1.350 cabeças por dia. Ao todo, são 180 funcionários dedicados especialmente para o trabalho com os suínos. A Nutribras conta também com 14 mil matrizes em duas Unidades de Produção de Leitão (UPL) e planejam a ampliação para 17 mil matrizes.

No segundo dia, os consultores visitaram a BRF, em Lucas do Rio Verde, e por meio desse encontro tiveram a oportunidade de conhecer quatro propriedades integradas à empresa: Seis Amigos (Tapurah), Toledo (Tapurah), São Roque e a Mano Júlio (Ipiranga do Norte).

A Fazenda Seis Amigos possui uma área de 1.374 hectares e contempla 13.500 matrizes. Em 2014, alcançou a marca de 353.975 leitões viáveis entregues. Todo o dejeto suíno produzido na propriedade passa pelos biodigestores antes de ir até a lavoura. A fazenda também se destaca na suinocultura por distribuir 100% dos dejetos nas pastagens por meio da fertirrigação com malhas ou com aparelhos auto propelidos e os proprietários praticamente não utilizam adubação química.

A Fazenda Toledo foi o cenário visitado pela equipe no terceiro dia da missão (quarta-feira), 1º de julho. A propriedade possui, entre as tecnologias disponíveis, uma fábrica de farinha de carne e biodiesel oriundos de frangos e suínos mortos durante a produção. O processo é feito com o aproveitamento do biogás que é rico em metano e queimado no processo de aquecimento da caldeira. A farinha depois de prensada vira matéria-prima para ração animal, como exemplo, ração de peixe. É uma matéria nobre com 65 a 70% de proteína e 10 a 11% de gordura.

Nos dois últimos dias de visitas os consultores foram às fazendas São Roque e Mano Júlio. A São Roque utiliza o biofertilizante para as pastagens em sistema de pastejo rotacionado na bovinocultura de corte.

A fazenda Mano Júlio é referência em sustentabilidade na agricultura (soja, milho e algodão), avicultura, bovinocultura (gado de corte e leite) e suinocultura. São 35.000 hectares de soja e 490 hectares irrigados por meio de pivô central. Na suinocultura, são 23 núcleos de terminação (300 mil cabeças por ano), quatro motores de geração de energia e sete carretéis de fertilização. A produção de leitões conta com 18 mil matrizes e 500 mil leitões por ano. A fazenda tem 210 funcionários dedicados à suinocultura. Todo o trabalho e a produção da fazenda Mano Júlio são integrados em um sistema linear voltado para a sustentabilidade ambiental: reaproveitamento dos dejetos animais, biodigestores, produção de biofertilizantes, fertirrigação e preservação de APP’s.

Sobre o Projeto
O Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento com apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), tem o intuito de, ao longo de um ano, avaliar e disseminar alternativas economicamente viáveis para o tratamento de dejetos na suinocultura, tecnologia esta preconizada pelo Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC). Para tanto, serão realizados levantamentos no Brasil e no exterior de modelos de tratamento, seguidos da avaliação econômica de cada um deles. Os modelos viáveis serão difundidos pelo Projeto por meio de Workshops nas principais regiões produtoras do Brasil.

*Assessoria de Imprensa – Suínos ABC
Texto: Bruno Saviotti
(61) 8598-6889
imprensasuinosABC@gmail.com
Coordenação de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos – CMSP
Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade – DEPROS
Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo – SDC
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA
Fone: (61)3218.2920 / Fax: (61)3223.5350