05 out 2015

São Paulo prepara versão estadual de plano de agricultura de baixa emissão de carbono

*Do Cenário MT

PlanoABC
Assunto foi tratado durante reunião entre representantes do Mapa e de
instituições ligadas ao setor agrícola

O estado de São Paulo começou a articular seu Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), uma das mais inovadoras políticas públicas destinadas à redução dos efeitos das mudanças climáticas.

O assunto foi tratado esta semana durante reunião na Superintendência Federal de Agricultura em SP, com a participação da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento e das demais instituições que integram o grupo gestor estadual do Plano ABC. A proposta do estado deve estar alinhada às metas do Plano ABC nacional, coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Hoje, o estado de SP tem o maior número de contratos do Programa ABC, uma das linhas de financiamento do Plano Agrícola e Pecuário (PAC), que dispõe de R$ 3 bilhões na safra 2015/2016. Dados da Coordenação de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos, da Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo do Mapa, mostram que os agricultores paulistas firmaram, entre janeiro de 2013 e julho deste ano, 3.372,00 contratos, num total de cerca de R$ 1,063 bilhão para investimentos em uma área de 236.821,05 hectares.

Durante a reunião, o superintendente federal de Agricultura em SP, Francisco Jardim, lembrou da importância do Plano ABC para que o Brasil reduza as emissões de gases de efeito estufa na ordem de 37% até 2025 e de 43% até 2030. Essas metas foram anunciadas recentemente pela presidenta Dilma Rousseff, durante a Conferência das Nações Unidas para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015.

De acordo com o coordenador de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos do Mapa, Elvison Ramos, o secretário de Agricultura e Abastecimento do estado de SP, Arnaldo Jardim, também elogiou o Plano ABC. Segundo Elvison, Jardim destacou dois aspectos do ABC: a redução das emissões de gases de efeito estufa, responsáveis pelas mudanças climáticas, a difusão de tecnologias de conservação do solo e da água. Também enfatizou o compromisso em participar da elaboração do Plano ABC do Estado de São Paulo.

O encontro também contou com a participação de representantes da Federação das Indústrias do Estado do SP (Fiesp), Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Embrapa Meio Ambiente, Embrapa Instrumentalização, Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati/SAA), do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria do Meio Ambiente, da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SP (Faesp) e do Banco do Brasil.

Na reunião, Elvison Ramos faz um balanço da situação nacional do Plano ABC, e o professor Ângelo Costa Gurgel, da Fundação Getulio Vargas, apresentou as atividades desenvolvidas pelo Observatório ABC (www.observatorioabc.com.br). Na avaliação de Gurgel, o Brasil tem plenas condições de alcançar as metas voluntárias assumidas com a comunidade internacional.

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