22 jul 2015

Brasil é referência em integração lavoura-pecuária-floresta para o mundo

* Do SENAR

Igor
Igor Borges, coordenador técnico do Projeto ABC Cerrado. Fotos: Gustavo Fröner

Os experimentos desenvolvidos e os resultados que o Brasil vem obtendo na implantação de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) foram um dos destaques do “Congresso Mundial sobre Sistemas de Integração lavoura-pecuária-floresta”, que terminou nesta sexta-feira (17/7), em Brasília. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), que contou com um estande sobre o Projeto ABC Cerrado no evento, foi representado por um grupo de técnicos de várias regionais nas atividades, que começaram no dia 13 de julho.

O congresso promovido pela Embrapa reuniu pesquisadores internacionais, universidades e produtores rurais – representantes de 30 países – para debater e trocar experiências sobre o tema. Na opinião do coordenador técnico do Projeto ABC Cerrado, Igor Orígenes Moreira Borges, a participação no evento vai proporcionar uma carga de conhecimento muito grande para os técnicos do SENAR, principalmente no que diz respeito ao que vem sendo realizado de novo pelas instituições de pesquisa, tanto no Brasil quanto em nível internacional.

“Os temas debatidos vem ao encontro do Projeto ABC Cerrado, que é difundir as tecnologias pesquisadas dentro de uma lógica de produção sustentável. Podemos perceber que estamos bem alinhados, mas essa interação com os profissionais que trabalham na área vai trazer novas informações e permitir ajustes nas nossas iniciativas”, ressalta Borges.

Dacio
Dacio Carvalho

Para o participante Dacio Carvalho, que é coordenador de Assistência Técnica do SENAR no Pará e multiplicador do Projeto Capacita ABC, o congresso mostrou que o Brasil está preparado e avançando mais rápido na tecnologia do que a maioria dos países. Ele destaca que o evento, no momento em que fomenta a ILPF, colabora paralelamente para a divulgação do Plano ABC e do Projeto ABC Cerrado.

“Pudemos assistir experiências da China, Noruega, Reino Unido e Oceania e estamos na frente de todos nas linhas que o Plano ABC propõe. O pessoal que veio aqui levará a mensagem que o Brasil consegue produzir gado sem agredir o meio ambiente”, declara.

Exemplo internacional

William
William Marchió

O diretor executivo da Rede de Fomento ILPF, William Marchió, acredita que o evento foi um marco referencial da importância do Brasil em trabalhos de agropecuária intensiva sustentável. Segundo ele, o volume de pesquisas apresentadas consolidam conceitos e comprovam a viabilidade técnica, econômica e ambiental da ILPF, sinalizando que o País pode avançar sem medo no uso da tecnologia.

“Os representantes internacionais ficaram encantados. Não sabiam da dimensão que isso tinha no Brasil. A nossa intenção é interagir com todos os atores envolvidos, como SENAR, Embrapa e Ministério da Agricultura. Queremos todos surfando na mesma onda. O objetivo da Rede é fortalecer a difusão e a adoção da ILPF por parte dos produtores brasileiros”.

Giolo
Roberto Giolo

Roberto Giolo, pesquisador de Sistemas Integrados de Produção da Embrapa Gado de Corte e líder da Rede Pecus (que avalia a emissão de gases de efeito estufa na agropecuária) no bioma Cerrado, aponta a possibilidade de mostrar os trabalhos realizados pelos especialistas brasileiros e a interação com a comunidade científica internacional como os principais pontos positivos. Giolo salienta que a ILPF, além de reduzir a emissão de carbono, proporciona eficiência no uso da terra, e reforça a declaração feita durante uma das palestras do evento: trata-se da segunda revolução verde, depois do Plantio Direto.

“Mas não é uma tecnologia indicada para qualquer produtor. É um sistema complexo e que precisa de acompanhamento. Nesse contexto, o Projeto ABC Cerrado vem num momento muito oportuno, pois a assistência técnica é o diferencial. A Embrapa desenvolve pesquisas, mas precisamos fazer essa transferência para os produtores rurais”, observa.

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21 jul 2015

Alagoas inicia elaboração do Plano Estadual de Agricultura de Baixo Carbono

* Da Agência Alagoas
alagoas
O Governo de Alagoas ao lado do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa/SFA-AL), iniciou nessa segunda-feira (20.07), a elaboração do Plano Estadual de Agricultura de Baixo Carbono. O documento vai integrar o Programa Nacional de Agricultura de Baixo Carbono, que visa o cumprimento do papel brasileiro como signatário dos protocolos internacionais para redução da emissão de gases do efeito estufa.
As oficinas de trabalho para elaboração do Plano Estadual se estendem até a quarta-feira (22), alcançando um total de 26 horas de debate. Vinte entidades foram convidadas para integrar o grupo gestor do plano, entre elas, universidades, Embrapa, Sebrae, Emater, Mapa, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Federação das indústrias do Estado de Alagoas (Fiea) e Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal). A abertura das oficinas acontece a partir das 8h, na sede da Faeal, no bairro de Jaraguá, em Maceió.
Segundo o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca e Aquicultura, Hibernon Calvacante, “os debates terão caráter estritamente técnico e vão definir as metas para a redução da emissão de gases do efeito estufa na agropecuária, bem como as estratégias para que esses níveis sejam alcançados”.
Os participantes serão divididos em seis grupos de trabalho sobre os temas Recuperação de Pastagens Degradadas; Fixação biológica do Nitrogênio; Integração Lavoura-Pecuária-Floresta; Plantio Direto; Aproveitamento de Resíduos Animais para Geração de Energia e Florestas Plantadas.
“Serão três dias de trabalho pesado, onde queremos discutir não só os objetivos que queremos alcançar, mas também o que será necessário para alcançá-los. Ou seja, vamos estabelecer os papéis de cada ente envolvido, o que precisaremos para as capacitações e o que será prioridade. A discussão tem um viés ecológico, mas queremos trabalhar com tecnologias que gerem retorno financeiro ao produtor”, explicou o secretário de Estado da Agricultura, Álvaro Vasconcelos, que vai comandar a abertura das oficinas nesta segunda-feira.

15 jul 2015

Fazenda no Maranhão aposta na tecnologia de plantio direto

* Do Observatório ABC / Texto: Ana Julia Mezzadri

Audiência Governador de Sergipe na representação em Brasília Marcelo Deda Governador de Sergipe
Plantio direto na palha

Localizada em Balsas, no sul do Maranhão, a Fazenda Cajueiro trabalha para fornecer sementes de soja, arroz, feijão e milho aos mercados nacional e internacional. Os focos são a pesquisa de novos materiais mais produtivos e o desenvolvimento de outras tecnologias. Após receber uma visita de pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Daniel Grolli, proprietário da fazenda, começou a tomar conhecimento sobre as tecnologias do Plano ABC e suas vantagens.

Agora, está abrindo, na fazenda de 5.000 hectares, uma área de 674 hectares onde será aplicada a tecnologia de plantio direto. Por não ser uma propriedade pecuarista, a integração lavoura-pecuária-floresta não era uma opção. A área será destinada, no primeiro ano, para produção de arroz e, mais tarde, de soja.

Para viabilizar o projeto, Grolli enviou ao Banco do Brasil um projeto elaborado pelos assistentes técnicos da fazenda, na tentativa de conseguir acessar os créditos do Programa ABC. O projeto foi aprovado e a área já recebeu licenciamento ambiental. Falta, agora, a liberação do crédito. De acordo com o fazendeiro, todas as área da propriedade estão inscritas no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e operam com licenciamento ambiental. “Fazemos uma agricultura que atende a todas as exigências da lei e do clima”, completa.

Essa é a primeira parceria utilizando uma tecnologia do Plano ABC de que a Fazenda Cajueiro participa. “Estamos esperançosos. No Maranhão, a gente tem uma expectativa muito boa, porque a região tem todas as condições, chove bem. Estamos fazendo esse investimento porque acreditamos que essa tecnologia seja produtiva. Não é um tiro no escuro”, afirma Grolli. Acrescenta que pretende continuar com o Programa ABC, pois ele traz muitas vantagens, tanto para o produtor quanto para o governo e o meio ambiente – é um “ganha-ganha”, nas palavras de Grolli. Entre as vantagens para o produtor, estão os 10 anos para pagar e os juros abaixo da inflação, além da mudança de paradigma: “o agronegócio é visto como um grande poluente, como um vilão. Agora, com esse tipo de tecnologia, essa visão está mudando”.


14 jul 2015

SENAR PARTICIPA DO CONGRESSO MUNDIAL QUE DEBATE AGRICULTURA DE BAIXO CARBONO EM BRASÍLIA

*Do SENAR

Congresso reúne representantes de 30 países em Brasília. Fotos: Wenderson Araújo
Congresso reúne representantes de 30 países em Brasília. Fotos: Wenderson Araújo

Além de ser um dos patrocinadores do “Congresso Mundial sobre Sistemas de Integração lavoura-pecuária-floresta”, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) levou um grupo de técnicos de várias regionais do Brasil para participar das plenárias, que acontecem de 13 a 17 de julho, em Brasília. O evento é promovido pela Embrapa e reúne pesquisadores internacionais, universidades e produtores rurais – representantes de 30 países – para debaterem e trocarem experiências sobre o tema.

Igor Orígenes Moreira Borges
Igor Orígenes Moreira Borges

Segundo o coordenador técnico do Projeto ABC Cerrado, Igor Orígenes Moreira Borges, o assunto do Congresso está diretamente relacionado ao projeto do SENAR, que tem a ILPF como uma das tecnologias promovidas. Na opinião dele, o evento é fundamental para os técnicos envolvidos no ABC Cerrado adquirirem novos conhecimentos.

“Esses temas de agricultura de baixo carbono estão tendo uma demanda mundial muito grande e é importante o SENAR estar aqui para poder entender e contextualizar o nosso projeto dentro das tendências de outros países. Trouxemos técnicos de todo o Brasil para eles captarem novas informações e conhecerem mais essas práticas sustentáveis aplicadas em nível internacional”, declara.

Mateus Tavares
Mateus Tavares

Para o assessor técnico do SENAR, Mateus Tavares, as iniciativas apresentadas no encontro, além de trazerem benefícios para o ABC Cerrado, contribuirão para iniciativas futuras que a entidade venha a desenvolver na área. Conforme Tavares, a ILPF é um sistema completo, que integra várias tecnologias de uma só vez, mas que exige conhecimentos para a sua adoção.

“A ILPF contempla recuperação de pastagens, plantio direto e a produção de florestas e, por isso, é tão visada pelos produtores. Mas para utilizá-la, é preciso aprender a manejar e adequar gradualmente para sair do sistema convencional. É um reaprendizado que o produtor precisa passar”, esclarece.

Fabiana Frota
Fabiana Frota
Fabiana Frota – que participou do Programa CNA Jovem do SENAR e atualmente é diretora da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (FAEAC) – entende que o evento é importante pelas informações e dados concretos para os Estados, principalmente para aqueles com menos acesso à esse tipo de tecnologia. Ela ressalta que existe um grande potencial para a implantação de ILPF em várias áreas do Acre e que isso, além de aumentar a produtividade e contribuir com o meio ambiente, poderia diminuir os custos dos produtores do Estado.

“Já somos grandes produtores na pecuária de corte e estamos desenvolvendo outras cadeias, como a piscicultura, a suinocultura e o plantio de eucalipto. Se ampliarmos a nossa produção com sustentabilidade, vamos agregar valor e diminuir os nossos custos, já que tudo que utilizamos vem de fora”, observa.

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13 jul 2015

Começa o Congresso Mundial sobre Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (WCCLF2015)

*Da Embrapa
Começa hoje, 13 de julho, no  Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, o Congresso Mundial sobre Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (WCCLF2015).
Durante a semana, centenas de pesquisadores de mais de 30 países, além de produtores, técnicos e estudantes, discutirão alternativas para garantir a segurança alimentar e nutricional do planeta a partir do uso de tecnologia e de forma sustentável.
Entre os temas a serem discutidos estão a agricultura e o desafio de alimentar o planeta; mitigação do efeito estufa; e o ILPF em diferentes regiões do mundo. A iniciativa da Embrapa de promover o encontro busca consolidar o protagonismo do País no desenvolvimento de tecnologias para utilizar de maneira intensiva, mas sustentável, os recursos naturais e, ao mesmo tempo gerar alimentos e bem-estar para a população.
O diretor de P&D da Embrapa, Ladislau Martin Neto, explica que a Integração Lavoura-Pecuária-Florestas (ILPF) é considerada o maior avanço das tecnologias agrícolas na área de sustentabilidade agropecuária e tem potencial para ser a segunda revolução agropecuária no Brasil.

O Brasil é considerado líder global no desenvolvimento de sistemas integradores na agropecuária e o ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta) faz parte do modelo de intensificação sustentável, tratado pela pesquisa agropecuária brasileira como a nova grande revolução da agropecuária tropical.

ILPF

O ILPF é uma estratégia que busca a produção sustentável integrando atividades agrícolas, pecuárias e florestais na mesma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou rotacionado. O sistema permite efeitos sinérgicos entre os diferentes fatores de produção, contemplando a adequação ambiental, a valorização dos seres humanos e a viabilidade econômica. Para o agricultor, possibilita a intensificação da agricultura, com a maior produção por área ocupada.

Na prática, o sistema evita a ampliação de área de produção e garante até três safras por ano no mesmo ambiente. A atuação de forma integrada ajuda o agricultor a elevar a produtividade do sistema de produção e o país a lidar com o desafio de descarbonizar a agricultura, reduzir a emissão de gases, aumentar a eficiência, reduzindo a pressão sobre ambientes frágeis e sobre áreas florestadas. Ladislau Martin Neto diz que a Embrapa “faz grande investimento em pesquisar, desenvolver e disseminar as tecnologias de integração”.

O sistema ILPF alinha-se a políticas de governo já implementadas no país, como é o caso do Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), política pública que contempla ações de mitigação e adaptação às mudanças do clima para o setor agropecuário. Os compromissos do Plano ABC incluem a adoção de sistemas ILPF e de Sistemas Agroflorestais (SAFs) em quatro milhões de hectares; a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas; ampliação do Sistema Plantio Direto (SPD) em 8 milhões de hectares, entre outras ações com potencial de mitigação que pode chegar a 162,9 milhões de toneladas de CO2 equivalentes.

Avanço

A agricultura conservacionista não é novidade no Brasil. A partir do uso de técnicas como plantio direto, uso da fixação biológica de nitrogênio, manejo de solo e construção de fertilidade de solos tropicais foi possível obter resultados que tornaram o país referência para a expansão da agricultura no cinturão tropical do globo. A novidade é o estímulo e a perspectiva de um avanço a partir do que é considerada a nova revolução da agricultura tropical, baseada no conceito de intensificação sustentável, a integração sustentável, com a integração lavoura-pecuária e lavoura-pecuária-floresta.

Tecnologias que permitam a intensificação do uso da base de recursos naturais do país deverão receber cada vez mais atenção no futuro. O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, argumenta que faz mais sentido recuperar áreas de pastagens degradadas e intensificar seu uso, que abrir novas áreas para a exploração agrícola. Estima-se que o Brasil tenha em torno de 50 a 60 milhões de hectares de pastagens degradadas. Essas são as áreas ideais para expansão da agricultura, da pecuária e da base florestal brasileira, sem a necessidade de novos desmatamentos.

As tecnologias de integração lavoura, pecuária e floresta permitem desenvolver num mesmo espaço múltiplas atividades produtivas, construindo no processo a fertilidade do solo. Tais inovações tecnológicas são consideradas fundamentais para sustentação do Programa Agricultura de Baixo Carbono – ABC, que incentiva a incorporação de processos tecnológicos como o plantio direto na palha, a recuperação de áreas degradadas, plantio de florestas comerciais, fixação biológica de nitrogênio, tratamento de resíduos animais, dentre outras.

Maurício Lopes diz que a chamada intensificação sustentável é a grande agenda da Embrapa. “Nesse sentido damos muita ênfase na possibilidade de transferir tecnologia para um setor que tem sido alvo de diversas políticas públicas, como o Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC)”, explica.

O Brasil tem cerca de 50 milhões de hectares de pastagem degradadas  que poderão ser ocupadas por sistemas integrados. Essa é uma grande fronteira de expansão, especialmente na região central do Brasil. Acreditamos que o futuro da agropecuária brasileira é baseado em sistemas integrados.

Maurício Lopes explica que o esforço da Embrapa em intensificação sustentável está conectado a uma rede de empresas e organizações. “Há cada vez mais produtores e lideranças interessados em apoiar a pesquisa no desenvolvimento e na disseminação de práticas mais sustentáveis para a agricultura”.  Para o presidente da Embrapa, um dos desafios da pesquisa é continuar ampliando a produção e a produtividade da agropecuária brasileira, “com sustentabilidade, focando ganhos econômicos, sociais e a conservação da nossa base de recursos naturais”.

Esta mobilização ganhou ênfase particularmente a partir do Código Florestal que “emitiu um sinal claro que não é mais possível ampliar a produção com base na expansão de área. O crescimento da agricultura brasileira vai se dar agora  verticalmente e não  horizontalmente”.

A agricultura brasileira deverá continuar respondendo à necessidade de produzir volumes crescentes de alimentos e matérias-primas, “não apenas para o mercado interno, mas também para elevar a nossa capacidade exportadora”. Maurício Lopes  destaca que o desafio é  ampliar a produção de maneira sustentável, para continuar contribuindo com a segurança alimentar do brasileiro, mas também ajudar a garantir a segurança alimentar de países com limitadas capacidades de produção, em especial no mundo em desenvolvimento.

O evento

O Congresso inicia às 8h30min., desta segunda, dia 13, com abertura pelo presidente da Embrapa, Maurício Lopes. As primeiras palestras são com representantes internacionais, que abordarão os desafios da aplicação de sistemas integrados em diferentes regiões climáticas.  Tom Goddard, do governo do Estado de Alberta, Canadá, falará sobre a aplicação de sistemas de ILPF em regiões temperadas do planeta. Pablo Tittonell, da Universidade de Wageningen, Holanda, abordará os desafios dessas tecnologias em regiões tropicais, e a ILPF aplicada a regiões semiáridas será tema da sessão de Antoine Kalinganire, do World Agroforesty Centre, do Mali.

Durante o dia as apresentações vão tratar de temas como sistemas ILPF nas diferentes regiões do Brasil, Plano ABC, ILPF na África Subsaariana, viabilidade econômica e rentabilidade dos sistemas ILPF, quantificação do fluxo de gases de efeito estufa e benefícios e impactos da mudança para sistemas diversificados, além da apresentação de casos de sucesso.

A abertura oficial será às 19h, com autoridades como a ministra da Agricultura, Kátia Abreu e o presidente do Conselho da Rede de Fomento ILPF, Paulo Herrmann.

Serão homenageadas personalidades que auxiliaram o desenvolvimento e a difusão das tecnologias de ILPF. Um deles será o ex-ministro da Agricultura Allyson Paolinelli. Enquanto estava à frente do Ministério, entre 1974 e 1979, Paolinelli foi um dos maiores apoiadores da Embrapa nos primeiros anos da empresa e é entusiasta da agricultura intensiva com ILPF. Outra homenagem é para a Rede de Fomento ILPF, parceria público-privada formada pela Embrapa e seis companhias privadas que busca incentivar e acelerar a adoção de tecnologias ILPF. O Presidente da Rede, Paulo Herrmann, receberá a homenagem. A terceira é para o pesquisador da Embrapa João Kluthcouski que iniciou na década de 1970 pesquisas que culminaram na criação do sistema Barreirão, utilizado para a recuperação de pastagens, e do sistema Santa Fé, que viabiliza a manutenção de áreas agrícolas prevenindo a sua degradação.

O primeiro dia será encerrado com o lançamento do livro “500 perguntas e respostas sobre sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta” e com a cerimônia de adesão das empresas Dow Chemical e Schaeffler à Rede de Fomento ILPF.

O evento encerra sexta-feira, 17, com a sessão final das 17h40. Veja mais em: www.wcclf2015.com.br