24 jun 2015

País construiu poupança verde com tecnologia e defesa agropecuária

* Do Ministério da AgriculturaIGO_7294

O Brasil construiu uma “poupança verde” à custa de investimento em tecnologia e em defesa agropecuária, disse a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), ao destacar os benefícios do Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono).

A ministra esteve na capital catarinense nessa segunda-feira (22) para divulgar o Plano Agrícola e Pecuário 2015/2016, lançado no último dia 2. Durante abertura do 7º Congresso Brasileiro de Soja, Kátia Abreu lembrou que, para aderir ao Plano ABC, o produtor deve investir em recuperação de pastagens.

“Se hoje produzíssemos mais de 200 milhões de toneladas com a tecnologia que tínhamos 20 anos atrás, precisaríamos do dobro de área desmatada”, assinalou. “Construímos uma bela poupança verde à custa de tecnologia e defesa agropecuária”, completou.

Linha atrativa
Na próxima safra, o programa disponibilizará R$ 3 bilhões a taxas que variam de 7,5% a 8%. De acordo com a ministra, a linha de crédito é atrativa para a compra de máquinas.

“O Plano ABC também é muito atrativo para a compra de máquinas. O programa requer reforma de pastagens, mas não exclui a possibilidade de compra de bovinos, por exemplo, desde que o produtor reforme suas pastagens. Muitas vezes as pessoas não se atentam para a grandeza e para o quanto esse programa é importante”, afirmou Kátia Abreu.

Além do ABC, o produtor que precisa de crédito para comprar máquinas e equipamentos pode lançar mão do Moderfrota e do PSI Rural, que nesta safra oferecerão R$ 10 bilhões sem limite por beneficiário.

Kátia Abreu afirmou aos agricultores catarinenses que o governo deu “atenção especial” a esses programas porque o investimento em máquinas e implementos afeta diretamente a produtividade no campo.


23 jun 2015

Espécies arbóreas modificam microclima em sistemas integrados

* Da Embrapa

Eliana_Cezar
Foto: Eliana Cezar

A escolha das espécies, nativas ou exóticas, assim como o arranjo espacial das árvores, influencia nas variações microclimáticas dos sistemas integrados em regiões tropicais, como o Cerrado brasileiro. Essas são as primeiras constatações de pesquisas conduzidas pela Embrapa, em Campo Grande (MS), referentes à ambiência e ao conforto térmico animal. Os resultados indicam que os sistemas com menor densidade de árvores, com no mínimo 22 metros de espaçamento entre fileiras de eucalipto, e espécies nativas dispersas aleatoriamente na pastagem (média de cinco árvores por hectare), são capazes de garantir o fornecimento de sombra em quantidade e qualidade suficientes e adequadas aos animais.

“Nem toda sombra é igual, as características intrínsecas de cada espécie, como porte, tipo de copa, forma e coloração das folhas. influenciam na sombra ofertada, sendo que a área ideal para regiões tropicais é de 10 m2 de sombra por animal. As árvores nativas testadas, cumbaru e cambará, apresentaram resultados interessantes do ponto de vista bioclimático, como maior projeção de sombra, devido às folhas largas e à copa globosa. O eucalipto, por sua vez, com copa em formato elipsoide (ou cone), oferece sombra mais localizada, porém de qualidade superior, pois bloqueia maior quantidade de radiação solar”, confirma Fabiana Villa Alves, pesquisadora da Empresa, que desde 2010 é uma das responsáveis por esses estudos.

Atualmente, os índices utilizados para verificação se o animal está ou não em estresse térmico foram determinados em regiões de clima temperado e com bovinos da raça taurina, situações distintas das condições de pecuária tropical. Diante disso, para a especialista, ainda há muito a estudar sobre conforto térmico. Essas primeiras conclusões estão na tese de mestrado de Nivaldo Karvatte Júnior, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), coorientado por Alves.

Sombra, umidade e temperatura na medida certa

Os ensaios demonstram que, no final do inverno, em setembro, ao sol, a temperatura do ar chegou a ter picos de 43,5oC, 39,4oC e 37,8oC em três combinações – sistemas com menor densidade (22 metros entre renques); árvores nativas; maior densidade (14 metros). Contudo, à sombra e na mesma ocasião, o ambiente menos adensado foi capaz de reduzir em 8,9oC a temperatura; seguido pelo das espécies silvestres, 6,3oC; e do mais adensado, 3,1oC.

As nativas ofereceram maior quantidade de sombra às 9 e às 15 horas. A incidência de radiação solar é elevada entre às 10 e 16 horas. O mesmo padrão de sombreamento encontrou-se para o eucalipto. Quanto à umidade relativa do ar (UR), ao sol, os menores valores foram 15,2%, 18,9% e 20,4% para os ambientes menos adensados, com nativas e mais adensados, respectivamente. Já à sombra, os índices foram 22%, 23,2% e 23,6%, conforme Alves e Karvatte Junior.

Os registros de temperatura do ar ao sol, em determinados momentos, foram superiores ao considerado crítico, 35oC, para a raça zebuína, que compõe 85% do rebanho nacional, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC). Os índices de umidade relativa também não estão na faixa de UR confortável, 60% a 70%, mas são números significativos quando os dados mais recentes sobre conforto bovino, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET/2013), enquadram o Cerrado em situações de alerta e atenção. Tal dimensionamento criterioso do número de árvores (densidade) em integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) é capaz de mudar o status de alerta para atenção em uma região.

“Não se integra árvores em sistemas pastoris pensando somente no bem estar e no conforto térmico. Deve-se buscar um equilíbrio entre o que é bom para o animal, para o pasto e para a própria árvore”, enfatiza Alves. Para ela, um ambiente muito denso, que privilegie somente o componente arbóreo, trará problemas à pastagem e ao animal. Neste caso, “cria-se uma atmosfera abafada, um bolsão de calor, com pouca circulação de vento e alta umidade. Ao invés de beneficiar o animal, acaba prejudicando seus mecanismos termorreguladores”.

Desempenho de pastos e novilhas

Os sistemas com menores densidades de eucaliptos (22 metros) e com árvores nativas, destacaram-se também em relação ao desempenho de novilhas Nelore em pasto. “Tivemos maior disponibilidade de forragem, média de 3,94 t/ha de matéria seca, proporcionando maior taxa de lotação, 3,16 animais/ha, e maior ganho de peso vivo animal por área, 235 kg/ha. A inclusão do componente arbóreo e a alteração do microclima favoreceram o bem estar e a produtividade animal e a qualidade da forragem”, avalia Roberto Giolo de Almeida, doutor em forragicultura e pastagens. Um dos maiores receios dos produtores na inserção arbórea é manter índices de produção semelhantes ao ambiente não arborizado.

O pesquisador explica que no tratamento com 14 metros de espaçamento entre fileiras de eucalipto, árvore e pasto competem por luz. Individualmente, os bovinos ganham peso, tem à disposição forragem de melhor valor nutritivo e estão em conforto térmico, mas a produção total cai, principalmente, pelo efeito do sombreamento. A taxa de lotação fica em 2,14 animais/ha e o ganho de peso vivo em 168 kg/ha. Para o pecuarista focado em obter mais madeira que carne é recomendado.

Os testes foram realizados durante a época de chuvas (dezembro, janeiro e fevereiro). Após sete anos, essas são as impressões iniciais e os passos a seguir serão as avaliações dos componentes animal, forrageiro e florestal, após o desbaste das árvores no oitavo ano de implantação dos sistemas, que consiste na retirada de algumas árvores, como fonte de renda e estratégia de diminuição do sombreamento para melhor desempenho forrageiro e animal até o final do ciclo, 12 anos. Os estudos são acompanhados pelos estudantes de mestrado Érick Lemes Gamarra e Caroline Carvalho de Oliveira, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Universidade Federal dos Vale do Jequitinhonha e Mucuri, respectivamente, coorientados por Almeida.

Refinamento de parâmetros

A fazenda Boa Aguada, localizada em Ribas do Rio Pardo é a pioneira em Mato Grosso do Sul a implementar os sistemas silvipastoris, em 2006. Só de florestas de eucalipto são dois mil hectares, comercializados para produção de carvão, celulose e serrarias da região. “Observarmos ganhos de peso similares e até melhores em relação a áreas com pastagem solteira, mas não há muitas referências sobre espaçamentos adequados, no qual se pode analisar o comportamento do capim empregado em relação ao crescimento de árvores”, pondera o engenheiro florestal Moacir Reis, gerente agroflorestal do Grupo Mutum, o qual a propriedade pertence.

Nessa área, pesquisadores da Embrapa testarão em cerca de 50 hectares silvipastoris, com braquiária e eucalipto, seis tratamentos. Além dos parâmetros microclimáticos, serão realizadas avaliações fisiológicas, comportamentais e de desempenho dos animais (nelore em recria), do componente arbóreo e da pastagem, e de solo.

“Pelos dados que coletamos, arriscamos afirmar que o espaçamento ideal para espécies exóticas, como o eucalipto, em sistemas ILPF no Cerrado, será acima de 26 metros”, sugerem os pesquisadores envolvidos, que nos próximos três anos coletarão, sistematicamente, dados nos 50 hectares. Para Moacir, quanto mais refinadas as informações, melhores os resultados para o ambiente. “O consórcio evita a variação brusca de temperatura, gerando um conforto térmico aos animais, principalmente no verão intenso da nossa região e no inverno, com geadas e quedas bruscas de temperaturas”.

As árvores nativas têm crescimento demorado, enquanto o eucalipto está no auge entre cinco e sete anos. Muitas vezes, as nativas não são utilizadas como produto madeireiro ou extração de óleos essenciais, objetivos principais da opção pela exótica. Entretanto, fornecem frutos para a alimentação animal, atraem a fauna, aumentando a biodiversidade, e, se forem leguminosas, melhoram a qualidade do solo. “Não há um conceito de que uma é melhor que a outra. Uma modifica o ambiente diferente da outra e o produtor deve escolher, antes de tudo, de acordo com as características de clima e solo mais adequadas a cada espécie e também o mercado consumidor final do produto madeireiro. Não existe receita de bolo, e para cada propriedade e/ou região existem diferentes possibilidades, daí a necessidade de um bom planejamento”, conclui a zootecnista Fabiana Alves.

Congresso Mundial sobre ILPF

De 12 a 17 de julho, Brasília vai sediar o Congresso Mundial sobre Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta. Os maiores especialistas do mundo em intensificação sustentável se reunirão para apresentar trabalhos científicos e debater questões como aumento da produção mundial de alimentos, mudanças climáticas e sustentabilidade ambiental. Mais informações em:

Embrapa Gado de Corte
E-mail: gado-de-corte.imprensa@embrapa.br
Telefone: (67) 3368-2144


22 jun 2015

Alta de juros trará impactos para demanda do Programa ABC

* Do Observatório ABC

A alta nas taxas de juros para o Plano Agrícola Pecuário (PAP) 2015/16, anunciado no dia 2 de junho pela presidente Dilma Rousseff e a ministra da Agricultura Kátia Abreu, impactará fortemente a demanda pelos recursos do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), avaliou Fernanda Casagrande Rocha, do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVces). “É esperada uma queda no desembolso do Programa com a nova taxa, assim como todo crédito de investimento. Isso reflete o cenário econômico do setor”.

A elevação nas taxas de juros afetou grande parte das linhas de financiamento rural e, no caso do ABC, juros que antes variavam de 4,5% a 5%, agora ficarão em 7,5% para produtores aderidos ao Programa de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp) e 8% para os demais produtores. Segundo Casagrande, o aumento dos juros para o Programa ABC é consequência da inflação elevada e maiores custos de insumos, o que terá um impacto direto para o produtor rural.

Uma das vantagens do Programa ABC nos anos-safra anteriores esteve em manter juros sempre abaixo de linhas concorrentes como o Pronamp, o que favorece a captação de recursos pelos produtores rurais. Para o PAP 2015/16, ambas as linhas de financiamento terão taxas de 7,5%.

Para Casagrande, outro impasse será o processo de obtenção do crédito via Programa ABC, muito mais trabalhoso comparado ao Pronamp. “O Programa ABC exige o desenvolvimento de um projeto técnico, regularização ambiental e associação da atividade a ser financiada com a redução de emissões de gases do efeito estufa na agropecuária”. Nesse sentido, de acordo com Casagrande, produtores que acessariam o Programa ABC possuem mais incentivo a optar pelo Pronamp, o qual apresenta um processo com menos custos de transação.

O papel da sociedade civil

Uma das propostas de destaque para o documento de revisão do Plano ABC, organizado pelo Observatório ABC, se refere a dar melhores condições de financiamento ao Programa ABC. Sem isso, segundo Casagrande, haverá o risco da perda de informação sobre os recursos e ficará mais difícil reportar os resultados e metas associados ao Plano ABC e, consequentemente, o compromisso voluntário de redução das emissões assumido pelo Brasil. “A sociedade civil tem o papel de acompanhar essa agenda”, ressaltou.

Outra novidade no novo Plano Agrícola foi o aumento de 20% no volume de recursos para a agricultura. No entanto, os investimentos no Programa ABC caíram de R$ 4,5 bilhões, no Plano 2014/15, para agora R$ 3 bilhões. Para Casagrande, além do ajuste no orçamento, a queda de recursos para o ABC pode ser uma consequência da demanda pela linha, que não chegou a alcançar o total da oferta. “Nos anos safras passados, o montante disponibilizado era sempre maior do que os recursos tomados pelos produtores”.

Contudo, Casagrande ressalta que a alteração não deverá ter grandes impactos para os produtores. “Ainda há bastante recurso a ser acessado”. Foram estipulados, ainda, limites maiores para o financiamento de florestas plantadas pelo Programa ABC. A aposta no setor, segundo Casagrande, veio da “possibilidade de promoção da técnica integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF), que apresenta resultados positivos nos aspectos econômicos, ambientais e sociais”.


22 jun 2015

Observatório faz sugestões para revisão do Plano ABC

* Do Observatório ABC

GVAGRO-KATIA ABREU/PRINTRIO
GVAGRO-KATIA ABREU/PRINTRIO

Em um esforço concentrado, o Observatório ABC entregou às principais autoridades do país responsáveis pela gestão do Plano Agricultura de Baixo Carbono (ABC) e também da política climática brasileira, um documento com propostas para a revisão do Plano, que pela legislação deve acontecer neste ano. As propostas foram apresentadas, entre os dias 16 e 17 de junho, aos ministros Kátia Abreu (Agricultura), Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos da Presidência) e Eduardo Braga (Minas e Energia), e à secretária executiva do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, Emilia Ribeiro Curi, pelo ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócios (GVAgro), da Fundação Getúlio Vargas, instituição que coordena o Observatório ABC.

Ao entregar o documento, em reuniões realizadas em São Paulo e Brasília, Rodrigues afirmou que “o Plano ABC é uma das coisas mais extraordinárias da história do agro brasileiro. Não é apenas um programa de produção, mas confere competitividade à nossa agropecuária e tem uma contribuição importante a dar para a redução das emissões de carbono e do efeito estufa”. Mas fez um apelo especial para seja feito o monitoramento dos resultados em termos de redução de emissões conseguidos pelo Programa ABC, linha de crédito voltada a financiar as tecnologias apoiadas pelo plano. “Sem o monitoramento não temos como mostrar que está dando certo e, com isso, comprometer a credibilidade do programa, que tem o potencial de ser um grande trunfo brasileiro na COP-21, em Paris”, reforçou a cada uma das autoridades.

Segundo o coordenador do GVAgro, o Programa ABC sozinho pode cumprir as metas voluntárias brasileiras de redução de emissões até 2020, na área da agricultura, assumidas pelo país na Conferência das Partes da Convenção do Clima de 2009, em Copenhague (COP-15). Falta, no entanto, o monitoramento dos resultados, que já está previsto no ABC, mas deve ser reforçado em sua revisão. Todos os ministros se comprometeram em analisar cuidadosamente as sugestões contidas no documento do Observatório e a dar andamento interno a ele.

Parte da Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC), o Plano ABC envolve todos os 17 ministérios responsáveis pela PNMC, mas é de responsabilidade direta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que devem proceder à sua revisão.

Elaboração das propostas

O Plano ABC foi oficialmente criado em 9 de outubro de 2013, por meio da Portaria Interministerial no 984, e, conforme previsto no Decreto no 7.390/2010, os planos setoriais da PNMC devem ser revisados em períodos regulares não superiores a dois anos, para manterem-se alinhados com as demandas da sociedade. Foi nesse sentido que o Observatório ABC preparou um documento com Propostas para Revisão do Plano ABC, submetidas à consulta pública, por meio eletrônico e reuniões presenciais em Belém, Cuiabá e Brasília, e recebeu contribuições de instituições envolvidas com a agenda da agricultura sustentável brasileira. “O ABC é um selo de qualidade do agro brasileiro, tanto por seu modelo de sustentabilidade em si, quanto do ponto de vista comercial e como bandeira para a COP-21. Por isso insistimos sobre a necessidade de revisão do documento, dada a necessidade legal”, diz Rodrigues.

O resultado plural do documento pode ser atestado pela adesão de 21 organizações à iniciativa: Associação Brasileira do Agronegócio (Abag); Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec); Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq); Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), Agroícone; Amigos da Terra – Amazônia Brasileira; Associação de Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta); Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); Federação Brasileira de Plantio Direto e Integração; Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp); Instituto Centro de Vida (ICV); Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS); Imaflora, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (ISA); Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato); Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB); Sociedade Rural Brasileira (SRB); The Nature Conservancy (TNC); União da Indústria de Cana-de-açúcar (Única); e WWF-Brasil.

RobertoRodrigues_ABC

Conforme o coordenador do GVAgro, “vamos agora manter um acompanhamento nas ações das autoridades quanto a esses desdobramentos. Enquanto Observatório, vamos também promover outras reuniões e encontros com governo e setor privado, com vistas ao aprimoramento do processo. Esperamos que a revisão seja feita antes da COP-21, principalmente em relação ao monitoramento, pois o Brasil precisa mostrar dados”, finalizou.
Em Brasília, Rodrigues também entregou o documento ao senador Ronaldo Caiado (DEM/GO), representante do setor do agronegócio, que informou que fará um pronunciamento sobre o documento no Senado, e ao deputado federal Marcos Montes (PSD/MG), que convidou Roberto Rodrigues para apresentar e debater o tema em reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária, presidida por ele.

As propostas estão disponíveis no site do Observatório ABC.


17 jun 2015

Projeto Capacita ABC faz novo treinamento de analistas bancários e projetistas para facilitar acesso dos produtores rurais à linha de crédito

  • Do SENAR

Capacita_Sampa1

Turmas reúnem profissionais de vários Estados em São Paulo

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e demais parceiros do Projeto Capacita ABC estão promovendo mais um treinamento de analistas bancários e projetistas nesta semana. A capacitação – que tem como finalidade preparar ambos para facilitar o acesso dos produtores rurais à linha de crédito do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) – ocorre na sede do Instituto Febraban de Educação (INFI), em São Paulo.

Os participantes foram divididos em duas turmas: os analistas bancários receberam treinamento de segunda (15/6) até ontem (16/06), enquanto a capacitação dos projetistas começou hoje (17/6) e segue até sexta-feira (19/6). O grupo de analistas é formado por 11 representantes de instituições bancárias de três Estados (São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul). Já a turma de projetistas conta com 24 profissionais de cinco Estados (São Paulo, Bahia, Mato Grosso do Sul, Goiás e Rio Grande do Sul).

As atividades foram coordenadas pelo instrutor nacional do SENAR Antônio Lobo. Segundo o coordenador técnico do Projeto ABC Cerrado, Igor Orígenes Moreira Borges, que acompanhou os treinamentos, analistas e projetistas estão aprendendo as premissas básicas do Programa ABC para que possam receber e apresentar com mais agilidade, respectivamente, projetos de financiamento dentro da linha de crédito disponível no Programa.

“A participação está aumentando a medida que estamos realizando as capacitações. Já sabemos que o INFI e a Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) estão com mais turmas previstas”, destaca Borges.

O Capacita ABC busca padronizar procedimentos entre analistas bancários e projetistas para facilitar o acesso dos produtores rurais à linha de crédito do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC). Para cumprir com essa meta, o SENAR treinou 27 multiplicadores de 13 Estados, em março deste ano, e produziu a cartilha do curso. Além do SENAR e da ABDE, integram a iniciativa o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Embrapa e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban/INFI).

Assessoria de Comunicação do SENAR
(61) 2109-4141
www.senar.org.br
www.facebook.com/SENARBrasil
www.twitter.com/@SENARBrasil