09 out 2015

FAMATO participa de reunião de avaliação do Plano ABC

*Da FAMATO

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O monitoramento do Plano Agricultura de Baixa Emissão Carbono (ABC) está entre as preocupações do governo federal. Nesta semana, entidades representativas como a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (FAMATO), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Ministério da Fazenda, Ministério da Agricultura Abastecimento e Pecuária (Mapa) e duas empresas de consultoria de São Paulo e Minas Gerais estiveram reunidas em Brasília-DF, para discutir tentativas de aprimoramento no Plano ABC.

Foram discutidos os resultados alcançados pelo Programa ABC, linha de crédito que financia as tecnologias e reduções das emissões dos gases do efeito estufa.

O que mais preocupa é a baixa contratação de recursos oferecidos pelo Plano, que estão disponíveis. Criado para incentivar a adoção de técnicas agrícolas que contribuem para melhorar a eficiência na agricultura e pecuária, o programa ABC não está tendo procura entre os agricultores.

De acordo com as entidades do setor, a dificuldade seria a burocracia para preparar o projeto, que passa por laudos técnicos, licenças ambientais e exigências dos agentes financeiros. “O ABC exige acompanhamento constante e traz muitas obrigações, dificultando tanto na hora de fazer o projeto como de executar. Isso pode estar afastando o tomador do crédito”, assinalou o gestor do Núcleo Técnico da Famato, Guto Zanata.

Guto destacou que as dificuldades encontradas pelos agricultores estão gerando um efeito migratório dentro do programa de recursos agrícolas do governo federal. Para o gestor técnico, mesmo quem tem interesse no ABC, principalmente para recuperação de pastagens degradadas, acabam optando por outros financiamentos como por exemplo o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO). “Várias linhas de créditos estão crescendo, a ponto de se esgotarem os recursos, enquanto que o ABC está ficando para trás”.

O gestor explicou ainda que todos os planos setoriais que integram a Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC), como o Plano ABC, são revisados periodicamente, para que continuem de acordo com as demandas da sociedade. “Se o recurso disponível não for utilizado a tendência é que ele seja reduzido nos próximos anos”, avaliou Zanata.

O Plano ABC foi estruturado em sete atividades: Recuperação de Pastagens Degradadas; Integração Lavoura-Pecuária-Floresta; Sistema Plantio Direto; Fixação Biológica de Nitrogênio; Florestas Plantadas; Tratamento de Dejetos Animais e Adaptação às Mudanças Climáticas.

Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso – FAMATO
http://sistemafamato.org.br/


05 out 2015

São Paulo prepara versão estadual de plano de agricultura de baixa emissão de carbono

*Do Cenário MT

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Assunto foi tratado durante reunião entre representantes do Mapa e de
instituições ligadas ao setor agrícola

O estado de São Paulo começou a articular seu Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), uma das mais inovadoras políticas públicas destinadas à redução dos efeitos das mudanças climáticas.

O assunto foi tratado esta semana durante reunião na Superintendência Federal de Agricultura em SP, com a participação da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento e das demais instituições que integram o grupo gestor estadual do Plano ABC. A proposta do estado deve estar alinhada às metas do Plano ABC nacional, coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Hoje, o estado de SP tem o maior número de contratos do Programa ABC, uma das linhas de financiamento do Plano Agrícola e Pecuário (PAC), que dispõe de R$ 3 bilhões na safra 2015/2016. Dados da Coordenação de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos, da Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo do Mapa, mostram que os agricultores paulistas firmaram, entre janeiro de 2013 e julho deste ano, 3.372,00 contratos, num total de cerca de R$ 1,063 bilhão para investimentos em uma área de 236.821,05 hectares.

Durante a reunião, o superintendente federal de Agricultura em SP, Francisco Jardim, lembrou da importância do Plano ABC para que o Brasil reduza as emissões de gases de efeito estufa na ordem de 37% até 2025 e de 43% até 2030. Essas metas foram anunciadas recentemente pela presidenta Dilma Rousseff, durante a Conferência das Nações Unidas para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015.

De acordo com o coordenador de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos do Mapa, Elvison Ramos, o secretário de Agricultura e Abastecimento do estado de SP, Arnaldo Jardim, também elogiou o Plano ABC. Segundo Elvison, Jardim destacou dois aspectos do ABC: a redução das emissões de gases de efeito estufa, responsáveis pelas mudanças climáticas, a difusão de tecnologias de conservação do solo e da água. Também enfatizou o compromisso em participar da elaboração do Plano ABC do Estado de São Paulo.

O encontro também contou com a participação de representantes da Federação das Indústrias do Estado do SP (Fiesp), Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Embrapa Meio Ambiente, Embrapa Instrumentalização, Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati/SAA), do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria do Meio Ambiente, da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SP (Faesp) e do Banco do Brasil.

Na reunião, Elvison Ramos faz um balanço da situação nacional do Plano ABC, e o professor Ângelo Costa Gurgel, da Fundação Getulio Vargas, apresentou as atividades desenvolvidas pelo Observatório ABC (www.observatorioabc.com.br). Na avaliação de Gurgel, o Brasil tem plenas condições de alcançar as metas voluntárias assumidas com a comunidade internacional.


05 out 2015

Produtores e estudantes de Cassilândia conhecem as tecnologias do ABC Cerrado

*Do SENAR/MS

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“O produtor rural que aderir ao projeto ABC Cerrado receberá capacitação e orientação técnica para produzir agropecuária sustentável e com baixa emissão de carbono. Ele é o principal agente de mudança e por isso, estamos aqui para apresentar a proposta do projeto e as possibilidades de mudança”, ressaltou o coordenador nacional do projeto ABC Cerrado no SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), Mateus Tavares.

A afirmação foi feita durante o seminário realizado na noite da última sexta-feira (2), na Câmara Municipal do município de Cassilândia. Este foi o primeiro evento de divulgação do ABC Cerrado, em Mato Grosso do Sul,  um dos oito Estados escolhidos para implantação do projeto.

De acordo com Tavares, a iniciativa comprovará que a transferência de tecnologia e utilização de manejo adequado nas atividades rurais são fundamentais para preservação do meio ambiente. “As tecnologias utilizadas no programa contribuem para melhoria e qualidade da água e do solo. Além disso, refletirão diretamente no aumento da produtividade e rentabilidade do produtor”, argumentou.

O projeto financiado pelo Banco Mundial, por intermédio do FIP – Fundo de Investimentos em Participações é desenvolvido por uma ação conjunta do SENAR, Ministério da Agricultura e Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Atendendo as solicitações do plano de agricultura de baixa emissão de carbono, serão trabalhadas quatro tecnologias: sistema de plantio direto, recuperação de pastagens, ILPF – integração Lavoura, Pecuária e Floresta e Florestas Plantadas.

Para detalhar as tecnologias, esteve presente o engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Gado de Corte, Ademir Hugo Zimmer. Ele esclareceu o público sobre as linhas de atuação que podem ser adotadas na propriedade, conforme a condição do solo e clima. “Quero deixar claro que não há uma receita pronta de qual tecnologia é mais eficiente ou rentável. O resultado dependerá da realidade de cada propriedade e da forma como se conduz o manejo das integrações”, considerou.

O público alvo do programa são os sindicatos, associações e cooperativas rurais, além dos produtores e estudantes do setor. Fernanda Matos, 21 anos, cursa o 3º ano de agronomia na UEMS – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul,  e conta que o tema chamou atenção pelo fato da família trabalhar com pecuária. “Procuro sempre me atualizar dos assuntos referentes à pecuária e integração é um deles. Acredito que os conhecimentos apresentados no seminário contribuirão para meus estudos e para utilização na propriedade de meus pais”, revelou.

Na avaliação da produtora rural, Aparecida Valentim Oliveira, o programa ABC Cerrado, bem como outros projetos e qualificações do SENAR/MS, contribuem para que o homem do campo profissionalize suas atividades e colha resultados positivos. “Eu e meu esposo iniciamos nossa produção aqui na região em 2002 com bovinocultura de leite. No entanto, os cursos do SENAR/MS que participamos nos ajudaram a aproveitar outras fontes de renda e atualmente contamos com uma horta e fornecemos hortifrutigranjeiros para a merenda do município, além de produzirmos e vendermos galinhas caipiras”, relatou. Questionada sobre o programa, afirmou, “Quero participar do ABC Cerrado e aprender mais sobre integração lavoura e pecuária. Aprendi que um sonho se conquista diariamente e junto com minha família estou construindo o meu”, concluiu.

O presidente do Sindicato Rural de Cassilândia, Ademir Antonio Cruvinel, fez uma análise do programa e destacou aos presentes a necessidade da profissionalização no meio rural. “Acredito que o ABC Cerrado tem muito para acrescentar na realidade de nossa região, que infelizmente, já sofre com o problema de pastagens degradadas. É importante nossa participação e eu como produtor rural aviso que pretendo garantir minha inscrição”, comentou bem-humorado.

Mato Grosso do Sul foi um dos oito estados escolhidos para implantação do projeto que visa atender 12 mil produtores no primeiro ano de atividades. O destaque ficou por conta da assistência técnica que contemplará o Estado e mais três unidades da federação: Tocantins, Minas Gerais e Goiás. As turmas atendidas terão 20 participantes que participarão de quatro módulos de qualificação, totalizando 56 horas. Depois desta etapa é que serão definidas quais propriedades receberão Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do SENAR.

Serviço – Na próxima semana (7 de outubro), o seminário de divulgação e sensibilização do Programa ABC Cerrado será realizado no município de


30 set 2015

Estado da Arte das Pastagens em Minas Gerais

*Da: FAEMG
Clique aqui para fazer o download do estudo.
O diagnóstico foi executado pelo INAES e encomendado pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para subsidiar decisões do Grupo Gestor do Plano ABC (Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono).
O trabalho foi apresentado ao Grupo Gestor do Plano ABC e a consultores convidados para que, diante dos resultados, fossem apontadas soluções. O documento ainda envolve a definição de estratégias regionais de mitigação.
Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais – FAEMG
http://www.sistemafaemg.org.br/


24 set 2015

ABC Cerrado aprimora tecnologias sustentáveis no Oeste da Bahia

*Do SENAR

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O Sistema Plantio Direto (SPD) e a Recuperação de Pastagens Degradadas (RPD) – duas tecnologias difundidas pelo Projeto ABC Cerrado, já são realidade no Oeste da Bahia e estão sendo aprimoradas para trazer ainda mais  benefícios para os produtores rurais que as utilizam. Com esse enfoque foi realizado o primeiro seminário de sensibilização do projeto na Bahia, nesta quinta-feira (24/9), no município de Barreiras.

O coordenador técnico do Projeto ABC Cerrado, Igor Orígenes Moreira Borges, apresentou a iniciativa para o público presente e alertou sobre esse ponto. Segundo ele, na região já se aplicam sistemas de produção preconizados pelo ABC Cerrado, mas essas práticas podem ser melhoradas. O evento reuniu produtores rurais, profissionais e representantes de sindicatos rurais.

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“Temos grandes áreas de pastagens para recuperar e os produtores podem tirar o máximo de benefício das tecnologias existentes. No plantio direto, por exemplo, não basta intercalar lavouras de soja e milho, como acontece com frequência. É preciso fazer a devida rotação de culturas”, ressalta.

A programação do seminário também abordou as outras duas tecnologias trabalhadas dentro do projeto: Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) e Floresta Plantada (FP). O evento mostrou a aplicabilidade das tecnologias de baixa emissão de carbono, e apresentou as vantagens dessa aplicação. Complementou o encontro uma palestra sobre opções de financiamento do Programa ABC oferecidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o representante do Departamento Regional Nordeste, Jose Lamartine Tavora Junior.

O coordenador regional do Projeto ABC Cerrado, Leonardo Paulino, explica que as duas principais atividades agropecuárias do Oeste da Bahia são a pecuária de corte e o cultivo de grãos. Conforme Paulino, a meta é capacitar 1.200 produtores no Estado até o final de 2017. Depois de Barreiras, serão promovidos seminários nos municípios de Wanderley, Santa Maria da Vitória e Formosa do Rio Preto.Leonardoweb

“O produtor precisa ter noção das tecnologias do ABC Cerrado  para saber como aprimorar aqueles sistemas sustentáveis que já estão sendo trabalhados. Cada propriedade é uma realidade”, observa.

Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras (SPRB) e vice-diretor de Desenvolvimento Agropecuário da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (FAEB), Moisés Almeida Schmidt, assegura  que algumas tecnologias de ABC já estão em uso no Oeste baiano há alguns anos, especialmente em áreas de pecuária e de plantio de soja. Para ele, o ABC Cerrado contribuirá para o aprimoramento do que está sendo feito e para que os produtores aproveitem demandas específicas para a região.

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“O ABC Cerrado vem para trazer benefícios, retorno em produtividade, além de oferecer uma possibilidade do produtor diversificar a sua propriedade. Um ponto importante é a adaptação de acordo com as características regionais. O plantio direto feito no sul do Brasil, por exemplo, é diferente do que é feito aqui. Temos que aproveitar o tipo de clima, solo e vegetação de cada lugar”.

Potencial para crescer

Produtor de leite em Barreiras, Ticiano Arrais Sydrião de Alencar recupera áreas da sua propriedade de 52 hectares,  com pastejo rotacionado e adubação intensiva. Com uma produção média de 380 litros/dia, ele acredita que a capacitação de técnicos e a atualização dos produtores são essenciais para a região desenvolver todo o seu potencial. Alencar sugere a criação de um grupo piloto – formado por produtores e acompanhado por técnicos – para que as tecnologias sejam testadas e sirvam de modelo para o Oeste da Bahia.

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“O projeto é super importante para a região. Tem um público trabalhando já, mas é preciso lapidar essas pessoas. Aumenta a produção, a eficiência e a renda dele. Para quem já está utilizando fica mais fácil enxergar isso e quem ainda não conhece pode comprar a ideia”.

Outra atividade que será  beneficiada  com o ABC Cerrado é a silvicultura. Adriano Cunha, que é produtor de eucalipto em São Desidério e presta serviços na área de reflorestamento, salienta que, hoje, existem 35 mil hectares plantados na região. Ele conta que há uma demanda crescente por madeira, principalmente em razão da construção de uma termoelétrica, mas que atualmente o único destino são as empresas esmagadoras de grãos.

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“Temos um campo imenso para o ABC Cerrado crescer na região.  A capacitação dos multiplicadores e dos produtores precisa ser bem direcionada para que os projetos sejam customizados conforme cada propriedade. Também temos que avaliar o mercado comprador dessas florestas”.

Projeto ABC Cerrado

Ação conjunta do SENAR, do Ministério da Agricultura e da Embrapa, o Projeto ABC Cerrado  difunde e incentiva a adoção de práticas sustentáveis para a redução das emissões de gases de efeito estufa e sensibiliza o produtor para que ele invista na sua propriedade de forma a ter retorno econômico mantendo o meio ambiente preservado. O SENAR é responsável pela formação profissional dos produtores nas tecnologias e pela assistência técnica e gerencial de propriedades rurais, com recursos do Programa de Investimentos em Florestas (FIP, sigla em inglês) – administrados pelo Banco Mundial, que doou US$ 10,6 milhões para a execução do projeto.

O ABC Cerrado atende oito Estados do Bioma Cerrado (Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Maranhão, Bahia, Piauí, Minas Gerais e o Distrito Federal), num período de três anos, com a promoção de quatro processos tecnológicos: recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta, sistema plantio direto e florestas plantadas. Ao todo, 12 mil produtores rurais vão receber capacitação e, desse total, 1.600 propriedades – nos Estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins e Mato Grosso do Sul – receberão, também, assistência técnica.