11 jan 2016

Suinocultor paranaense alia sustentabilidade e retorno econômico ao investir no reaproveitamento dos dejetos animais

* Do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono

Edison

Há oito anos, o produtor rural Edison Schneider (foto) e sua família resolveram instalar um biodigestor para aproveitar os dejetos da suinocultura na granja Palmital, em Marechal Cândido Rondon, no oeste paranaense.

Na época, pegou um financiamento em uma cooperativa de crédito com juros de 3,5% ao ano e prazo de oito anos para pagar. Segundo o suinocultor, o retorno com o investimento veio já no terceiro ano de funcionamento do biodigestor, devido à economia com energia térmica (o biogás é utilizado na secagem de grãos e no aquecimento dos leitões na creche) e à redução dos custos com fertilizantes químicos nas lavouras de milho e soja. “A implantação desse sistema beneficiou muito a minha realidade. Seguimos corretamente a legislação e estamos adequados naquilo que a suinocultura exige”, destaca.

Ao reaproveitar os dejetos animais, o produtor alterou a realidade da granja tanto economicamente quanto sob a ótica da sustentabilidade. “Dessa forma, conseguimos ficar adequados com às exigências ambientais, não poluímos e preservamos a natureza. Atualmente temos mais água, árvores e vertentes que cuidamos, não poluímos, esse é o grande retorno”, diz. Edison Schneider alerta aos produtores que a granja que não se adequar à legislação ambiental não poderá mais produzir. “Por isso que há oito anos já nos preocupávamos com os dejetos, onde colocar e de que forma trabalhar”, cita.

Schneider esteve presente no Fórum sobre Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, realizado no mês passado em Marechal Cândido Rondon pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O produtor destaca que o Fórum complementa todo o trabalho que desenvolve na fazenda e ressalta alguns pontos positivos ao reaproveitar os dejetos dos animais. “No mês passado, tiramos 120 cargas de dejetos da lona e foi tudo para a lavoura. Atualmente, de 15 sacos de adubo químico necessários por hectare, passamos a usar somente 10. Considerando que são duas safras por ano, então o biodigestor se paga facilmente. Posso dizer que no sistema que implantamos, com 500 matrizes é possível pagar todo o investimento em três anos”, destaca.

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