17 jul 2015

ILPF já é disciplina em universidades brasileiras

*Da Embrapa

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A ideia de se trabalhar com ILPF no local foi por necessidade de recuperar áreas de pecuária extremamente degradadas.

“O tema Ensino sobre Integração Lavoura-Pecuária-Floresta – ILPF em universidades e escolas técnicas” teve sua primeira sessão especial durante o Congresso Mundial sobre ILPF, na tarde do dia 14/07, e tratou de “disciplinas” nos currículos das instituições de ensino superior. A apresentação ficou por conta do professor Edemar Mouro, coordenador do Curso de Especialização em ILPF da Universidade do Oeste Paulista (Presidente Prudente, SP).

A ideia das discussões sobre o tema é ouvir sugestões, especialmente de como criar um fórum único para discutir disciplinas e organizar academicamente os programas de graduação, pós-graduação e pesquisas acadêmicas, eventos e outros assuntos.

Mouro lembrou que antes de sua chegada (em 2011) na região do oeste paulista existia apenas pecuária e cana-de-açúcar. A ideia de se trabalhar com ILPF no local foi por necessidade de recuperar áreas de pecuária extremamente degradadas. Foi assim que o professor começou a buscar meios de implantar a disciplina nos cursos de graduação e pós-graduação. A Unoeste sempre teve a preocupação de formar alunos para mudar a realidade local como forma de viabilizar melhores condições de vida às comunidades de agricultores.

Com a ajuda da Embrapa, especialmente o pesquisador João Kluthcousk, precursor do ILPF no Brasil e responsável técnico pela implantação desses sistemas em propriedades de agricultores no País, a Unoeste implantou a disciplina na graduação em agronomia, na pós-graduação (especialização – lato sensu) e no mestrado e doutorado, disse Mouro. Inúmeras viagens técnicas pelo Brasil também foram feitas para conhecer o sistema. Fazendas que adotaram a ILPF na região oeste de São Paulo se tornaram modelo para difundir o sistema aos agricultores da região. Fóruns anuais e eventos técnicos também foram realizados para discutir o tema.

O oeste paulista é uma das regiões mais pobres do estado de São Paulo. Segundo o índice paulista de responsabilidade social, a região é uma das mais pobres daquele estado. “Isso nos incomoda muito como universidade”, enfatizou Mouro, que não tem dúvidas que a Unoeste pode ajudar a região a sair dessa situação. Segundo ele é possível, por meio da ILPF, gerar transformação social e econômica. O caminho? Formando técnicos, agrônomos especialistas com conhecimento capaz de mudar o cenário dos campos daquela região.

São propriedades que foram degradas por um longo período pelo tratamento adequado a terra. Uma situação considerada normal pelos jovens que precisam saber que aquela realidade pode ser transformada. “Queremos quebrar o paradigma da não solução, da conformidade com um cenário que não muda há 30 anos”, enfatizou Mouro. A universidade tem um papel fundamental na formação de agrônomos que possam levar o conhecimento sobre a ILPF para o campo. Existe um novo caminho e ele pode começar a ser traçado na instituição de ensino, acredita o professor.

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