19 nov 2015

Pesquisa destaca a necessidade do uso racional da água na suinocultura

*Do Ministério da Agricultura

Consultor do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, o médico veterinário Cleandro Pazinato Dias avaliou a importância do uso racional da água, da ração e das soluções tecnológicas para o tratamento dos dejetos na suinocultura. Essas informações serão disponibilizadas ao público por meio dos Fóruns sobre Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, que ser realizarão nas principais regiões produtoras do Brasil:

  • 24 de novembro, em Marechal Cândido Rondon / Paraná
  • 07 de dezembro, em Belo Horizonte / Minas Gerais

“Os avanços no déficit de água no mundo, as alterações climáticas, o aumento de demanda humana e agrícola, a poluição e os custos com o tratamento exigem uma nova postura no uso da água. A aplicação de controle na demanda da água é imprescindível e urgente para manter a atividade de produção animal de forma sustentável”, destaca Cleandro.

Ele cita que a utilização excessiva da água traz consequências negativas, pois, aumenta a quantidade de resíduos (água residuária) e a dispersão da matéria orgânica nos efluentes. Dessa forma, tem como consequência uma menor produção de biogás e aumento do custo de tratamento dos dejetos e uso de recursos hídricos.

“Conhecer o volume gasto de água na produção de suínos é importante para que produtores e técnicos possam avaliar se o consumo de água da propriedade está dentro de padrões normais estabelecidos”, ressalta.

Para ele, um dos maiores problemas associados com o consumo de água na suinocultura é o desperdício. O aumento do consumo de água pela granja nem sempre é devido à maior ingestão pelo animal, mas sim pelo desperdício nas propriedades por causa do manejo e tipo de bebedouros. “Além disso, tem a altura, a má localização e funcionamento, ângulo inadequado de instalação dos equipamentos, entre outros”.

Um ponto destacado no trabalho é a captação da água da chuva e uso de cisternas na suinocultura. Uma prática recomendável é a utilização de sistemas para coleta de água por meio da captação via telhado e escoamento da água por meio de calhas, passando por filtros antes da armazenagem em cisternas.

“No uso da água da chuva para limpeza das instalações, não deve existir uma grande preocupação com a qualidade da mesma, o simples descarte das primeiras chuvas e o uso de um sistema simplificado de filtragem para retirada dos sólidos grosseiros já compreendem um manejo adequado”, cita.

Apesar disso, ele destaca que quando se pretende usar a água para dessedentação dos animais é importante garantir a qualidade dela por meio de filtragens com a retirada do material grosseiros e de matéria orgânica. Nesse processo, a cisterna deve ser mantida limpa, sem penetração de raios solares e sem entradas de qualquer material ou tipo de água que não seja captada pelo telhado. As análises da qualidade da água devem ser feitas com frequência.

Por fim, destaca o reuso da água na limpeza das instalações, um processo cada vez mais utilizado na suinocultura brasileira. É um método que permite reaproveitar parte da água que seria eliminada pelo processo final de tratamento dos dejetos. A forma de utilizar a água seria apenas para a limpeza das instalações do próprio sistema de escoamento de dejetos da granja, como no sistema de flushing dos pavilhões.

“De forma prática, com o reuso da água estima-se que podemos economizar até 20% do volume de água utilizada na unidade de produção. Não devemos utilizar esta água para a dessedentação dos animais, por esta razão é necessária uma rede hidráulica específica para esta finalidade”, destaca.

Sistema de captação da água da chuva instalado no telhado de uma granja de suínos

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Fonte: Projeto Suinocultura de Baixo Carbono – Granja Pizzato/SC

Sistema de captação da água da chuva, filtros e cisterna

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Fonte: Projeto Suinocultura de Baixo Carbono – Granja Thomazzoni / SC

Sistema de captação de água da lagoa de dejetos
Este método utiliza a água residual oriunda do próprio tratamento de dejetos com a finalidade de utilizá-la exclusivamente no sistema de limpeza das canaletas de dejetos.

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Fonte: Projeto Suinocultura de Baixo Carbono – Fazenda Mano Júlio / Mato Grosso

 


17 nov 2015

Biodiversidade de microrganismos benéficos é maior em sistemas integrados de produção

Fonte: Embrapa – Gabriel Faria 

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Estudo realizado pela Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT), mostrou que a quantidade de microrganismos com potencial de atuar como inimigos naturais de fungos causadores de doenças é maior em sistemas integrados de produção do que em áreas exclusivas de lavoura ou pecuária. Com isso, os dados indicam que culturas em integração podem ser menos suscetíveis a doenças causadas por agentes como Sclerotium rolfsii, Rizoctonia sp. e Fusarium.

As informações são resultado de avaliações feitas ao longo de dois anos em um experimento que reúne diferentes configurações de sistemas integrados (lavoura-pecuária, lavoura-floresta, pecuária-floresta e lavoura-pecuária-floresta), sistemas exclusivos com lavoura, pecuária e silvicultura e em uma área de referência composta por mata nativa em área de transição entre os biomas Cerrado e Amazônia.

“Fomos buscar na biodiversidade que está na mata e na ILPF microrganismos capazes de controlar os patógenos Fusarium, que podem afetar pastagem e milho, Rizoctonia, capazes de atacar algodão e eucalipto, e Sclerotium, que podem causar danos à soja”, comenta o pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril e coordenador do estudo, Anderson Ferreira.

Esse trabalho de bioprospecção foi feito por meio de duas coletas de solo anuais, sendo uma no período chuvoso e outra na seca. Tomando como base as amostras, foram isolados em laboratório 1.440 fungos e 1.500 de bactérias. Em bioensaios, eles foram avaliados contra os três fitopatógenos para verificar possível ação antagônica ao agente causador de doença.

Entre os fungos, 11% dos isolados demonstraram controle de ao menos um dos três fitopatógenos e 1,2% dos três. Nas bactérias, 16% controlaram ao menos um dos fungos e 3% dos três.

Por meio da extração de DNA, foi feita a identificação dos microrganismos com ação de controle. Anderson Ferreira explica que cerca de 80% dos microrganismos encontrados são espécies já conhecidas como produtores de alguma substância anti-microbiana. Porém seu potencial de controle desses três patógenos ainda era desconhecido.

Resiliência da ILPF

Com as duas coletas anuais, foi possível avaliar as populações de microrganismos na seca e no período chuvoso. Os resultados mostraram que no período seco, a quantidade de fungos e bactérias antagônicos, ou seja, aqueles que controlam fungos fitopatogênicos, é maior nos sistemas integrados do que nas áreas com monocultura. No caso dos fungos, as áreas de sistemas integrados e de floresta tiveram maior contingente dessas populações do que na lavoura e na pecuária.

No período chuvoso, por sua vez, as áreas de culturas exclusivas apresentam grande aumento nas populações dos microrganismos antagonistas, enquanto os sistemas integrados permaneceram em equilíbrio.

“Os sistemas integrados mostram uma resiliência maior na manutenção desses inimigos naturais. Na nossa visão, trata-se de um sistema produtivo que favorece esses inimigos naturais, podendo torná-lo menos suscetível às doenças”, afirma Anderson Ferreira, que também contou com contribuição das alunas de pós-graduação Kellen do Carmo e Gilcele Berber e de estudantes de graduação

Pela pesquisa não é possível afirmar o motivo dessa maior população nos sistemas integrados, mas uma hipótese é atribuída ao microclima diferenciado na ILPF.

Continuidade das pesquisas

A coleta de amostras no experimento continuará a ser feita anualmente para acompanhar se há alteração na ocorrência das populações de microrganismos. Entretanto, outras pesquisas decorrentes dessa bioprospecção serão executadas.

Uma delas irá testar a inoculação dos microrganismos encontrados para avaliar a real eficiência deles no controle de doenças. Os testes se iniciarão em laboratório, passarão para as casas de vegetação e por fim irão a campo. Caso os pesquisadores obtenham sucesso, futuramente é possível que novos fungos e bactérias possam ser utilizados comercialmente no controle biológico de doenças.

“Muito do que se observa in vitro, quando vai a campo não se confirma. Temos cerca de 200 isolados positivos e quando formos para casa de vegetação vai cair para 15%. As condições do ambiente interferem muito”, explica o pesquisador.

Outra linha de pesquisa irá avaliar as moléculas produzidas por esses microrganismos antagônicos para verificar qual componente exerce o poder controlador. Se for encontrada uma molécula diferente das já conhecidas, por exemplo, abre-se a possibilidade de produção de novo produto para combate a doenças em plantas.

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

 


17 nov 2015

Sistemas de integração viabilizam produção em solos arenosos

* Da Embrapa

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Soja irrigada por pivô / Foto: Ricardo Carli

A redenção de milhares de pequenas e médias propriedades rurais localizadas sobre os 50 milhões de hectares de solos arenosos no Brasil pode se dar com a adoção de sistemas de integração, como indicam pesquisas da Embrapa. Ao menos 30 fazendas do Oeste de São Paulo têm apostado na rotação soja-capim, alcançando produtividades que chegam a mais de 70 sacas/ha em alguns pontos, algo até então considerado inviável para a região, com ganhos expressivos também em desempenho animal no período seco. Já na “Costa Leste” e no Sul de Mato Grosso do Sul, um novo formato de sistema de integração tem resultado em produtividades médias de carne de até 20 arrobas/ha. Os resultados surpreenderam porque produzir nesse tipo de solo sempre foi um desafio para pecuaristas e agricultores.

Região tradicionalmente pecuarista, o Oeste paulista é marcado por pastagens degradadas sobre solos arenosos, considerados limitadores da atividade agrícola por conterem baixo teor de argila e grande porosidade, o que dificulta a retenção de água e, consequentemente, de nutrientes para as plantas. “Dizem que solo arenoso é um filtro de água. Mas, pelo menos, podemos pensá-lo como um filtro de água melhor”, diz o pesquisador João Kluthcouski, o João K, da Embrapa Cerrados (DF).

Sob a orientação da Embrapa e da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), de Presidente Prudente (SP), e com apoio da cooperativa Cocamar (PR), a Fazenda Campina, em Caiuá (SP), passou a adotar o sistema Integração Lavoura-Pecuária (ILP) em 2013, iniciando a rotação de soja com braquiária numa área de 450 hectares, ocupada durante 15 anos por pastagens de baixa produtividade. A propriedade, pertencente ao Grupo Carlos Viacava, também agregou tecnologias como o sistema plantio direto e a descompactação do solo.

Depois de apenas dois anos de plantio da soja, os dados impressionam. Na safra de verão 2014/2015, apesar dos 29 dias de estiagem que alcançaram o período reprodutivo da leguminosa, a produtividade média foi de 39,6 sacas/ha, variando de 14,6 sacas/ha numa área com plantio convencional até 73,6 sacas/ha num talhão com plantio direto, algo impensável para a região.

No período de safrinha, foi plantado milho consorciado com capim-braquiária. Dessa vez, foram 54 dias sem chuva. A colheita novamente surpreendeu: média de 80,8 sacas/ha de milho com 13% de umidade do grão e média de 41,9 t/ha de milho silagem. “São dados inacreditáveis para uma área com altitude média em torno de 400 metros, considerada imprópria para a cultura do milho”, comemora o pesquisador.

A terceira safra, a de boi, foi garantida pelo pasto, que permaneceu verde mesmo no período mais seco do ano. A pastagem, que em 2013 suportava 0,5 unidades animal (UA – equivalente a um animal com 450 kg de peso vivo) por hectare, viu a taxa de lotação aumentar para 1,9 UA/ha em 2015. O índice é bem superior à taxa de lotação média nacional, que, de acordo com estimativas, não ultrapassa 0,7 UA/ha.

O ganho médio de peso foi de 0,6 kg/dia/animal, e houve registros de animais com ganhos de até 0,9 kg por dia sem qualquer suplementação adicional. A forragem de melhor qualidade também permitiu aumento do peso médio dos bezerros à desmama aos 210 dias: os machos ficaram 22 kg mais pesados e as fêmeas 14,5 kg.

Na safra passada, quase 40% da área produtiva da fazenda foi dedicada à soja, e o rebanho está maior que há três anos, quando o sistema ILP foi implantado. Diante dos resultados, a ideia é de que, com a implantação do sistema, metade da fazenda fique com lavoura de soja e a outra metade com pastagem durante dois anos, com rotação de 50% da área a cada ano.

“Quando completarmos o giro, o que vai levar de um a dois anos, teremos o máximo. Se conseguirmos aumentar a produção em 20%, já será um fenômeno. Tenho certeza de que teremos também um aumento substancial da produção de touros”, aposta o proprietário Carlos Viacava, que deve implantar o sistema em mil hectares na safra 2015/2016. “A propriedade, que antes só tinha receita advinda da pecuária, agora tem três fontes de receita”, completa o filho Ricardo.

João K aponta que o segredo está no uso do capim-braquiária e no sistema plantio direto, além do uso de mata-broto, um implemento agrícola usado na descompactação do solo. Outro fator de sucesso foi o deslocamento do período de enchimento de grãos ao efetuar a semeadura em novembro, em vez de outubro. “Plantando mais tarde, escapamos do veranico”, explica o professor Edemar Moro, coordenador do curso de especialização em ILPF da Unoeste.

Moro estima que entre cinco mil e dez mil hectares estejam atualmente cultivados com soja a partir do sistema ILP no Oeste paulista. Ele lembra que haviam casos isolados de uso do sistema na região até 2011, quando a universidade passou a promover dias de campo na fazenda experimental em Presidente Bernardes (SP) e em propriedades rurais como a Fazenda Campina, em parceria com a Embrapa, a Cocamar, empresas integrantes da Rede de Fomento à Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e outras. “Estamos conseguindo mudar a mentalidade dos pecuaristas da região”, afirma.

“Mostramos aquilo que era considerado impossível: fazer, em 12 meses, três safras sem irrigação, em solos arenosos com apenas 9% de argila, até então considerados inaptos para a agricultura e a pecuária. Os solos arenosos estão distribuídos em várias regiões do Brasil e são a próxima fronteira agrícola. E os sistemas de integração são a única solução conhecida até o momento para esse tipo de solo”, completa João K.

Novo formato de sistema integrado

Em Mato Grosso do Sul, a equipe liderada pelos pesquisadores Júlio Cesar Salton, da Embrapa Agropecuária Oeste (MS), e Ademir Zimmer, da Embrapa Gado de Corte (MS), validou o Sistema São Mateus (SSMateus), novo formato de sistema de integração apropriado para a região da Costa Leste de Mato Grosso do Sul, de solos predominantemente arenosos. O diferencial é que, após a correção da fertilidade, a sequência da rotação começa pela pastagem (pasto-soja).

O novo formato possibilitou o aumento da produtividade média de carne de seis arrobas/ha para 20 arrobas/ha. E, na mesma região, considerada inadequada para a produção de grãos, é possível obter uma média de 50 sacas de soja por hectare. “Com o início da rotação pela pastagem, há tempo adequado para que os corretivos reajam no solo, o sistema radicular da pastagem construa uma estrutura de solo favorável à manutenção de umidade e forneça a palha necessária para o plantio direto da soja”, explica Salton.

Um modelo parecido está sendo levado ao sul de Mato Grosso do Sul, na região de Naviraí, tradicional em pecuária de corte. Por meio de um projeto nacional de pesquisa e transferência de tecnologias (Rede de Fomento em ILPF e Macroprograma da Embrapa), foi montada uma Unidade de Referência Tecnológica (URT), em parceria com Cooperativa Agrícola Sul-Mato-Grossense (Copasul).

Os últimos números da produção da pecuária indicam que o sistema de integração pode ser a saída para a região: em Naviraí, há cerca de 180 mil cabeças de gado. Antônio José Meireles Flores, gerente do departamento agronômico da Copasul, lembra que o número já foi maior (240 mil cabeças), e que existem cerca de 100 mil hectares ocupados por milho, soja, mandioca e cana-de-açúcar, a maior parte arrendada por pecuaristas a agricultores.

Segundo Salton, a região está ampliando a área cultivada com soja e milho em solos de textura média a arenosa, que, sem tecnologia adequada, não são propícios à agricultura. “A chance de perda nas lavouras é muito grande. Para aumentar a possibilidade de sucesso, é preciso colocar em prática o sistema integrado com pasto”, afirma.

O diretor vice-presidente da Copasul, Yoshihiro Hakamada, ressalta que a URT trará benefícios para a região, que precisa recuperar cerca de 80% das áreas com pastagens. “Com as pesquisas focadas na realidade local, vamos aumentar a área de grãos, diversificar a propriedade, melhorar a fertilidade do solo e a produção de carne, além, é claro, de valorizar a propriedade”, diz.

Nos 31 hectares reservados para a URT na Copasul, os trabalhos de recuperação dos pastos começaram em 2014, com uso de corretivos e incorporação ao solo e com o cultivo, em diferentes áreas, de soja, milho, milho consorciado com Brachiaria ruziziensis, mandioca, eucalipto e com a pastagem BRS Piatã, que serão avaliados ao longo das safras.

O ganho de peso do gado é monitorado a cada 60 dias em duas áreas: uma com pasto degradado e outra com pasto recuperado (BRS Piatã) em outubro/novembro de 2014. Na primeira avaliação, os resultados não apresentaram diferenças significativas, pois o ganho médio de peso foi de 0,199 kg/dia/cabeça na área de pastagem degradada e de 0,208 kg/dia/cabeça na área de pasto recuperado. Já na segunda avaliação, a recuperação do pasto já mostra o seu valor: enquanto o gado na área degradada perdeu em média 0,030 kg/dia/cabeça, os animais da área recuperada obtiveram ganho médio de 0,536 kg/dia/cabeça.

Hakamada lembra que a região de Naviraí tem uma pecuária tecnificada, com carne de qualidade, participando, inclusive do Programa de Apoio à Criação de Gado para o Abate Precoce (Novilho Precoce), vinculado à Secretaria de Estado da Produção. “O gado daqui é o Nelore, e o frigorífico da região abastece também outros estados brasileiros e exporta para outros países. Com a ILP, com certeza a qualidade e o mercado ficarão ainda melhores”, acredita.

E, para quem ainda tem dúvidas quanto à viabilidade do investimento, Ademir Zimmer lembra que a ILP e a ILPF abrem novas fronteiras para culturas anuais em solos considerados marginais. “A ILPF é um investimento e não um gasto, como alguns ainda pensam. A primeira safra de soja, por exemplo, já se paga e ainda cobre os custos da recuperação das pastagens”, enfatiza.

Embrapa Cerrados
Breno Lobato (MTb 9417/MG)
cerrados.imprensa@embrapa.br
Telefone: (61) 3388-9945

Embrapa Agropecuária Oeste
Sílvia Zoche Borges (MTb- 08223/MG)
agropecuaria-oeste.imprensa@embrapa.br

Telefone: (67) 3416-9742
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/


04 nov 2015

ACRE INICIA ELABORAÇÃO DE PLANO ESTADUAL DO ABC

Este ano, São Paulo, Paraíba e Alagoas também iniciaram a articulação de seus planos

* Do Jornal Notícias do Acre
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A partir desta quarta-feira, 4, o Estado do Acre inicia a construção do seu Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC). Durante três dias, representantes do governo federal e de 24 instituições do governo do estado, além de institutos de pesquisa e de produtores rurais, discutirão as iniciativas que podem ser adotadas no Acre para diminuir o desmatamento e a emissão de carbono na atividade agropecuária.

Durante o encontro, será discutida a aplicação das estratégias do programa no Acre e como serão implantadas a ações já praticadas no estado. Segundo Éllen Abud, coordenadora do plano na Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), já existem algumas linhas de atuação definidas, como a recuperação de áreas degradadas, oferta de crédito, investimentos em integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF), sistemas agroflorestais, plantio direto e florestas plantadas. A coordenadora afirmou que o Plano ABC Estadual será uma ferramenta construída a partir das peculiaridades de cada lugar.

Em junho deste ano, o Acre iniciou o processo de preparação do Plano ABC, quando foi realizada uma oficina de sensibilização sobre a importância do tema. Este ano, São Paulo, Paraíba e Alagoas também iniciaram a articulação de seus planos estaduais.

Até agora, 10 unidades de federação – Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Bahia, Maranhão e Amazonas – estão com seus planos colocados em prática. Já os estados do Pará, Rondônia, Ceará, Piauí, Sergipe e Paraná aguardam a publicação oficial dos planos para que sejam implementados.


03 nov 2015

Programa Mais Florestas será realizado em Dourados 

*Da FAMASUL

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Um bate papo de negócios para que produtores rurais, empresas, prestadores de serviço e representantes das usinas de açúcar e de álcool da região possam trocar informações, cartões e realizar bons negócios.  A atividade será coordenada pelo Sebrae, em parceria com o Senar, durante o Programa Mais Floresta, que será realizado na próxima sexta-feira (06), no Sindicato Rural de Dourados-MS,

Aproximar os diferentes elos da cadeia da silvicultura em um único momento é uma iniciativa pioneira nos eventos do Programa. “Será uma oportunidade para que cada um conheça quem são os potenciais parceiros da região de Dourados para futuros negócios, além de ser uma forma de agregar valor ao evento que deixa de ser somente um momento para se obter informações por meio de palestras, mas também de aproximar produtores e empresas. Afinal este é o objetivo da maioria dos participantes: fazer negócios e aumentar sua lista de contatos”, avalia Paulo Cardoso, organizador do evento.

Segundo o organizador, os consultores do Sebrae entrarão em contato com os interessados para que preencham a ficha de inscrição para o Bate Papo de Negócios. Os produtores rurais podem fazer sua inscrição diretamente no Sindicato Rural ou no dia do evento, logo pela manhã.

E à tarde, os participantes do seminário poderão ver a maioria dos produtos em funcionamento e expostos no dia de campo que vai acontecer numa fazenda bem próxima a Dourados.

Programa Mais Floresta: Para mais informações e para fazer sua inscrição gratuita acesse o site www.senarms.org.br/projetos/mais-floresta.

Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul – FAMASUL
famasul.com.br