19 fev 2016

Fórum sobre Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono chega a Goiás

*Do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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Os suinocultores do estado do Goiás podem ter mais rentabilidade e sustentabilidade ao trabalhar com os dejetos dos animais, por meio da geração de energia oriunda do biogás produzido nas propriedades. Essa e outras alternativas economicamente viáveis para o tratamento de resíduos na suinocultura serão apresentadas no Fórum sobre Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, no dia 03 de março às 14h, na Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Rio Verde (ACIRV).

O objetivo do Fórum, coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) com apoio da Embrapa Suínos e Aves, do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), é sensibilizar os envolvidos na cadeia de produção de carne suína para o uso de tecnologias que reduzam a emissão de carbono e propiciem maior sustentabilidade às atividades, além de divulgar e promover os benefícios da produção com baixa emissão de carbono aos produtores e consumidores, tornando assim a carne suína um modelo a ser seguido por outras cadeias de produção de proteína animal.

Consultores do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono levantaram modelos de tratamento de dejetos animais, seguidos da avaliação econômica de cada um deles. O resultado dessa pesquisa está sendo propagado nos fóruns. Esse é o primeiro evento a ser realizado neste ano e no estado do Goiás. Ao longo de 2016, outras 10 cidades brasileiras sediarão o Fórum.

“É uma oportunidade ímpar para que as informações levantadas ao longo do projeto possam ser divulgadas, notadamente sobre tecnologias, modelos e sistemas para o desenvolvimento de uma suinocultura de baixa emissão de carbono, de modo a contribuir com a meta global do Plano Setorial de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas na Agricultura, Plano ABC”, destaca o consultor do Ministério da Agricultura, Fabrício Leitão.

O primeiro palestrante será o Fiscal Federal Agropecuário do MAPA Felipe José de Carvalho Corrêa, destacando o Plano ABC e o Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono. Na sequência, os consultores do MAPA Cleandro Pazinato Dias e Fabiano Coser, vão abordar a tecnologia de produção mais limpa na suinocultura brasileira e a geração de renda a partir dos dejetos da suinocultura, respectivamente.

O pesquisador da Embrapa Suínos e Aves Paulo Armando Oliveira destacará as alternativas de tratamentos de efluentes na produção de suínos sob a ótica da redução de emissão de carbono. Por fim, os funcionários do Banco do Brasil, João Carlos Rabelo Neves Junior e Silvio Americo Ladeira Fernandes vão falar das oportunidades de financiamento e linhas de crédito para tecnologias de baixa emissão de carbono.

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04 fev 2016

PRÊMIO SISTEMA FAMATO EM CAMPO

*Do Sistema Famato

            

Localizadas no município de Nova Canãa do Norte, região norte de Mato Grosso, as fazendas Gamada e Fortuna estão entre as setes propriedades de pecuária de corte consideradas referências pelo Sistema Famato por meio do prêmio Sistema Famato em Campo. O curitibano Mário Wolf, proprietário das fazendas, trabalha com o ciclo completo (cria, recria e engorda) de animais das raças Nelore e Rubia Galega. Nesta quinta matéria da série especial sobre as propriedades que participaram do prêmio, vamos conhecer mais sobre essas fazendas.

Além da pecuária, as propriedades Fortuna e Gamada produzem soja, milho safrinha, milho para silagem e floresta. Hoje o faturamento é oriundo 50% da agricultura e 50% da pecuária, a floresta plantada ainda não foi explorada comercialmente.

As matrizes de gado Nelore (gado comercial) e os P.O da mesma raça são predominantes. A raça Rubia Galega foi introduzida nas propriedades em 2006.”O mercado estava muito ruim para o gado comum, foi então que buscamos uma parceria com o grupo Pão de Açúcar e ingressamos num programa de carnes nobres fomentado pelo grupo, dessa forma começamos a fazer a Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) nas novilhas Nelore com sêmen de Rubia Galega”, conta Wolf.

Outro diferencial das propriedades de Wolf são os sistemas integrados. A fazenda Gamada é considerada pioneira no Estado na técnica Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). A propriedade também participa do projeto URTEs (Unidades de Referência Tecnológica e Econômica) do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) em parceria com a Embrapa Agrossilvipastoril, de Sinop-MT. Estas áreas são demonstrativas localizadas em propriedades rurais onde, atualmente, são conduzidos sistemas de produção de ILPF em que são realizados trabalhos de pesquisa e validação de tecnologia. A Fazenda Fortuna utiliza agricultura para renovação das pastagens e realiza a Integração Lavoura-Pecuária (ILP) na maioria das áreas.

Wolf acredita que a sustentabilidade praticada em suas propriedades fez a diferença nas seletivas do prêmio Sistema Famato em Campo.”Nós procuramos ser mais rentáveis, aumentando a produtividade e preservando o meio em que vivemos sempre. Estamos sempre preocupados com a implantação de novas técnicas”.

A valorização da mão de obra também é um ponto forte das propriedades.”Todos os nossos funcionários são registrados, participam de capacitações e treinamentos, recebem bonificações, cestas básicas. Os funcionários com mais dois anos de casa recebem 14 salários. Acreditamos que os nossos trabalhadores são os responsáveis pelo sucesso da propriedade”, destaca Wolf.

Sobre o Prêmio – O Prêmio Sistema Famato em Campo é uma iniciativa da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-MT) e o Imea. Surgiu para identificar no Estado práticas diferenciadas da pecuária.

As sete propriedades de maior destaque apresentaram seus cases de sucesso durante o evento Rentabilidade no Meio Rural, realizado em dezembro de 2015 em Cuiabá, e foram premiadas com o troféu Sistema Famato em Campo, sendo reconhecidas como referência em produção no estado.

“Todas as fazendas que participaram desse prêmio são exemplos a serem seguidos. São modelos na prática da pecuária de forma sustentável e rentável. Nosso objetivo com esse prêmio foi mostrar esses bons exemplos e valorizar ainda mais a pecuária já que Mato Grosso possui o maior rebanho bovino do país”, afirma o presidente do Sistema Famato/SENAR, Rui Prado.

As duas que mais pontuaram, as fazendas Vale Verde, de Nova Bandeirantes, e Boqueirão, de Santo Antônio de Leverger, também foram premiadas com uma viagem para os Estados Unidos, onde irão participar de uma missão técnica com visitas ao Ministério da Agricultura americano e propriedades de corte e leite. Além disso, apresentarão seus cases na Universidade Estadual do Kansas durante o evento Cattlemens Day, em março de 2016.

Para conhecer mais sobre as outras propriedades acesse:

Pecuária intensificada é o foco das fazendas Girassol e Girassol do Prata

http://sistemafamato.org.br/portal/famato/noticia_completa.php?codNoticia=236431

Fazenda Piraguassú fica entre as sete destaques de 2015

http://sistemafamato.org.br/portal/famato/noticia_completa.php?codNoticia=236444

Fazenda Vale Verde vai apresentar case de sucesso em Kansas nos Estados Unidos

http://sistemafamato.org.br/portal/famato/noticia_completa.php?codNoticia=236453

Fazenda Boqueirão na baixada cuiabana representará Mato Grosso nos Estados Unidos

http://sistemafamato.org.br/portal/famato/noticia_completa.php?codNoticia=236467

 


13 jan 2016

Tecnologia e preservação do meio ambiente são ferramentas do programa ABC Cerrado

O projeto é resultado de uma parceria entre o SENAR, Mapa e Embrapa e visa a disseminação de boas práticas em agricultura com baixa emissão de carbono

ILPF site

Com a finalidade de contribuir com a redução dos gases de efeito estufa no território nacional foi criado, em 2013, o projeto ABC Cerrado, uma ação conjunta do Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Senar – Serviço Nacional de Aprendizagem e da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Mato Grosso do Sul será um dos oito Estados atendidos pelo programa que tem objetivo de disseminar práticas de agricultura de baixa emissão de carbono e sensibilizar o produtor para que invista na propriedade com retorno econômico e preservação do meio ambiente.

A primeira fase de execução do projeto contou com a realização de seminários de sensibilização e divulgação nas regiões participantes: Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Piauí e Tocantins. No mês de fevereiro terá início a segunda etapa que é a capacitação dos produtores rurais e os interessados em participar devem procurar o sindicato rural de sua região, ou então se inscrever no site www.senar.org.br/pre-inscricao-do-processo-de-mobilizacao

De acordo com o superintendente regional do Senar/MS, Rogério Beretta, é importante que o produtor rural confirme a inscrição, para participar da seleção que oferecerá capacitações e orientações, por meio da assistência técnica. “Para garantir a eficiência do programa estamos realizando em janeiro e fevereiro um processo seletivo para contratar instrutores que atuarão diretamente no ABC Cerrado, prestando consultoria técnica no setor de agricultura e pecuária”, ressalta.

A meta do ABC Cerrado é alcançar 12 mil propriedades e selecionar 1.600 produtores que receberão assistência técnica durante 18 meses. “Os participantes receberão um diagnóstico inicial e terão atendimento focado em quatro tecnologias: sistema de plantio direto, recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura, pecuária-floresta e florestas plantadas. Ao final do acompanhamento, será realizada uma nova avaliação para comprovar o diferencial da assistência técnica, o aumento da produção e a redução da emissão de gases”, conclui Beretta.

Sobre o ABC Cerrado – O atendimento ao Produtor terá início em fevereiro de 2016, destinado a médios produtores, técnicos vinculados às propriedades e familiares dos produtores (propriedades que possuem de 4 a 70 módulos fiscais de tamanho). Serão oferecidos quatro módulos de cursos, totalizando 56 horas/aula e no segundo semestre do ano (julho/2016) acontecerá a etapa de Assistência Técnica do programa.

No encontro da cúpula da ONU – Organização das Nações Unidas promovido em setembro do ano passado, o Brasil anunciou a meta de reduzir em 43% a emissão de gases do efeito estufa até 2030. No total, o país emitiu em 2014, 486 milhões de toneladas de dióxido de carbono, equivalente a 1,15 bilhões de toneladas das emissões mundiais.


*  Assessoria de Imprensa Sistema  FAMASUL- Aline Oliveira